Episódio 1 - A sala branca

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***Em revisão.

A sala - Ep. 01

Deitado na cama, ora sentado no chão, inquieto e andando de lá para cá. Adam começa a refletir, não imaginando, ou imaginando de tudo, sobre o porque de estar naquele lugar, são horas a fio de absoluto silêncio, nem mosquito, nem mosca, nem sequer tremores ou vibrações nas paredes a volta, só lhe resta refletir e refletir, enquanto aguarda por algo diferente daquele zunido silencioso que insiste em ecoar em sua mente:

A grande questão é que hoje quando acordei eu estava aqui, nesta sala branca, pequena, tijolos no teto, no chão, nas paredes. As paredes são brancas, sem janelas, sem portas, sem entradas de ar, não há mobília, nem tomadas elétricas. Que lugar é esse? Não sei.

Acordei com esse tipo de pijama branco, não está frio, a temperatura é confortável.

Eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo aqui nesta sala. Não sinto fome nem sede, não tenho falta de nada, não há som, nem circulação de ar aparente. Não há presença de medo nem algum tipo ânsia. Sem sono, sem cansaço ou fadiga de qualquer forma. Aqui nesse lugar pareço ter retornado a minha essência puramente. Há uma possibilidade latente em minha mente me dizendo que morri, que não pode ser ignorada, ou a que estou prestes a tal coisa, entre um e outro mundo.

Agora pouco ouvia alguma coisa como vozes, mas não sei de onde elas vinham, se existiam de verdade ou se estavam somente em minha mente, aconteceu pouco antes de eu despertar completamente, eram sussurros, parecia a Laura, uma namorada que tive aos 15 anos, ficou sendo depois uma amiga, e se afastou por um motivo ou outro com o tempo. Parece que eu a ouvia dizer.... "acorda", bem baixinho no meu ouvido.

Me sinto muito confortável nesta roupa, o cheiro dela é o mesmo que sentia o quando minha mãe me vestia o pijama, eu tinha 5 anos e lembro que eu me esforçava para ajudá-la a vestir-me, o curioso é lembrar disso com tamanha clareza nesse momento.

Aqui, eu não tenho nenhuma percepção de variação ou passagem de tempo, É um silêncio tão puro, nem sequer uma vibração nas paredes, que parecem de tijolos e bem reais. Eu poderia achar que fui sequestrado, mas se fui há algo de estranho nisso, pois me sinto pleno, que poderia fazer qualquer coisa.

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