A incrivel descoberta de que eu não estava bem.

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   Estava um calor infernal naquele  dia. Eu havia combinado com uns amigos de partir direto pra  praia depois da escola, afinal a praia era rm frente ao Colégio. Já  eram 12:25 faltava pouco para que o sinal batesse e eu pudesse me refrescar e me divertir.
    O sinal bateu e eu saí  correndo deixando os outros para trás,  fui o primeiro a passar  pelo portão  que ainda estava semi aberto, logo atrás chegaram meus amigos.

Beatriz: nossa  por que você  sempre  sai na frente Sebastian?  A praia não  vai secar sabia?!

Eu: gosto da queimação  nos pulmões  depois de tanto esforço

Lucas: poxa cara, tu precisa ser menos apressado,  ninguém vai te acompanhar nesses ritmo. Hahaha

   Eu não  havia notado  que o carro da minha  mãe  estava   parado do outro lado da rua me esperando. Ela abaixou o vidro e estava de óculos  escuros, na tentativa falha de  esconder  a cara de choro. 

Mãe: filho, entra no carro precisamos  ir pra casa.
  Eu nem questionei  dessa vez, afinal de contas,  estava na cara de que ela havia chorado bastante.  Me despedi do pessoal e entrei  no carro. Ela não  disse nada no caminho até  em casa, felizmente não  era tão  longo assim.
    Chegamos em casa e eu ja fui direto para o meu quarto, não  estava afim de receber notícias  ruins. Não demorou muito até  minha mãe  entrar

Mãe: filho, você  vai precisar  ficar umas semanas  no hospital. Seus  exames estão  dando alterações.

Eu: sério  isso?  Já Não  basta eu ter morado  dentro de um hospital  até  meus 10 anos de idade, agora você  quer me afundar la de novo?

Mãe: sebas, é  para o seu bem filho. Já  me basta seu irmão  com essas dores no pulmão. Não  quero que você  piore, você  está  doente  e precisa  ir.

    Nunca é fácil aceitar que  se é/ está doente, é   como se você  fosse muito diferente das outras  pessoas, e ninguém  quer ser diferente.
   Eu estava com o choro entalado na garganta, quando a porta do quarto bateu a lágrima desceu. Fui planejando uma despedida, pois sei que ficaria pelo menos 2 meses no hospital.
    Não  quis nem almoçar, liguei direto para o lucas e falei que iriamos ter de fazer aquele dia valer a pena. Ele se encarregou de tudo, parece até  que ja tinha planejado o dia. Chegoh na minha casa 30 mintos depois que desliguei o celular.
    Ele estava com a mãe de carro e os acompanhado estavam meus outros amigos: Beatriz, Gabriel, Júlio e samantha.
    A primeira  parada foi em um quiosque  para o almoço. Comemos lagosta e fritas. Fora  os litros de refrigerante que tomamos.
Depois ja de barriga cheia o Júlio começou  a especulação:

Júlio:  seba, por que você  não recebe tratamento em casa e vai pra escola todos os dias?

Eu: porque meu problema é um tanto complicado e chato, preciso estar sobre supervisão médica.

Júlio: mas conheço  pessoas  que ficam em casa.

Samantha: CARAMBA JÚLIO,  VÊ  SE CALA ESSA BOCA, NINGUEM  QUER OUVIR SUAS BABOSEIRAS. Vamos focar nessa tarde que vai ser ótima. - quando ela falou olhoy direto pro lucas que piscou  pra ela sorrindo.

Gabriel: Seba, você  deveria ter trago roupa  de banho,  porque daqui vamos direto  pra Maresias, vou te ensinar a surfar. - ele deu um sorriso tão  lindo que eu até  me esqueci   das outras pessoas.
    Terminamos de comer e pegamos a balsa queia pra  São  Sebastião. No caminho houveram algumas discussões  entre a bea e o gabe. Eles estavam querendo disputar minha atenção.
  O gabe sempre foi doce, legal e sempre me mimava. Dentre os amigos  eles era o que mais puxava meu saco. Mas a bea é  bastante competitiva, e naquele dia  ela estava focada em ter minha atenção.
Chegamos na praia em que eu ia finalmente aprender  a surfar. O gabe preparou a prancha  e os outros  ja foram pra água. Eu esperei enquanto o gabe terminava com a prancha, ele era calmo e  me acalmava, eu gostava  de  estar com ele. Ele começou  a puxar assunto:

Gabe: você  gosta?

Eu: De quê?  De surfar? Não  sei nunca tentei.- dei uma risada.

Gabe: não  bobo, do hospital. Você  gosta de ficar  lá? - disse ele com aquele  sorriso que me fazia parar.

Eu: Eu odeio! Eles sempre estão querendo  tirar raio-x de mim, Não me deixam dormir muito e a comida é  uma droga - dei um meio sorriso.

Gabe: entendo como é, Já fiquei internado uma vez, a comida é  totalmente nojenta. 
  Dei uma risada meio sem graça.  E ele focou nos meus olhos e falou:

Gabe: Eu bem que podia passar la as vezes, e quem sabe até  dormir.

Eu:  Seria legal sim.  Vou te esperar la então. Ja terminou com a prancha?  - falei acando com aquele clima fraternal  que estava acontecendo.

Gabe: acabei. Ta pronto   pra   levar caldo até  seu pulmão  ficar salgado  de tanta água  do mar?! (Perguntou ele com um ar de zoação).

  Fomos pra água  e os outros começaram a nos jogar  água loucamente.

Bea: até  que enfim os casalzinho resolveu entrar na água  ( falou ela com todo o veneno que tinha. Ela estava perdendo a disputa que inventara  na sua propria cabeça)
   Foi meio difícil  me equeilibrar, ainda mais com o lucas toda hora virando a prancha. Lembro da sensação. Parecia que eu estava em pé  numa gelatina enquanto  o gabe tentava não  me deixar cair.
  Quando me dei conta ja eram 17:29, tinhamos de voltar  pra ilha pois eu ia jantar com minha família, era uma especie de despedida que minha mãe  quis fazer.
    Chegamos  na ilha  eram 17:40, eu estava louco pra ver o por do sol no mirante, mas o pessoal estava cansado então  eu disse que ia sozinho.

Gabe: eu vou com você,  gosto de ver também.

Bea: la vai o gabe como um cachorrinho  atrás do seba.

Samantha: para com isso bea ja está  chato, os guris são  naturebas, não  tem nada demais nisso.

Lucas: olha eu to cansado e vou segui andando. Maninho eu vou aparecer la pra te visitar ok? ( disse ele me abraçando  e dando  dois tapinhas nas costas )

Eu: claro lu. Quem quiser ir lá,  pode ir. Eu vou adorar.

Bea: vamos logo.( disse mandado dois beijo de longe)

Samantha: xau amiguinho, vejo você  embreve ( disse me dando o abraço  mais confortável  que eu já  sentira na vida)

  Me despedi de todos e segui  com o Gabe para o mirante. Ele Não  disse muita  coisa durante o trajeto. Apenas  fazia algumas piadinhas para descontrair.
  Chegamos no mirante  bem a tempo  de ver o sol  se esconder no mar e  dar espaço  pra lua chegar.

Gabe: Eu acho  isso fascinante,  é  lindo ver  o sol se escondendo dentro do mar.

Eu: Eu imagino que isso é  como meus dias felizes. Se escondem nas profundezas do mar, e depois ressurgem de novo como se nunca tivessem ido embora.
    Nessa  hora o gabe segurou minha mão  de um modo mais afetuoso do que de costume e eu corei minhas  bochecas. Não falei nada, eu estava espantado pra dizer algo.
   Gabe:  acho melhor irmos embora. Sua mãe  também  merece  um pouco ddo seu tempo.   (Disse ele com aquele mesmo sorriso)

   Ele caminhou comigo até  em casa e quando chegamos ja era noitezinha. Ele me abraçou  e prometeu  que iria aparecer as vezes. Eu não  acreditei, mas agradeci e me despedi dele com nosso costumeiro beijinho na bochecha. Começamos  a fazer isso como forma de zoar umas garotas do Colégio  que se comprimentavam assim.

     Tomei um banho  e fui jogar video game. o jantar não  demorou muito, e nada diferente aconteceu. Comemos, brincamos e rimos muito. Na sobremesa fiquei com o maior pedaço  de torta, afinal eu não  comeria aquilo tão  cedo.
    Subi para o meu quarto e peguei  meu celular que estava descarregado. Coloquei pra carregar e enquanto carregava  eu o liguei.   Tinha uma mensagem do gabe que dizia:
- espero que tenha tido um bom jantar, pois a partir  de amanhã  só  vai comer mingau sem gosto rsrs. Beijinhos de garota. - gabe💙.
  Peguei no sono ainda  com sorriso no rosto, o gabe era muito dedicado. Sortuda seria a garota que o capturasse.

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