FRIENDSHIP IS REALLY MAGIC

1

P.O.V. Keiko
São oito horas da manhã, e ainda estamos na porcaria do primeiro tempo, que no caso é matemática, não que eu não tire de letra, mas a minha melhor amiga, Anna, que eu carinhosamente chamo de burra, retardada, demente, dentre outros lindos adjetivos, não entende a merda do conteúdo, fazendo-me realizar o exercício com ela.
Se bem que isso sempre me livra de ter que fazer com um garoto.
Pois todos eles sempre estão em cima de mim, não querendo me gabar, mas, eu sou inteligente, bonita, vou bem nos esportes, sou comportada, e querida. Além disso, todos dizem que meus cabelos tem um cheiro bom e que meus olhos são tão lindos que parecem daquelas bonequinhas de porcelana. Ah, meus seios também são bem grandes, pra uma garota de 16 anos, já têm mais do que bom tamanho.
O problema é que eu não gosto de garotos.
E isso seria muito chocante pra essa sociadade ridícula em que eu vivo.
Todos os meus amigos são falsos, menos a Anna.
Ela é burra, tronxa, a pior em educação física, é lerda e vive caindo por aí. Mas ela é um doce de pessoa, ela é fofa, atenciosa e me entende muito bem. Por isso ela é a minha melhor (e única) amiga.
-Kei.-Diz ela com uma voz fofa e sonolenta. -Tem prova de geografia amanhã, você pode vir na minha casa estudar à tarde? Meus pais vão sair, e eu não posso deixar a casa, pra vir na escola, na sua casa ou na biblioteca, e também não quero ficar sozinha, além de que, eu não entendi nada do bimestre inteiro.
Ela nunca entende mesmo.
Mas a Anna é muito bonitinha, ela é querida e faz os melhores doces que eu já comi, eu também gosto de cozinhar, mas eu me dou melhor nos pratos grandes e salgados, e é minha amiga, é claro que eu vou. Fora que sem isso, ela está totalmente ferrada na prova. Não que ela entenda muito bem o que eu explico, mas ela disse que prefere quando eu ensino do que a professora.
-Ok, eu vou.-Digo, sem muito entusiasmo.
Ela só acena com a cabeça em sinal de "sim".
A manhã passa mais rápido do que eu imaginei.
Quando me toco, ela tinha me levado pro shopping e estávamos esperando a comida, depois de ela ter feito o pedido.

Comemos e fomos para sua casa.

Estudamos umas duas horas, nada suficiente pra que ela entendesse, mas, resolvemos dar uma paradinha.
Ela liga a TV e põe num canal de desenho qualquer.

Criançona.

-Olha, tá passando My Little Pony. -Diz Anna.

-"A amizade é mágica",-rio do nome, ela me olha com cara feia, pois gostava do desenho. -Pensando bem, a nossa deve ser. Nós não temos nada a ver.
-Temos sim.-Ela retruca.-Tudo! Fora a parte em que você é um gênio, linda, atleta nata e o tamanho dos seus peitos. -Juro que nunca vi essa menina falando de peitos nesse tom, mas tudo bem né.
-Talvez você esteja certa.-Reviro os olhos.
-Estou, e não revire os olhos, mocinha.
-Eu sou mais velha, Anna.
-Tô nem aí.

Criançona, mais uma vez.
E nós discutimos coisas idiotas por um tempão, até ficarmos bem pertinho uma da outra, nossos rostos estavam praticamente colados.

Eu não resisti.

Beijei Anna.

Talvez ela me odiasse depois disso, talvez recuasse, mas, mesmo não sabendo beijar direito, ela correspondeu ao beijo e abriu a sua boca pequenina e doce, talvez fosse pelo gloss de morango, mas tudo bem, pra que minha língua pudesse entrar.
Nossas línguas se acariciavam docemente, e então eu começei a segurar aquele rostinho fofo e pequeno, daquela menininha inocente.

Paramos por causa da falta de ar.

Ela sentou no meu colo, e disse:
-Foi o meu primeiro beijo, mas foi muito bom, e fico feliz de ter sido com você. Como você é uma ótima professora Keiko, quero que me ensine a beijar, tão bem quanto você sabe. Isso porque nós somos amigas, e a nossa amizade, é realmente mágica.

Aquelas palavras tocaram meu coração, então nós voltamos a nos beijar, ela segurou-se em meu pescoço, e eu coloquei minhas mãos em sua cintura, nós estávamos apoiadas em sua cama, sentadas no chão. À medida em que nossas línguas se entrelaçavam e o beijo ficava mais intenso, ela rebolava em meu colo de dava alguns gemidos.

O que me deu uma vontade enorme de fazer algo mais mágico ainda.
E ela não iria dizer não.

Separei-nos do beijo, de início não entendeu, mas posteriormente percebeu minhas intenções, levantei-me, em seguida levantei-a e subi na cama, fiz com que ela fizesse o mesmo, logo, me coloquei por cima dela e distribuí vários beijos em seu pescoço, com direito a algumas lambidas.
Ela gemia de um jeito tão gostoso... Era ótimo ouvir aquilo, ela não se contia, acho que ela nem sabia como.
Entregava-se a mim cada vez mais.
Parei com os beijos, passei minhas mãos por todo o seu pequeno corpo, e retirei sua camiseta do uniforme.
Apalpei seus pequenos seios, ainda por cima do sutiã.
Tirei-o.
-Keiko, são pequenos.
Disse ela em um tom bem manhoso, mas um tanto tristinho.
-Tô nem aí.
Retruquei do mesmo modo que ela havia feito.
Passei as mãos sobre os dois, ela gemia docemente, lambi primeiro o esquerdo, depois o direito, os gemidos doces foram ficando cada vez mais altos e eróticos.
Ela já devia estar toda molhada, e se dependesse de mim, ficaria ainda mais.
-Anna, você está gostando?
-S-sim, Keiko.... Na verdade, eu estou amando!
Ela me deu um sorriso, mesmo com o rosto todo ruborizado, e depois de mais alguns beijos, eu resolvi tirar a minha camiseta.
Tirei o meu sutiã.
-Quer tocar? -Perguntei, referindo-me aos meus seios.
Ela não responde, apenas faz, mesmo deitada por baixo, arrisca dar uma leve lambida no mamilo direito.

É tão fofo, ela tem tanta vergonha.
Mas mesmo assim, eu gemi, por mais suave que seja o toque dela, isso me faz estremecer toda.
É ótimo.

Tiro nossas saias, dou mais uns beijos na boca dela, e vou trilhando  um caminho de beijinhos até a barra da sua calcinha.
Acaricio sua intimidade, ainda sem tirar a peça.

Ela geme, em meio aos gemidos, tenta dizer "continue", mas sai bem falhado.
Eu até riria, se não estivesse totalmente excitada.

Eu retiro sua calcinha e acaricio um pouco a sua pequena vagina, todo pedacinho de Anna é fofo.

Passo a língua nos seus lábios, e massageio seu clitóris, ela já não tem restrições pra gemer, e se segura no lençol, ela está tão excitada quanto eu.
Coloco um pouco da minha língua em sua entradinha, e 'brinco' mais um pouquinho com ela, até que venha ao seu orgasmo.

Então, eu, a beijo mais um pouco, tiro a calcinha e junto nossas intimidades, e fico num movimento de vai e vem, no início calmo, e logo vou aumentando o ritmo, nós duas gememos altos e eu vejo que estou quase lá.
Gememos o nome uma da outra, e ela goza mais uma vez, um pouquinho antes de mim.

-Isso foi ótimo. -Anna.
-Foi sim...-Eu.

Estamos exaustas, decidimos tomar um banho, e depois vamos comer alguma coisa.

Mais tarde, já de madrugada, no meio de alguns beijos, lembro da prova de geografia. E resolvemos estudar mais um pouco, ela não aguenta muito tempo e vamos dormir.
Despedindo-nos com um doce boa noite e um beijo de língua carinhoso e bem humorado.

Deitamos de conchinha, comigo por trás, e então pergunto:
-Anna, você quer namorar comigo?
-Sim. -Responde, simplória.
-Mesmo que a sociedade nos condene, nossas famílias nos odeiem e que todos podem se afastar de nós?
-Ah, Keiko, se eu tenho você, eu não tô nem aí.

Acho que essa do não tô nem aí pegou, no fim nos beijamos novamente e logo dormimos.

Quem diria que a amizade mágica entre duas garotas podia virar namoro?

-Anna, eu amo você.-Digo.
-Eu também amo você, Keiko. -Diz ela.
Nós duas com vinte e três anos, na nossa primeira noite da lua de mel, no caso, a de núpcias, ou seja, isso foi depois de termos feito "você-sabe-o-quê".
Estamos casadas agora, e quem sabe vamos adotar uma criança, nossas famílias ainda não entendem nosso relacionamento mas é aquele ditado né: tô nem aí.

FIM

Obrigada por ler.

<3

Personagens originais, de minha autoria.
Fotos retiradas da Internet, crédito aos autores.