• One Shot •

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  Meu nome é Lisa Freemont, tenho 24 anos e trabalho na Delegacia Principal de Filadélfia, não tenho filhos e meus pais foram assassinados quando eu tinha 13 anos, o que me fez entrar na policia, na área de investigação criminal para ser mais específica.
  
  Talvez essa seja minha última anotação e que talvez ela fique dentro do meu bolso ou dentro do porta-luvas do meu carro e quando encontrarem meu corpo, tudo será descoberto e alguém vai finalmente para-los. Quem vê, não imagina que um simples caso de cyberbullying possa se tornar mortal já que é apenas "brincadeira" na internet não é? E muito menos que um caso de uma adolescente de 16 anos, que supostamente cometeu suicídio em seu próprio quarto pudesse ser meu último caso e que meus últimos minutos de vida, seriam com um tiro na perna, dentro de um carro, sentada em uma posição nada confortável, descrevendo o caso e derrubando lágrimas que guardei por anos

[...]

Era mais uma manhã normal na cidade, ou pelo menos, era para ser

O relógio em meu pulso não marcava nem 7:00 da manhã ainda, mas a sirene da ambulância já mostrava que o dia tinha começado, em questão de segundos um som atingiu meus ouvidos, identificando que alguém estava me ligando
- Alô? - disse atendendo o telefonema

- Bom Dia Freemont - a voz do Sr.Jones se manifestou - preciso de você na delegacia

- Eu já estou chegando senhor - falei andando - é urgente?

- Um pouco, acabamos de receber um chamado - ele disse soltando um leve suspiro - encontraram um corpo

- Chego o mais rápido possível, já tem as informações? - perguntei

- Eu não, mas o Detetive Lee foi ao local - respondeu - até daqui a pouco Srt.Freemont
- Até Sr.Jones - falei e desliguei o aparelho
[...]

Para a polícia não ficar confusa com essa anotação, ou até mesmo quem for ler, o "Sr.Lee" é meu parceiro, colega de trabalho, estamos juntos na maioria dos casos, eu sou a inteligência e ele a agilidade, Sr.Jones sempre nos parabenizou pelo trabalho em equipe, já que nessa área da policia existe muita concorrência entre os colegas e parceiros. Lee Jooheon é sul coreano, e temos a mesma idade, chamamos ele de Lee porque os nomes coreanos sempre são estranhos, então o chamamos pelo sobrenome, ele foi transferido para cá depois de 3 meses que eu comecei, desde o começo nos damos muito bem, talvez Jones não fique feliz em ler isso, já que é totalmente proibido manter uma relação amorosa com colegas, mas eu e Lee tínhamos uma relação, um relacionamento, sim, tínhamos, já que ele foi morto há alguns minutos
[...]
Várias fotos do corpo de uma adolescente estavam na minha mesa, depois de 3 anos aqui eu não me assusto mais, mas mesmo assim é algo triste já que ela supostamente cometeu suicídio, a mãe da garota encontro-a no quarto pela manhã quando foi acorda-la para o colégio
- O que acha Lisa? - Lee perguntou apoiado a mesa

- Eu não sei - falei observando a foto de uma corda - essa foi a arma? Uma corda de pular?

- Sim, estava amarrada ao pescoço da garota, as marcas do pescoço são as mesmas - respondeu me entregando uma foto

- Não encontrou mais nada? - guardei as fotos e fui em abri uma guia no computador

- Nada que indicasse que fosse assassinato, aparentemente ela sofria depressão, encontramos pílulas anti-depressivas no banheiro e algumas marcas de corte nos pulsos - falou suspirando - é muito triste ver um cena dessa, faz tempo que não vemos crianças e adolescentes aqui

Cyberbullying - Lee JooheonOnde histórias criam vida. Descubra agora