Ao voltar de uma caminhada, logo pela manhã, encontro Malu na cozinha preparando uma batida, sento-me em uma banqueta na copa e fico observando ela que estava de costas para mim, segurando em uma das mãos a tampa do liquidificador. Por causa do barulho ela não me percebeu entrar na cozinha. Malu era uma das garotas que haviam ficado durante as férias, porque trabalhava numa loja no shopping e estudava para ser designer de moda. Malu era uma garota seria que nunca me deu mole e eu também nunca tentei nada com ela, porque ela era uma garota seria e tinha namorado e o amava e respeitava, mas nós éramos amigos e sempre conversávamos quando nos encontrávamos, mesmo que fosse uma conversa rápida.
Assim que ela desligou o liquidificador, eu disse:
— Bom dia Malu... ─ Ela estava tão distraída que se assustou com o que eu disse e quase derrubou a jarra do liquidificador no chão, mas ela conseguiu segurá-la e olhou para mim com cara de assustada e disse:
— Bom dia... ─ Ela respira fundo e diz: — Que susto que você me deu, quase que eu faço uma lambuza sem tamanho aqui na cozinha.
Não posso deixar de sorrir com o jeito que ela falou e me olhou com cara de assustada, então digo brincando:
— Não quero nem imaginar no que você estava pensando, para se assustar comigo?
Ela me olha com aqueles olhos grandes, meio encabulada com minha pergunta e sorrindo me responde:
— Nada demais, só não imaginei que poderia haver alguém aqui na cozinha, além de mim... ─ Ela encheu o copo com a batida e olhou para mim e perguntou: — Aceita um copo de batida de morango banana e leite?
— Se não for nenhum incômodo para você.
— Claro que não, eu fiz mais do que eu queria.
Assim que ela encheu meu copo, me entregou e disse:
— A partir de amanhã isto aqui vai ser uma barulheira, pois a turma toda vai voltar.
Tomo um gole da batida e olho para ela e respondo:
— É bom nem imaginar, porque qualquer problema que acontece aqui vai sobrar para mim resolver, ainda bem que tem a Maria aqui que me ajuda senão eu já tinha ido embora faz tempo. Mesmo assim já falei na última reunião, lá na faculdade, que eu só vou ficar aqui só até meu apartamento estar pronto, depois eles terão que arrumar uma outra pessoa para cuidar.
— A sua sorte é que todos os que moram aqui gostam de você e te respeitam e você também respeita cada um de nós. Seria uma pena se você for embora daqui, porque você tem um jeito como ninguém para lidar com cada problema que acontece aqui.
— Ainda que acontecem poucos problemas, e eu só me meto em último caso, então eu deixo os internos mesmo resolverem seus problemas quando os criar.
Malu se virou e sem querer bateu com o braço na jarra e derrubou a jarra como o resto de batida na blusa dela, eu logo levanto e pego uma toalha e começo a limpar a blusa dela, nossos olhos se encontram e ela fica corada, mas eu desvio o olhar e digo:
— Desculpa, eu só quis ajudar.
— Sem problema professor, obrigada... – Ela limpou a blusa e disse: — Ia ser um milagre quando eu não faço lambuza quando estou na cozinha.
Ela pega o pano e limpa a sujeira toda, em seguida, vai até a pia e lava seu copo e a jarra e os coloca no escorredor de louça e cobre com uma toalha. Eu tomo o resto da minha batida e também passo uma água no copo e o coloco para secar, ela sai da cozinha e vai para o seu quarto e eu também vou para o meu.
Assim que termino de enxugar meus cabelos ou ouço alguém bater na porta, me enrolo na toalha e vou ver quem é, ao abrir a porta do meu quarto vejo Malu parada. Ela vestia um vestidinho de alças que cobria a metade das coxas e que ficava perfeito em seu corpo.
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AMOR A TRÊS - O ENCONTRO.
RomancePablo um professor universitário, também é responsável pela república aonde alguns estudantes moram, ele é um cara sozinho, mas não dispensa um momento amoroso quando uma mulher estava a fim de se divertir. Quando as jovens Judyth e Bianca vão morar...