Olá, leitores!
Agradeço por estarem aqui lendo as minhas palavras largadas. Votar e comentar seria muito legal, fica a dica.Posso não te dar tudo, mas vou fazer de tudo para dar
tudo que eu posso.Números
Oito minutos. O tic tac do relógio incomodava, um barulho constante e sem fim. Meu olhar passava sobre as palavras, mas com aquele som não conseguia identificá-las.
Três passos até alcançar aquele objeto tão irritante, as duas pilhas sobre a mesa deixavam o silêncio reinar.
Sete páginas. Aquele barulho novamente, o relógio repousava sobre a mesa esquartejado, lábios rosadas produziam um pouco de tortura. Lancei o meu olhar mortal para ele.
Cinco segundos. Aquele sorriso de canto surgiu, tão cativante. Era um desafio, quem cederia primeiro? Porém, nunca perco. Tic tac ele repetiu.
Um piscar de olhos. Eu estava sobre ele, seria o fim da sua vida, mas aquele sorriso era imortal. Meus braços estavam presos e meu rosto vermelho de raiva, ele me encarava.
Treze batidas do coração. Nossos lábios estavam unidos num beijo, intenso e cheio de desejo. Minha raiva não tinha chegado ao fim.
Nove mãos. O toque era agressivo, sem tempo. Do rosto aos pés antes de uma gota de chuva. Nossas mãos viajavam explorando um lugar novo a cada volta do ponteiro morto sobre a mesa.
Dois tropeções. O caminho até a cama foi desajeitado, o barulho das molas do colchão não foi notado. As cobertas fugiram amedrontadas.
Onze peças de roupa. A música que os nossos corpos produziam era única, a energia gasta renovável a cada movimento.
Dezessete suspiros. Acalmou-se, os corações acelerados paravam com a euforia. Corpos suados procuravam o cobertor escondido. Os olhos fechavam-se para um cochilo bem dormido.
Um "eu te amo" visualizado e não respondido.

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Short Story"Nossas mãos viajavam explorando um lugar novo a cada volta do ponteiro morto sobre a mesa"