Parte 44

30 9 10
                                    

Emily

A viagem foi tranquila, o hotel maravilhoso e o quarto nem se fala, gigante, todo branco, limpo e cheiroso. 

Notei que em uma mesinha ao lado da cama tinha um jarro com rosas vermelhas e um bilhete.

Com minha inocência, pensei que seria algo da administração do hotel para dar as boas vindas a seus hóspedes, grande foi minha surpresa ao abrir.

Estava escrito às seguintes palavras:

Seja bem-vinda meu amor a sua primeira viagem. Hoje damos início a nossa história juntos.
De seu marido que te ama muito.
                            Johnny

As lágrimas encheram meus olhos e desde o dia que eu aceite o pedido dele em namoro eu tive plena convicção do nosso amor e de nosso futuro juntos. E saber que eu tinha alguém que mim amava, isso sim,  era o céu na terra.

Corri para seu braços beijando sua testa, todo o rosto até chegar a sua boca,  de início foi um beijo calmo, gentil, seus braços  envolveram meu corpo.
Sofri quando ele afastou seus lábios dos meus para dizer o quanto me amava. Não queria nunca mais ficar longe dele.

Voltamos a nos beijar só que dessa vez com mais desejo, mas desesperado. A tempos queríamos está assim juntos, sem barreiras.

Ele me pegou em seus braços, colocando meu corpo cuidadosamente na cama, tirou minhas sandálias e seus sapatos. Começou a beijar próximo a minha clavícula, subindo ao pescoço até chegar em meus lábios,  onde deu início a mais beijos profundos, meu corpo a cada toque seu entrava em uma nostalgia prazerosa.

Tudo aconteceu passo à passo sem desespero, mesmo que seus beijos dissessem o contrário. Ele respeitou meus limites e venceu a barreira do trauma existencial do meu consciente. Foi gentil e mim ensinou meios para não sofrer tanto naquele momento crucial.

Foi tudo maravilho, na verdade dias depois foi muito melhor, as dores tinham sumido.

Na verdade a viagem em si tinha sido maravilhosa, fizemos turismo em ilhas vizinhas, mergulho e conhecemos um pouco da cidade, fomos em alguns restaurante fantásticos e curtimos muito nosso quarto.

Minha única queixa é que a semana passou voando.

Quando chegamos a nossa casa já estava pronta e organizada, não era muito longe da casa dos pais do John, a casa era linda. Três quartos, duas salas, banheiro e cozinha gigante, areia na frente para dois carros e uma lavanderia nos fundos enorme. Os móveis tudo novinho.

Com os dias voltados as nossas atividades rotineiras, trabalho, faculdade e igreja.

Como nem tudo é só sorrisos aquele maldito sonho, fazia questão de lembrar que não mim daria tréguas.

Mesmo feliz com o Johnny eu continuava triste e cheia de recordações.

Existia um peso tão grande e um vazio infinito em meu coração.

Foi quando todos os dias eu acordava no meio da noite chorando e com o um John desesperado ao meu lado.
Era difícil vê-lo sem saber como lidar com tudo isso e eu sem coragem de contar os meus traumas mais ocultos.

Isso durou vários anos e fez parte  de dois longos anos de nosso casamento.

Onde muitas vezes me peguei no banheiro abraçada a meus joelhos chorando silenciosamente.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora