5º Capitulo

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Mais tarde, dei asas à aventura e fui desvendar as ruas da área onde vivia. Peguei no MP4 e no casaco, saindo porta fora. Enquanto andava, coloquei os auriculares e olhava à minha volta, contemplando as várias casas, lojas e carros. Era tudo tão diferente em comparação com Portugal, tudo mudou, a minha vida mudou. 

Proponho um desafio a mim mesma assim que dou a volta ao quarteirão, desafiei-me a descobrir o caminho para a escola. Eu ainda lembro-me onde ficava e, sinceramente, era já depois de amanhã que começava na escola. Puxei pela memória e comecei a fazer o suposto caminho para a mesma.

À minha frente vinha uma rapariga de fios longos e dourados em cima de um skate. Ela embalançava a cabeça no ritmo da música em que ouvia e obviamente não estava com atenção nenhuma no seu caminho. Quando refleti foi tarde de mais e ambas chocamos uma contra a outra.

- Au! – Exclamou a skater após de ter embatido no chão e, logo a seguir encarrou-me. - Vê por onde andas, porra!

Ela só pode estar a brincar comigo. - Vê tu que estás ai sem ter atenção por onde andas, oh. - Defendi-me.

Ela apenas suspirou e, eu sendo a rapariga nova dali, quis de imediato tentar dar-me bem com ela e, sem hesitar, ofereci-lhe a mão para lhe ajudar a levantar.

- Obrigada. - Disse sorrindo-me e ajeitou as suas roupas.- Sozinha?

- Hm, sim é o que parece. - Ri timidamente. Maior parte das vezes sou tímida quando conheço alguém, quem me dera ter mais '' palheio ''.

-Sou a Jade. - Sorriu-me e estendeu-me a mão.

- Victória. - Apertei-a.

- Se precisares de alguma coisa podes encontrar-me naquela casa ali ao fundo. - Desviei o meu olhar para a tal casa, esboçando um sorriso ao reparar que eramos vizinhas.

- A sério? Somos vizinhas, então. És capaz de não me conhecer, sou nova aqui.

- Bem-vinda então. Queres companhia até casa ou...?

Na verdade, eu ia tentar encontrar o caminho para a escola, mas, visto que já está a anoitecer, é melhor ir para casa e aproveitar a companhia dela.

Fomos até casa sempre a conversar sobre os mais variados assuntos e, sinceramente, fiquei impressionada comigo mesma. Não sabia que conseguia falar tanto com uma pessoa que tinha acabado de conhecer. Parecia que já nos conhecíamos desde sempre, ela compreendia-me e dávamos-mos muito bem. 

- Estava a pensar se tu e a tua família queriam hoje jantar à minha casa? Era tão bom que nos dessemos todos bem e que nos conhecêssemos melhor. - Sorrio e juntou as mãos como que se implorasse por uma resposta afirmativa.

- Porque não? Era fixe. - Ri um pouco, olhando-a.

- Então as 20h em minha casa. Até logo.- Disse rapidamente e entrou em casa. Fiz o mesmo e quase que me arrependi. Lá estavam os dois pombinhos aos beijinhos e às brincadeirinhas na cozinha a, supostamente, preparar uma sobremesa. Acho que sujavam mais do que cozinhavam.

A minha mãe estava de avental e com as mãos todas sujas, assim como William.  A única diferença era que este tinha o nariz e um pouco da cara suja de chocolate e farinha.

Tossi de forma a chamar-lhes a atenção. 

- Vick, junta-te a nós. - Disse o William ainda a rir um pouco. 

- Não me parece. - Digo secamente. - Hm, hoje vamos jantar na casa ao lado, conheci a filha deles e ela convidou-nos a ir jantar. É às 20h.

Como ninguém fez nenhuma objeção contra, penso que não há problema nenhum e subo as escadas rapidamente e entro no quarto para me preparar para logo à noite.

~

- Despacha-te! Só falta nós os dois, a tua mãe já foi para a casa deles. - Consigo sentir-lhe a encostar-se na minha porta.

Acabo de calçar-me e abro a porta rapidamente, o que faz com que William se desequilibre e que quase caia no chão. Não aguento e começo a rir perante a sua figura.

- Ha-ha-ha, faz-me cocegas que não estou a conseguir rir. - Revira os olhos e recompõe-se. - Vamos, madame? 

Assenti e desci, indo até a cozinha. Eu tinha ficado encarregada de levar a sobremesa que a minha mãe tinha preparado anteriormente. Abro o frigorífico e nada. Abro o forno e nada. 

- O que estás á procura? – Pergunta, pegando nas chaves.

- Sobremesa. - Continuo a procurar sem sucesso aparente.

- Se tivesses ouvido a tua mãe, sabias que ela já a tinha levado. Cabeça no ar que és. – Gargalhou. - Anda lá, despacha-te.

Reviro os olhos e vou em direção da porta pronta a sair quando William impede-me.

- Que foi agora? - Olho-o impaciente.

- Só sais com uma condição. - Olha-me com um sorriso que, sinceramente, não sabia se era para ter medo ou não.

Reparo que William se aproxima de mim e ficamos com a cara próxima. Mas o que é que ele pensa que está a fazer? 

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O quê? Mas o que é que o William tem em mente? Qual será a condição dele?

Demasiado obviu? Não? O que acham que é? Hm..

Hoje não estava nos meus melhores dias e o capítulo ficou um pouco aborrecido mas é da maneira que ela fica conhecer mais alguém que a vai acompanhar nesta jornada.♡

Dêem o vosso voto e comentem. ♡♡

- TommoGirl x

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