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Cápitulo único.
Um, dois, três. Três fotos do casal sorridente a deriva naquela maldita caixa amarela, caídas de alguns dos álbuns existentes. O homem travou o maxilar ao sentir os olhos arderem, juntamente a garganta, querendo liberar as lágrimas presas à semanas.
Quatro, cinco, seis. Seis malditos álbuns de fotografia, cada um com uma etiqueta diferente, indicando os cenários em que as imagens foram capturadas. O homem sentiu as mãos trêmulas ao alcançar o primeiro álbum da pilha, intitulado “verão de 2002”.
Sete, oito, nove. Nove minutos que passou com os olhos vidrados na primeira foto do objeto.
Dez. Dez anos se passaram desde que ele viu pessoalmente pela última vez aquele garoto ao seu lado.
As mãos do mais alto, que tinha um sorriso escárnio estampado em seu rosto, tapavam os olhos do menor que abriu a boca indignado no momento em que a foto foi tirada.
A enorme fogueira atrás deles reluzia, várias pessoas estavam sentadas ao redor da mesma, Túlio e July se beijavam iluminados pelo fogo, como se não houvesse mais doze adolescentes ao seu lado escutando Niall tocar músicas em seu violão e cantar acompanhado de Demi e Justin.
Mas o homem e seu amigo estavam alheios aos demais, aproveitando para retratar o que deveria ser o melhor verão de suas vidas, na melhor e praticamente deserta praia das Ilhas Scilly, a Great Bay. O homem quase conseguia sentir o cheiro de maresia que sentia naquela noite e o toque suave da areia fina em seus pés. Não tão suave quanto o toque dele.
O homem recordava perfeitamente aquele ano. Em especial aquele verão. Eles tinham dezesseis anos. Se conheciam à uma década. Inséparaveis. Eles e todos os amigos do colégio resolveram fazer uma viagem memorável para maravilhosa praia de águas cristalinas. Um mês de festas, brincadeiras e relaxamento. O mais importante: Um mês para estar o tempo todo comEle.
O homem nunca negou à si mesmo o que sentia pelo melhor amigo desde que descobrira, aos quatorze anos, quando o viu beijar Alicia atrás da arquibancada do ginásio e tudo que quis fazer foi espanca-la até ela nunca mais poder usar a boca sequer para dizer “ai” e, claro, queria estar no lugar dela ao receber as carícias do garoto. Ele era gay. Ele estava apaixonado pelo seu melhor amigo.
Então chegou a parte difícil, que foi aceitar que o menino era hétero e não iria querer nada, a não ser distância, se descobrisse a verdade.
Mas era difícil esconder o que sentia, principalmente quando se perdia no olhar dele e ficava distante imaginando como seria a boca dele na sua, fazendo com que o amigo ficasse impaciente por causa da dispersão. Mas o homem adorava ver ele irritado. Seu sotaque ficava ainda mais forte, e sua voz afinava mais, o tornando adorável - mais adorável.
O garoto então tentou se esquivar de tudo o que sentia, ficando com vários homens e mulheres, na esperança que esquecesse a paixão pelo amigo. Não deu certo.
Quando ele descobriu a bissexualidade do garoto, quebrou contato por meses, o que machucou a ambos de forma extremamente dolorosa. Mas logo tudo voltou ao normal e a amizade se estabeleceu novamente, claro que o garoto queria mais que amizade com ele, porém o amigo não sabia disso.
Dois anos se passaram e o garoto não aguentava mais a dor que sentia ao ver o amigo com várias garotas diferentes. Então ele resolveu que lutaria pelo que sentia, e se fracassasse, pelo menos poderia se orgulhar por ter tentado. E sofrer eternamente por ter falhado. Mas procurou esquecer essa parte
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I Cannot Let You Go...
Romance"Ele era seu, ele sabia que sim. Ele não podia desistir de mostrar que o que sentia era recíproco, ele apenas não sabia disso ainda."