Capitulo 1

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Levantei com a droga do despertador tocando, mais um dia nesta merda de vida.
Ah, desculpa por não me apresentar, não tenho muita coisa à falar de mim, este assunto não é interessante então não vou gastar o tempo de vocês, sou anne mendeiros, tenho 16 anos, moro com uma mulher que eu que é minha mãe ela se chama alice mas considero ela como uma desconhecida,logo saberá o porque, meu pai carlos desapareceu um tempo depois que completei três anos, o que Alice me falou eles nem namoravam só se conheceram e teve um caso nada sério, ele paga pensão, alice pega o dinheiro gastando eu nem sei com que, e nem quero saber, não quero dinheiro daquele traste, tenho um irmão por parte de mãe, Henrique  quase não o vejo mas damos super bem.
Enfim, levanto faço minhas necessidades e tomo um banho gelado, coloco uma calça dins e uma blusa preta de frio pois está ventando lá fora,deixo meus cabelos azuis (que pega um pouco abaixo da minha cintura) soltos e calço meus all star preto de sempre, vou até a cozinha, alice está sentada tomando café nem olho, faço um sanduíche, e vou pra sala enquanto como  fico mechendo no meu celular, termino vou até o banheiro e vomito tudo, to começando a engordar e tenho que manter em forma, escovo os dentes e passo um batom roxo pois estou pálida, pego minha mochila e pego um táxi, não to afim de andar hoje, e vou para o inferno quer dizer escola. Chego, tem muitas pessoas na porta, ando nos corredores quase correndo e vou pra sala, sento na última carteira e pego meus fones conectando no celular e colocando a música Emicida_ hoje cedo part Pitty, deito a minha cabeça na mesa e durmo. Acordo e está na última aula, ninguém me nota, ninguém está nem aí, nem sei como eu passo de série, na verdade sou inteligente quando quero, copio oque o professor passa no quadro e o sinal bate pra ir embora, pego meus materiais e espero todos sair, vou embora, andando na rua sinto o vento bater em mim, e vem vontade enorme de chorar, mas sou forte o suficiente de esperar chegar em casa, quando chego passo pela cozinha e tem um recado colado por um imã na geladeira:

_ anne como nossa relação não está nada bem, fui morar com Michel, sua avó ira te buscar amanhã depois da aula, espero que seja feliz com ela, deixei dinheiro dentro de um pote em cima da mesa, compre algo pra comer, te amo, me perdoe por tudo oque eu já te fiz passar. Ass: alice

OQUE? Nunca pensei que chegaria a esse ponto vadia mesmo, nem irei sentir falta, Michel é um homem que ela conheceu a duas semana, como pode uma pessoa ir morar com uma pessoa que ela mal conhece. Peguei meu celular e mandei uma mensagem.
_ vadia mesmo, tava até demorando ir, ama o crlh, com certeza irei ser feliz com ela, ela sabe criar uma pessoa mil vezes melhor do que você, nunca terá o meu perdão.
Fui ao meu quarto e peguei uma caixinha que fica embaixo da minha cama, nela fica minhas melhores amigas, várias giletes das grandes, pequenas, de apontador, facas, estiletes, canivetes, varias cartelas de remédios tarja preta, alguns para durmir e até um pouco de veneno, peguei uma gilete pequena, pequena mas forte capaz de tirar a vida de uma pessoa, tirei minha blusa ficando de sutiã vesti uma bermuda confortável, sentei na cama e fisso varios cortes nos pulsos me aliviando, é tão bom a sensação de sentir a filete rasgando a pele, varias lágrimas cairam se misturando com o sangue que sai dos cortes, como ela pode? Quer saber o motivo de odiar ela? Desde pequena ela trazia homens pra nossa casa, ela é uma alcóolica já mecheu com várias drogas, nunca perguntou se eu estive bem, ficava a maioria da parte do dia sozinha em casa, tive que aprender tudo sozinha as vezes até passava fome, ela voltava de madrugada bêbada fedendo cigarro e sempre que eu acordava e perguntava oque aconteceu ela me batia, à última vez eu não deixei, segurei a mão dela e dei um tapa no teu rosto, falei tudo oque eu sentia, desde este dia nós não conversamos.
Parei de chorar e fui tomar um banho, sentei debaixo da água quente que batia nas minhas costas ardendo mas nem liguei, os cortes ardeu também mas nem dei moral, fiquei por muito tempo ali pensando no que fazer, levantei tomei um banho de verdade lavei os cabelos e sai, vesti uma calça rasgada, uma blusa azul escuro com um decote e rasgada atrás, calço uma sapatilha preta e deixo meus cabelos soltos. Fico atarde inteira deitada vendo filmes e chorando, quando é noite pego o dinheiro que alice deixou na cozinha e pego um táxi indo até uma pequena boate, entro com um documento falso que diz que tenho dezoito anos. O local toca uma música eletrônica, não tem muita gente, mas tem uma fila enorme lá fora, vou até o bar e pego uma garrafa de vodka, gelo, e um copo, sento em uma poltrona mas afastada mas que dá pra ver todo salão, e começo a beber, a bebida rasga a minha garganta, e eu gosto disso, fico mais animada e o lugar fica bastante cheio, depois de cinco copos, a garrafa ta pela metade e por esse motivo que pego meu celular e mando mensagem para lucas, um colega que conheci na pista de skate esses dias.
_ Oi lucas, estou mandando mensagem pelo fato de ter bebido metade de uma garrafa de vodka kkkjjdkkk então vem até aqui, estou sozinha.
Mando endereço e ele responde.
_ sentiu minha falta? Pensei que não estaria vivo para ler umas mensagem destas, quem diria anne não se importar de estar sozinha_ é verdade quem diria, porque estou fazendo isso, droga tenho que manter minha mascara de durona, nem nos conhecemos direito, ele também é só mais um que não se importa.
_ Não, descupe, não irei te atrapalhar, não precisa vir, descupe, tchau
_ não eu vou
_ vai vir atoa, estou indo embora, fique quieto aí, desculpa por te encomodar.
Ele não respondeu, que burrice que eu fisso, depois de ter terminado de beber o último copo, peguei uma Skol bits paguei a conta e peguei um táxi de volta pra casa, chegando em casa apaguei no sofá.
Acordei com alguém batendo na porta, minha cabeça ta doendo.
_ já vou_ disse rouca, olhei no celular e são duas horas da tarde, droga perdi aula, estava chovendo lá fora.
_ abre a porta anne_ era a minha avó, joguei a garrafa de Skol bits no lixo e abri a porta ainda sonolenta.
_ que saudades_ disse me abraçando_ não foi na aula né, e esse bafo? Tava aonde ontem?_ droga, me distanciei.
_ também estava com saudades, não fui à aula tava chovendo muito e eu estava com cólica, ainda não escovei os dentes e fiquei o dia todo em casa ontem_ sempre fui boa em mentir.
_ vai se arrumar que você vai embora comigo.
Não queria ir, mas eu sou de menor e não posso morar sozinha aqui, mas será por pouco tempo. Faço minhas necessidades e não vai dar tempo de tomar banho, então visto uma blusa de frio cinza e uma calça de moletom cinza, calço um vans vermelho, pego uma mala grande e coloco minhas roupas, outra grande e coloco meus calçados e outra grande coloco meus objetos pessoal e algumas bebidas alcoólicas que guardo, sabia que precisaria delas. Desço e minha vó ajuda a colocar as coisas no carro, e pegamos a estrada a caminho das sua casa. Minha avó se chama Ana, ela mora em uma fazenda aqui perto da cidade, ela tem uma mansão lá e mora sozinha com teus empregados, meu avô morreu de câncer e até hoje ela não arrumou outro companheiro. Vou ouvindo música no caminho e pego no sono.

a garota suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora