Sétimo

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Sinto algo segurando meu corpo, que por sinal esta muito dolorido, abro lentamente os olhos,piscando algumas vezes até que eles estão totalmente abertos. A primeira imagem que vejo é de um braço forte segurando meu corpo, quando levanto meu rosto, quase tenho um infarto do coração ao ver o rosto do Jorge ao meu lado.

Saio rapidamente da cama, e percebo que estou completamente nua, e sinto uma dor nas minhas pernas, olho para a cama e vejo que o Jorge também esta completamente nú. Sinto minha respiração falhando, meu Deus o que foi que eu fiz?

Não, não, eu não posso ter feito isso,eu não posso ter transado com ele, droga!

Percebo que o Jorge esta acordando, rapidamente pego o lençol e cubro meu corpo, ainda em pé fico vendo ele acordando, e me vem a lembrança de seus beijos, suas carícias, seu corpo encaixando perfeitamente no meu. Eu definitivamente estou perdida.

- você já está acordada -ele fala ainda sonolento- queria ter acordado antes de você.

- o que aconteceu ontem a noite?- pergunto, meio perdida, eu não conseguia digerir minhas lembranças.

- tem certeza que você não sabe, ou vai me dizer que não lembra?- ele pergunta em tom sarcástico.

- claro que eu lembro, mais precisava ouvir você me falando, a ficha ainda não caiu- falo voltando a sentar na cama, mais diferente do que imagino o Jorge continua deitado.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, encarando a decoração do quarto.

- você gostou de ontem a noite?- ele pergunta, quebrando o silêncio.

- acho que não,não foi como imaginei, eu esperava algo bem melhor- minto, na verdade foi a melhor coisa que já fiz em toda a minha vida, mais não queria que ele soubesse disso.

- pois eu acho que você adorou, gemia como uma vagabunda no meu ouvido- ele diz irritado.

- eu ouvir mau, ou você me chamou de vagabunda?- pergunto ainda sem acreditar no que ele tinha falado.

- chamei!-ele fala sentando na cama- o que você quis dizer com "eu esperava algo bem melhor"?

- o que você quis dizer quando me chamou de vagabunda?- pergunto ignorando o que ele tinha acabado de perguntar.

- eu perguntei primeiro?- ele fala irritado.

-eu quis dizer que foi horrível,e que eu odiei- menti, estava irritada, como ele é capaz de me chamar de vagabunda?

- você não pareceu odiar quando estava gemendo meu nome, quando estava gozando no meu pau- ele fala quase gritando.

- você não precisa gritar- falo,entre os dentes cerrados.

- como você pode dizer que foi horrível? Eu fui tão cuidadoso com você- ele fala, tão baixo que quase não consigo ouvir.

- eu estava mentido- admito- fiquei com raiva quando você me chamou de vagabunda, mais... Foi incrível, por mais que eu estivesse um pouco bêbada, foi maravilhoso- falo envergonhada.

- desculpa, falei sem pensar- ele fala e passa seu polegar em minha face.

Por mais que isso me deixasse mais segura, era desconfortável, só em pensar que há algumas semanas eu só o via como o marido da minha tia, que sempre me tratou mau, e é um cretino.

Ele aproxima seu rosto do meu para me beijar, mais esquivo o rosto, eu não podia fazer isso, não poderia beijar ele, eu queria mais isso é errado, isso é bem mais que errado.

- o que houve?- ele pergunta me encarando.

- isso esta errado, Jorge.

- e você acha que eu não sei? Sei que estou sendo um verdadeiro filho da puta por esta traindo a minha mulher com a sobrinha dela, e me sinto ainda pior por esta querendo repetir o que aconteceu ontem a noite.

- isso não pode mais aconter,Jorge, estou me sentindo suja por ter feito isso quando a tarde eu dei um não para o Juan- falo, mais não sei se realmente queria dizer isso para ele.

- eu ganhei do pirralho- ele fala sorrindo.

- deixa de ser criança- dou um soco em seu braço.

- o que vamos fazer daqui pra frente?- ele pergunta.

- eu não sei, só sei que isso não pode mais acontecer- falo voltando a cobrir meu corpo.

- eu sei disso, o problema é que eu não consigo parar de pensar em seu toque, seus lábios, seu sabor, ou seja você- ele fala, me deixando surpresa.

Ficamos em silêncio depois disso, não sei o que falar, ou o que fazer, então tive uma ideia, que parece ser a solução para isso, pelo menos é o que acho.

-tive uma ideia- falo, e Jorge me olha.

- ta esperando o que para falar?- ele diz.

- vamos esquecer essa noite, vamos fingir que foi apenas um sonho.

- serio que isso é uma ideia?- ele fala em tom sarcástico.

- eu achei que você iria gosta dela- falo um pouco triste.

- se isso é a sua grande ideia, então que usemos ela, e mais, eu juro que nunca mais irei te beijar, nem te tocar, mal vou olhar para você- ele diz.

Isso me deixa surpresa, eu não queria que isso acontecesse novamente, ou talvez eu quisesse.

- não precisa disso tudo- falo, e ele me olha surpreso.

- claro que precisa, eu não vou conseguir me controlar se tiver muito contato físico com você, eu não consigo explicar a atração que eu sinto por você, e por favor não vem com essa de sermos amigos.

- não iria falar isso Jorge, e se você prefere assim, assim sera, seremos como dois desconhecidos- falo levantando.

Vou para o banheiro, e quando liguei o chuveiro, me veio todas as lembranças do que tinhamos feito ali, na noite anterior

















TraiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora