Numa tentativa de me acalmar, William põe uma mão nas minhas costas e outra na parte de trás da minha cabeça, beijando-a.
- Calma...- Tentou acalmar-me. - Já passou.
- Estás parva Vick? Eu avisei-te que aqui, em Inglaterra, o sentido das estradas era diferente e que os carros apareciam pelo lado oposto! Podias ter morrido, meu deus! - A minha mãe disse aquelas palavras desesperadamente, levando uma mão à cabeça.
Desprendi-me dos braços do meu padrasto um pouco bruta, como sempre a partir de agora. Não queria que ele me tocasse, para isso basta que toque na minha mãe. Mas apesar de tudo, aquele gesto acalmou-me, de facto, um pouco.
- Calma Sara, não aconteceu nada. Ela está bem, não é preciso se chatearem por causa disso. - Sorrio-lhe e, a minha mãe ao ouvir as suas palavras, respirou fundo e acalmou-se.
William encaminhou-nos até ao seu carro e fomos direitos para casa. Levou cerca de 3 horas até chegarmos a Londres e mais meia hora para chegarmos até a casa. Durante essa meia hora estava literalmente com o nariz colado à janela. De Bristol até Londres o caminho era basicamente só campos agrícolas, mas, quando chegamos mesmo à cidade de Londres, tudo mudou. Os edifícios altos apareceram, mais carros circulavam nas estradas, as lojas e os cafés aumentaram consideravelmente.
A minha mãe fez questão de me mostrar, a caminho de casa, a minha escola. A minha escola é basicamente um edifício enorme com grandes colunas de estilo grego á frente da porta de entrada. O pátio da escola era rodeado por uma relva verde bem tratada e todos os alunos envergavam o mesmo uniforme. O uniforme das raparigas era composto por um casaco com o símbolo da escola , um pullover verde e por dentro uma camisa branca com uma gravata azul clara. Para completar usavam uma saia às riscas vermelhas, verdes, brancas e azuis e tinham vestido ainda uns collants pretas. Os rapazes tinham o mesmo casaco com a insígnia da escola, camisa branca, gravata azul e calças azuis escuras.
Os olhos percorreram a porta de entrada, onde, em cima da mesma, estava em letras maiúsculas: '' MILL HILL SCHOLL’’.
Para dizer a verdade, senti-me um pouco intimidada com a dimensão daquela escola e com os alunos. Quero dizer, não é que eles metessem medo, mas eu iria ser das poucas portuguesas ali e, habituar-me ao facto de falar sempre inglês, era um pouco difícil.
Dentro de pouco tempo, tínhamos chegado a casa.
A casa era razoavelmente maior que a minha em Portugal e a parede da mesma era coberta de tijolo castanho avermelhado, algo tradicional em Inglaterra. Levamos as malas para dentro e, de seguida, subimos as escadas em direção ao segundo andar.
- O teu quarto é o do fundo. - Disse William e assenti, indo de imediato para lá.
- Woow! - Foi a única coisa que consegui dizer após ter entrado no quarto.
O quarto estava todo decorado com a minha cor preferida, lilás. As paredes eram brancas, tal como o meu guarda-fato, mesa-de-cabeceira e secretária, tendo, espalhado por todo o quarto, objetos e outros pequenos moveis de diferentes tons de lilás e um pouco de verde clarinho. Babei-me completamente, talvez não literalmente, mas fiquei um bom bocado espantada perante aquela maravilha de quarto.
- Gostas?- Ouvi, atrás de mim, a voz da minha mãe.
- Wow, adoro! – Um grande sorriso aparece-me nos lábios e voltei-me, de modo a poder finta-la.
- Eu dei umas instruções e o William encarregou-se de decora-lo. - O seu olhar incidia sobre o quarto. – Sinceramente, acho que ficou melhor do que esperava.
Claro, tinha que ser o William, se não fosse o William, não sei o que seria dela. Tudo o William.
- ‘Tá, agora deixa-me arrumar as coisas em paz e sossego. Ah e fecha a porta. - Pousei as malas em cima da mala, começando a desarrumar as minhas roupas. Ela assim o fez, mas, como sempre, esqueceu-se de fechar a porta - A PORTA! - Disse alto e ela voltou atrás para fecha-la. Mexi os meus lábios, agradecendo, voltando à minha tarefa inicial.
Reparei que no lado esquerdo do quarto tinha uma janela com uma pequena varanda. Abro os tapa-sóis e vou em direção da mesma. Olho para os lados e do meu lado direito havia uma outra varanda colada á minha.
- Hm... Deve de ser a do quarto deles.- Estiquei-me um pouco e bati de leve na janela. Como vi William no jardim que havia no pequeno pátrio da nossa casa, pensei logo que seria a minha mãe a única no quarto, por isso faço uma careta, mostrando a língua.
Para a minha extrema infelicidade, quem saio daquela janela era alguém bem diferente da minha mãe. Era um rapaz loiro nos seus dezanove anos, com o cabelo completamente despenteado e com cara de sono.
- Ahm... Que linda língua?- Entoou quase como que uma interrogação, ainda confuso com o que tinha acabado de ver.
Corei imediatamente e voltei ao normal.
- P-Pensei que esse fosse o quarto da minha m-mãe. - Gaguejei um pouco, devido á vergonha e à supresa.
O rapaz coçou um pouco a cabeça e afastou um pouco as calças, de modo a só ele ver os boxers.
- Hm desculpa desiludir-te mas isto aqui - aponta para os boxers- acaba de me confirmar que não sou a tua mãe. Queres verificar tu mesma caso tenha-me enganado? - Riu-se de mim e senti a cara quente.
- Não, não preciso de ir ai confirmar. Dá para ver de longe.
- És nova aqui, não és? Vejo pelo teu sotaque. - Gargalhou com os seus olhos postos em mim.
- Sim, acabei de chegar. – Confirmo. - Já agora, sou a Victória.
- Niall. - Esboça um sorriso. - hum, então que sejas bem-vinda a Inglaterra. - Olha-me em mistério.- O país mais assombrado do mundo. - Diz num sussurro, tentando assustar-me e claro, sendo como sou, apenas ri da figura dele.
- Vou ter que trabalhar agora. Venho-nos mais tarde. Até logo.- Despediu-se com um sorriso e voltou a entrar no quarto.
Assim como ele, fiz o mesmo. Comecei a arrumar as minhas roupas nos devidos lugares até que ouço a minha mãe a chamar-me para comer. Deixo-me cair na cama ao ouvir a sua voz e digo alto. - Não tenho fome!
Como sempre, nada valeu e fui obrigada a descer para almoçar.
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Este capitulo não é nada de especial mas já deu para ver que ela assim do nada, formou a sua primeira amizade.
Quero acrescentar que a escola que referi mais a cima, existe mesmo, e tudo o que disse sobre o aspecto da escola e do uniforme é o que é na realidade e não inventei nada. Caso tenham curiosidade de ver como é a escola tanto na parte de fora como na de dentro, cliquem no seguinte link e vai aparecer imagens panorânicas a cerca dos vários espaços da escola.
Cliquem no link externo para poderem ter a vista panorâmica da escola de Victória.
Um dos meus objectivos é passar-vos as coisas como são realmente, ou seja, como são as casas tradicionais de lá, as escolas, e entre outras coisas.
Espero que tenham gostado deste capitulo embora não tenha sido nada de especial. ♡
Votem e comentem a dizer o que acham. Dêem-me as vossas opiniôes. ♡
-TommoGirl x
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o nosso erro || l.t
Fanfiction''O Nosso Erro'' é uma fanfic diferente de todas aquelas que já foram escritas. Victória é uma adolescente de 16 anos que perde o seu pai quando tinha apenas 6 anos. Um dia, a sua mãe traz a notícia de que está numa relação e que ambos pretend...