Capítulo 72

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— Veja se não engorda. Esse smoking tem que dar em você no dia do casamento. — Patricia não ia perder a oportunidade de zoar com o Dexter, que estreitou os olhos ameaçadoramente, arrancando uma risada alta dela.

Estávamos no aeroporto. Dexter levava uma mala a mais, devido a algumas lembranças que comprara com Dakota, em seus passeios turísticos, além do smoking para o casamento; ele vai ser padrinho com ela. Dex a envolveu um abraço apertado e a balançou levemente de um lado para o outro, fazendo-a rir novamente. Depois, a Dakota, que parecia triste com sua ida. Trocaram murmúrios e ela sorriu imensamente ao se afastar. E por fim, ele me olhou.

— Muito obrigado pela recepção, seu mané. — E me abraçou.

— Desculpe por tê-la transformado numa péssima. — Dei duas batidinhas em suas costas, bem como ele.

— Vocês não têm culpa do que aconteceu. Esses quinze dias foram muito bons, apesar. — Dex se afastou. — Contem comigo para o que precisarem, está bem? Eu atravesso esse oceano a nado para resolver qualquer problema.

— Obrigado, irmão.

— Virei mais algumas vezes antes desse casamento. Prometo não deixar vocês em paz por muito tempo.

— Veja se pratica mais, hein? — Patricia alfinetou e ele riu.

— Pode deixar.

Despedimo-nos e então ele foi em direção ao portão de embarque.

— Eu vou sentir falta desse bobão. — Ela fez beicinho ao meu lado.

— Somos duas — disse Dakota.

— E ele vai sentir a nossa, acreditem — falei.

Dex olhou para nós e acenou, cruzando o portão. Seguimos em direção ao estacionamento. Felizmente, antes de virmos, demos uma passada no hospital e depois de fazer o exame de raio X, o médico libertou a minha noiva daquela maldita bota de gesso. O bom foi que ela não precisou passar mais uma semana usando, porém, estava proibida de usar saltos e abusar da escada. Eu subiria com ela nos braços numa boa.

— Vejo vocês depois — disse Dakota, diante do seu conversível.

— Obrigada pela companhia, amiga. — Patricia a abraçou e elas passaram um tempo conversando. Minha noiva aquiesceu e a morena veio até mim.

— Obrigado por cuidar dela na minha ausência. — Abracei-a.

— Imagina. Patricia é minha amiga e eu jamais a deixaria sozinha. — Ela se afastou. — Minhas férias estão acabando, mas sempre que precisarem, podem me ligar e eu mando tudo para o espaço e venho correndo.

— Não temos dúvidas.

— Vemo-nos por aí.

Ela foi ocupar o seu lugar ao volante e Paty e eu fomos ao carro.

— Ainda bem que me livrei daquela porcaria — disse, entrando e colocando o cinto de imediato. Eu me juntei a ela e fiz o mesmo. — Uma semana em casa, sem você, foi um martírio.

— Eu digo o mesmo. — Peguei a sua mão e beijei o dorso.

Dei a partida e nos tirei dali, seguindo de volta ao galpão. Era uma noite de sexta-feira, de temperatura amena, já que estávamos no inverno.

— Baby, que tal irmos dançar? — Ela sugeriu e eu sentia seus olhos em mim.

— Patricia, não vamos abusar.

— Eu não quero ficar em casa em plena sexta-feira. — De soslaio, vi-a cruzar os braços e fechar a cara.

— Você tirou o imobilizador hoje.

Amiga da Minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora