Capítulo 07

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"Será que tudo isso aconteceu de verdade, e isto e a prova de que isso foi real?"

Passei o dia trancada em meu quarto, aquele sonho vinha toda hora em minha mente, mesmo quando eu tentava me distrair.

Aqueles olhos estavam marcados em meus pensamentos, nunca havia visto nada igual, e o sonho parecia tão real quanto a minha verdadeira realidade.

Naná ja havia subido e descido diversas vezes, havia tentado me fazer comer mas eu simplismente não sentia fome, tentou me fazer sair do quarto, mas minha cama estava super confortável

(A o que é cara? cama e uma coisa sagrada me julguem)

Me peguei por diversas vezes olhando aquela marca em meu braço, não me lembro quando ou em qual momento eu havia sido marcada, em nenhum momento do sonho me lembro de ter sido queimada ou marcada ou tatuada por nada nem por ninguém. Tentei voltar a dormi para ver se conseguia voltar para o sonho mas, o sono não vinha por nada e isso me incomodava.

Monica- Filha?- ouço minha mae me chamar me tirando dos meus pensamentos e olho para a porta e vejo a mesma adentra no meu quarto com um bandeja em mãos e com o olhar preocupado.

Com toda certeza Naná disse a ela que não comi o dia inteiro, aliás mal havia percebido que ja era noite.

Lara- Oi mamãe!-Dei um meio sorriso sentando na cama e me arrumando.

Tinha certeza que estava toda desarrumada e desgrenhada e olhando de longe para o espelho vi que estava realmente certa.

Mônica- Naná está la embaixo toda preocupada e afobada, disse que você não comeu o dia inteiro e ficou dentro do quarto sem sair.- Respirou fundo me olhando preocupada.- O que houve minha filha?

Coloquei meus braços por debaixo do coberto, porque se tinha uma coisa que eu sabia, era que minha mãe odiava toda e qualquer tipo de marca no corpo (tatuagem) e se ela visse aquela marca em meu corpo ela iria dar a luz.

Lara- Não tenho nada mamãe, e apenas um desanimo. -Disse e de imediato os olhos daquele homem vieram em meus pensamentos de novo. - Eu só tive um sonho estranho esta noite e não consigo ficar em paz. -Distraidamente respondi olhando para o nada.

Mônica- Minha filha...-Colocou a mão em meu rosto trasendo-me de volta para a realidade.- Foi apenas um sonho, e você não pode se deixar levar por sonhos minha querida.

Dei um meio sorriso e vendo meu estômago roncar peguei o pão que estava na bandeja, e Naná tinha preparado exatamente meu lanche preferido pão puma com queijo, presunto, maionese, salame e pequenos pedacinhos de salsicha.

Lara- Tudo bem mãe, deve ser coisa da minha cabeça.- Disse dando uma mordida no sanduiche.

Minha mãe se levantou me deu um beijo na testa, me olhou por um momento e saiu.

"Ela ficou preocupada"

Droga o que menos preciso agora e da minha mãe achando que estou com algum tipo de problema.

Quando pequena ela me levava no psicólogo porque achava que eu tinha algum disturbio por causa das noites que eu passava gritando enquanto dormia. Não precisava dela achando que aquilo estava voltando a acontecer.

Droga daqui dois meses eu estarei indo para Londres, e se ela achar que tem algum problema... ela vai me impedir e voltará a me levar no médico e eu não preciso disso agora.

Me levantei da cama terminando de tomar meu refrigerante e pegando a bandeja deixando em cima do criado que fica do lado da porta. Voltei pra minha cama dando uma arrumada e fui tomar um banho.

Lavei meu cabelo me lavei e depois de um tempo sai pegando o secador e usando no cabelo, passei minha chapinha e escovei meu dente me deitei determinada a esquecer esse sonho.

Não passava disso de um sonho e amanhã eu tinha coisas mais importante para resolver. Tinha uma prova importante de biológia e era as ultimas provas do ano para acabar a escola e me tornar uma universitaria e graças a Deus tudo ia mudar.

Peguei meu celular coloquei na musica que eu mais amava da Beyoncé coloquei meus fones de ouvido e fechei meus olhos me deixando levar pelo som e sem perceber estava apagada.

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Acordei no outro dia e diferente da noite anterior, não tinha tido nenhum sonho estranho o que, graças a Deus me convenceu que estava tudo bem, olhei para meu pulso e a marca estava apagada quase não dava pra ver, respirei fundo e decidi que seja lá o que for aquela marca não deve ser nada e pronto.

Me levantei dando aquela caprichada no cabelo com a chapinha e passando uma maquiagem bem leve fiz umas anotações no caderno para estudar um pouco antes da prova.

Me olhei no espelho um pouco antes de sair e repeti meu mantra o que me trazia mais ainda para a minha realidade, já havia esquecido de quase tudo daquele sonho.

Desci e fui tomar meu café, e segui para a escola nada iria me afetar e tudo iria dar certo, eu estou no controle e nada, nada vai dar errado.

"Eu espero..."

Augustin - Canção para AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora