AMOR A TRÊS - O ENCONTRO.

Capítulo 7

Já passava do meio-dia quando meu telefone toca, me levanto e vou até o criado-mudo, pego ele e olho para ver quem me ligava, vejo na tela o nome de João. Jamais pensei que voltaria a receber uma ligação dele e tampouco imaginei ligar para ele, depois do que ele havia feito comigo. Desliguei o telefone, sem atender, e vejo que há várias mensagens dele. Me lembro de como ele me enganou naquele aplicativo de celular que nós criamos juntos, em como ele me roubou e fez uma fortuna com o aplicativo e eu acabei sem receber nada por isso, pois eu havia investido a maior parte da minha grana que eu tinha, mas isso já fazia uns cinco anos que havia acontecido e depois disso ele nunca mais havia falado comigo, nem mesmo quando eu o procurava. Mas hoje ele voltou a me procurar, o que será que ele quer? Mesmo curioso com as mensagens e a ligação dele, eu nem olho as mensagens e desligo o telefone e o jogo sobre a cama. Vou ao banheiro, e quando volto, me sento na frente do meu computador e continuo trabalhando.

Meia hora depois, termino o que pretendia fazer e me levanto e digo para mim mesmo:

— Tenho que almoçar porque estou com o estômago na ponta do dedão... ─ Eu vou ao banheiro e lavo minhas mãos, ao voltar pego meu celular para ver se não havia outras mensagens, e ao abrir a caixa de mensagem, vejo mais três mensagens de João e penso: "O que será que ele quer? Será que se arrependeu do golpe que deu em mim ou está me procurando por que quer alguma outra coisa?" Mas para saber, tenho que ler as mensagens, porém antes de abrir uma mensagem o telefone toca em minha mão, olho para ver quem liga e é João novamente, respiro fundo e atendo dizendo:

— Alô! Pensei que tinha esquecido o meu número.

— É o Pablo? ─ Perguntou João.

— Não é a vovozinha... Claro que sou eu sim.

— Eu te mandei várias mensagens. É a segunda vez que eu te ligo!

— Eu vi.

— Eu preciso falar com você.

— Pode falar, estou ouvindo.

— Não, preciso falar pessoalmente.

Fico pensando por um momento, olho no relógio e vejo que é quase uma hora da tarde, eu preciso almoçar, então respondo:

— Pode ser às 2 horas, ali naquele restaurante do lado da faculdade. Você sabe onde é? Estarei te esperando lá.

— Sim, estarei lá... ─ João ia falar mais alguma coisa, mas desliguei o telefone e o joguei sobre a cama novamente. Digo meio irritado para mim mesmo com a ligação:

— Só faltava isso para estragar o meu dia.

Desligo meu computador e vou ao banheiro, tomo um banho bem rápido e saio, entro no meu carro e vou até o restaurante, pois pretendo almoçar antes que João chegasse, não queria que a conversa dele estragasse meu apetite.

Entro no restaurante que estava quase vazio, havia algumas pessoas que almoçavam ou conversavam, pego um prato e vou ao bife, pois ali a comida era vendida por quilo, sirvo o meu prato e coloco na balança, o garçom anota o valor do meu prato e vou me sentar a uma mesa bem no canto, começou a comer e logo o garçom traz o suco que eu havia solicitado.

Assim que terminei de almoçar o garçom recolhe o prato e traz a conta, eu pago e continuo sentado à mesa a espera de João. Enquanto eu espero, pego meu celular para ver algumas atualizações das redes sociais.

Quando João entra no restaurante e me vê, vem até mim, mas antes de se sentar à mesa, ele estende a mão e diz:

— E aí Pablo, tudo bem?

Olho para ele e o deixo com a mão estendida no ar, mas em seguida aperto a mão dele e respondo:

— Tudo bem, senta aí.