The Lonely Demon

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Caminhava lentamente pelas ruas obscuras de Nova Iorque. Postes de luz piscavam a cada passo que dava, o asfalto molhando pela a chuva fazia barulhos enquanto andava. Estava encapuzado, minhas mãos estavam protegidas pelo moletom preto. Quase não era possível ver meu rosto por estar tão coberto pelo capuz.

Enquanto caminhava, passava pelo bairro pouco iluminado, era onde morava. Minha casa não era lá muita coisa, era de madeira desgastada e não muita bem vista pelos vizinhos, além do mais, a minha era a mais feia do bairro, mas pouco me importava com isso.

Parei de andar após sentir algo agradável, olhei para o lado a cima e, vi ela. Ela estava sentada na janela lendo um livro chamado O Corvo. Sua aparência era semelhante à de japoneses, aqueles olhos arredondados eram fascinantes para mim. Aqueles lábios carnudos e rosados me davam uma louca vontade de selá-los. Sua pele branca parecia neve, qualquer coisa escura nela destacava, principalmente o seu cabelo negro como a escuridão. O nome dela? Sarah Mizuhara, descendente de japonês com norte-americano.

Fitava ela enquanto estava distraída lendo o tal livro, assim percebendo minha presença, passou a me olhar com um jeito meigo, deixando-me, mas fascinado. Ela deu um sorriso de leve e acenando com a mão, logo virei o rosto e voltei a andar.

Não sou e nem serei o tipo dela, ela deve gostar de garotos estudiosos e.... humanos. Não sou um humano, sou uma aberração, sou um demônio que vive a biênios de anos na Terra. Sim, sou um demônio, um demônio rejeitado pelo próprio pai, pelo próprio Diabo. Me chamo Joseph Lanniester, aqui na Terra. Visto com maus olhares pelos meus vizinhos, pelo simples motivo de ter vinte e dois anos e não trabalhar.

Minha casa ficava em frente a dela, entro rapidamente e tranco a porta. Me viro de costas a ela e encosto, dou um suspiro forte, me viro rapidamente para o lado de uma janelinha coberta pela uma mini cortina, levanto ela levemente para vê-la novamente. Sarah ainda estava na janela, me olhava e deu um sorriso sem graça e logo voltou a ler o livro.

Ela meche comigo, deveria ter me cuidado com a nova vizinhança. Já estou na Terra a tanto tempo, e por que vim começar a gostar de alguém só agora? Acho que, se ela não tivesse vindo para cá, não estaria praticamente vigiando ela, tenho medo de caras se aproveitarem da bondade dela. Como ela veio para cá? Vou lhe contar, meu caro.

Duas semanas atrás, 15h30min.

Acordo com a luz do sol atravessando os vitrais da janela da sala, me encontrava no chão, parecendo um alcoólatra após chegar em casa. Olho para os lados ainda com sono e percebo que minha sala estava mais podre que a minha alma. Joguei minha cabeça para trás e passo as mãos sobre meu rosto.

Depois de alguns segundos, me levanto e caminho a bancada para fazer o café. Enquanto fazia isso, observava uma movimentação na rua. Caminhões de mudança parados à frente da minha da minha casa, fiquei por um certo momento curioso, admito.

Um garoto de aparentemente ter treze anos, tinha aparência um pouco oriental. Usava uma camisa branca com um moletom vermelho. Logo, apareceu uma garota, já com a aparência oriental, senti-me atraído por ela, não sei explicar, ela tinha me chamado a atenção.

Ela estava com um cachorro no colo, era um labrador. Ela usava um casaco cinza com uma camisa branca, o seu cabelo estará preso em um simples rabo de cavalo, logo apareceu um homem de aparência norte-americana, ao contrário da mãe, que era japonesa. Logo, os cinco entraram em casa, claro, contando com o cachorro.

Dias se passarão, mas não tinha nenhum contato com ela ou com alguém da família. Apenas observava eles, de longe, mas observava. Sentia sensações estranhas vindo deles, no início, pensava que eram demônios, mas são apenas humanos. Mas, sentia, mas sensações estranhas vindo dela, daquela garota, o cheiro dela é diferente dos humanos, que no qual me deixava, mas curioso sobre ela.

Tempo Atual, 21h22min.

Observava a lua cheia na noite sombria, uma bela noite para demônios saírem das trevas e irem cair na festa da carne, que no qual, a castidade. Deitado estava no terraço da minha casa, não me importava com quão frio estava ou até mesmo pela altura. Estava tão sereno, a brisa batendo levemente sobre me deixava sonolento, levanto minha mão para a lua e separo os dedos de um do outro, sorrio levemente, lembrava-me dos dias que dizia que um dia, iria governar a lua.

Fecho levemente meus olhos, apenas deixava tudo acontecer. Mas, uma sensação estranha me invade. Abro rapidamente meus olhos, começo a verificar os lados enquanto me sentava. Um barulho vinha da casa da frente, como o barulho de uma panela caindo, logo surge um grito. Me levanto logo em seguida e pulo do terraço para o chão, assim que senti o chão, corri até a casa dos Mizuhara.

A porta estava trancada, olhei para a janela do quarto e escutei gritos de Sarah pedindo socorro, não tive outra alternativa, arrombei a porta e assim que conseguir entrar na casa, cair no chão devido ao impacto. Minhas costas doíam, queria ficar ali mesmo, mas não queria ao mesmo tempo. Apoiei minha mão no chão para me levantar, logo vejo sangue vindo da escadaria.

- Por favor, me deixa em paz! - Sarah gritava desesperada

Me levantei rápido e corri pelas escadas com cuidado por causa do sangue, chegando na parte de cima da casa, entro no quarto dela e vejo tal cena. Sarah estaria encolhida na cama, e dois "demônios" estariam tentando capturar ela viva.

Eles eram Demônios Ohulikim, criaturas do Diabo na cultura indígena norte-americana, são parecidos com Wendigos, mas eles são mas agressivos e famintos. Um deles vira para trás de forma absurda, logo solta seu som avisando do inimigo a vista, o mesmo logo parte para cima de mim fazendo cair no chão com ele a cima de mim, o mesmo solta novamente seu barulho estrondoso.

- Dá pra calar a boca, seu servo de merda!

Seguro seus braços finos e largos e o arremesso contra a parede, fazendo o muro cair aos pedaços, ao chegar no chão, virou fumaça, não estava mais lá. Logo percebo que eles são Demônios Ohulikim recém-nascidos, não sabem se defender, apenas atacar. Logo, escutei os gritos desesperados de Sarah. Corri ao quarto e vi a mesma sozinha no quarto, ela estava segurando um estilete em sangue enquanto chorava. O Ohulikim estará caido no quarto em sangue, fumaça saía de seu corpo. Assim que me viu, entrou em desespero e susurrou:

- Eles... estavam atrás de mim... atrás de mim...

Corri até a mesma e a abracei forte, ela logo largou a faca. Me abraçou forte e colocou sua cabeça sobre meu peitoral, suas lágrimas caiam sem parar, passava a mão em seus cabelos para acalmar. Assim que dormiu a levei para um lugar seguro, os policiais logo chegarão. Sabia quem era o mandante daquilo, e ele não descansará em paz até ter o que quer. O que ele quer? Eu não sei, mas coisa boa que não é.


Olá terráqueos, espero que tenham gostado do capítulo, demorou muito para escrever ele *tirando o suor da testa*. Mas bem, os Ohulikim são de minha autoria, ou seja, não são reais, eu criei. Eles tem a aparência dos Wendigos de Until Dawn, a diferença e que eles enxergam e falam. Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo, beijinhos ^^

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⏰ Última atualização: Jul 30, 2020 ⏰

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