Como o expediente terminou mais cedo, fui ao meu lugar favorito, onde eu sempre vou quando estou sozinha. Na minha cidade, havia um prédio feito há mais de 100 anos. Ele está interditado agora, por ser tão velho, mas as pessoas ainda ficam em volta observando.Gosto de ficar ali porque, como eu disse aquele prédio tem mais de 100 anos, mas sua história continua intacta, e será assim para sempre.
Todas as pessoas que passam ali sabem o quanto aquele prédio é importante para a cidade, e principalmente, o quanto o seu arquiteto foi importante. Ele será lembrado para sempre. E isso me dá expiração, esperança. Um dia, eu quero ser igual a ele.
Se sento em um banco que tem do outro lado da rua, de frente para o prédio. Pouco tempo depois, alguém de senta ao meu lado.
Ouço alguns clikes e olho para o lado. Havia um garoto, mais ou menos minha idade, com uma câmera fotográfica, (aquelas de foto instantânea), tirando fotos do prédio.
Depois de tirar algumas fotos ele abaixa a câmera e encosta no banco.
— É lindo não é? — ele diz.
Olho para o prédio.
— Sim. É realmente muito lindo.
Ele olha para mim.
— Vem sempre aqui?— ele pergunta.
— Sim, gosto muito de apreciar essa obra de arte. Me dá inspiração.
Ele concorda. Passamos um tempo olhando o monumento, depois ele pergunta:
— Posso tirar uma foto sua?
— Ham... Claro.
Se ajeito no banco e sorrio. Dois segundos depois a foto sai da câmera. Ele balança ela ao vento, depois olha.
— Perfeita!
— Porque quer uma foto minha? — pergunto, sorrindo.
— Costumo tirar fotos de coisas belas.
Sorrio para ele. Sinto minhas bochechas corarem.
Olho que horas são no relógio.
— Ah não! Tenho que ir. Vou jantar com minha tia. Adeus!
— Ainda vamos se encontrar algum dia? — ele pergunta enquanto eu começo a andar.
Olho para trás.
— Quem sabe um dia.
Ele sorri, e eu vou para casa.
— Tia desculpa a demora.
Entro em casa. Minha tia estava me esperando sentada no sofá. A mesa já estava arrumada.
— Não tem nada não. Porquê você não trouxe seu namorado?
— O quê? Ah... Sim... Meu namorado...
— Vocês terminaram não é?
— Caramba! Tá tão evidente assim?
Ela assente. Sentamos na mesa.
— Conheço você Ellie. Sei que passou a noite chorando agarrada com o travesseiro. Você não sabe o quanto é difícil para mim ver você sofrer.
— Tia, eu decidi que eu não vou namorar agora. Vou pensar no meu futuro. O namoro só atrapalha minha vida.
— Ah, e por falar em futuro...
Ela faz uma cara de suspense.
— Ai meu Deus! O que foi?
— Olha o que chegou para você.
Ela tira um papel do seu bolso. Depois vejo melhor, e percebo que é uma carta.
— Adivinha quem recebeu um convite para a faculdade de arquitetura??
— AI MEU DEUS! Aaaaaah!
Começo a pular e gritar. Pego a carta e abro. Leio em voz alta.
"Cara Srta. Cooper,
queremos informar que vimos sua carta, e você pareceu bem interessada em participar na nossa faculdade. Temos apenas 5 vagas, e 63 interessados, então queríamos lhe convidar para fazer uma entrevista aqui, dia 10/11, às 10:00. Você só tem uma chance. Esperamos você!"Grito mais ainda. Finalmente vou ter uma chance de mostrar meu trabalho para alguém que entende.
Eu estou muito feliz.
— Parabéns querida.— minha tia fala.— Agora vamos comer.
Nós se sentamos, e eu começo a jantar, pensando no meu futuro.
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O despertador toca. Me levanto e vou tomar banho. Depois visto uma calça jeans e uma blusinha florida, que era bem a minha cara. Pego minha bolsa e meu jaleco e desço.
— Vai merendar hoje?
— Não tia. O Dr. Armstrong quer que eu chegue mais cedo do que o horário normal. Não se preocupe, não estou com fome.
Dou um beijo na testa dela.
— Tchau tia May.
— Tchau querida.
*~~~*~~~*
Ao chegar no hospital, percebo que havia algo diferente. Na entrada tinha alguns balões vermelhos em formas de coração, e Susan estava ajeitando alguns balões.
Me aproximo dela sem entender nada.
— Susan o que...— um balão estoura.
— Ai droga!— ela grita.— Ah, oi Ellie.
Rio dela.
— O que está acontecendo aqui?
— Caraca Ellie. Você tá muito desligada esses dias. Hoje é o dia nacional do doador de sangue.
— Ah... Então... É feriado?— já falo animada.
Susan revira os olhos.
— Não! Hoje é o dia do doador de sangue, então as pessoas irão vir doar porque se sentirão expiradas, e quem vai atendê-las se todos do hospital estiverem em suas casas descansando?
— Ok, ok. Entendi.
O Dr. Armstrong aparece pela porta.
— Olá Ellie. Vejo que chegou cedo hoje.
Sorrio para ele.
— Bom, como já deve saber, hoje é um dia muito importante. E o prefeito comparecerá ao evento que iremos fazer aqui.
— Sério? O prefeito?— Susan pergunta.
— O que ele vem fazer aqui?— pergunto.
— Acho que ele vai fazer um discurso incentivando as pessoas a virem. Bom, terminem de arrumar, e depois vamos trabalhar porque as pessoas já estão chegando.
Nós concordamos e ele sai.
Ajudo Susan com alguns balões que restaram. Depois que terminamos, eu vou para a sala 6, onde eu atendo as pessoas.
— Pronto. Parabéns e obrigado pela sua doação senhora.— eu digo a uma senhorinha que acabou de doar.
Ela se levanta.
—Obrigado bela garota.
Sorrio para ela, e ela sai.
— Próximo!— eu grito. Esse era o paciente de número 12.
Viro e vou até o armário para pego uma agulha nova. A pessoa entra e senta na cadeira.
— Bom dia. Obrig...— quando eu me viro, e vejo quem é, paro de falar e fico séria rapidamente.
Ah não. Ele não.
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A vida amorosa de Ellie Cooper
RomanceEllie é uma garota simpática e amável que se apaixona facilmente. Mas depois de tantas decepções amorosas, ela decide ser mais dura com seu coração, e focar na sua carreira de trabalho, como arquiteta. Porém, o que ela não sabia era que ia acabar s...