Capítulo 112

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Acordei e Christopher e Anahí não estavam no quarto, já eram 10h15. Me espreguicei e levantei da cama. Fui ao meu banheiro, fiz minha higiene matinal e assim que abri a porta do meu quarto, pude sentir o cheiro forte de café, ovos, e pão quentinho. Logo minha barriga deu sinal de vida. Eu estava com fome. Desci as escadas e fui direto para a cozinha. Estava os três, minha mãe, Annie e o meu amor. Cada um com uma tarefa. Annie estava lavando a louça que usaram para preparar o café, Christopher secando, e mamãe estava preparando algo no fogão.

Ainda parada na porta perguntei...

– O que é isso gente? – Perguntei sorrindo e assim que Christopher me viu, veio em minha direção dando-me um selinho. E nesse momento me senti completa. Na casa da minha mãe, com ele, minha mãe, minha melhor amiga. Só faltava May mesmo.

– Bom dia meu amor. – Christopher disse depois de afastar seus lábios dos meus e me presenteando com seu lindo sorriso. Seu cabelo estava bagunçado do jeitinho que eu gosto. Não tinha visão mais perfeita do que aquela.

– Bom dia amor. – Respondi e devolvi com um sorriso que não sabia em mim. Eu estava feliz, mas no mesmo instante senti que algo me dizia que essa felicidade duraria pouco e logo fechei meu sorriso. Balancei a cabeça tentando afastar esse mal pressentimento. Deve ser coisa da minha mente.

– Bom dia Filha! – Disse minha mãe olhando para trás e logo concentrando-se novamente no que estava fazendo no fogão.

– Bom dia Duuuuul! – Disse Annie bastante alegre, o que me fez sentir melhor. Ontem ela estava tão tristinha sentindo falta de Christian que pensei que ela ficaria melancólica até voltarmos para a cidade.

– Bom dia Annie! Vejo que está melhor né? – Vou até ela e a abraço.

– Sim! – Ela responde.

– Por que todos se reuniram pra fazer o trabalho e não me chamaram?

– Ah amiga, foi sem querer. Acordei cedo, e sem querer acabei acordando o Christopher, então decidimos preparar o café da manhã, mas sua mãe já estava aqui, estão apenas ajudamos com algumas coisinhas e agora estamos guardando as louças. Vamos tomar café?

– Vamos! – Respondi.

Nos sentamos a mesa e tomamos o café tranquilamente, como uma família harmônica e feliz. Nessa hora desejei ter minha casa, estar casada com Christopher, com um filho ou uma filha, sentados a nossa mesa, comendo e rindo todos juntos.
Quando terminamos o café, fomos nos arrumar para partirmos para a cidade. Quando já estávamos todos arrumados, nos despedimos de minha mãe e seguimos o nosso caminho até a rodoviária.
Chegando na rodoviária, compramos nossas passagens e ficamos sentados aguardando alguns minutos para que desse a hora da partida do ônibus. Quando deu a hora e o ônibus chegou, nos levantamos com nossas coisas e vejo Annie quase cair no chão, mas Christopher como estava ao seu lado conseguiu segura-la e a ajudou a sentar-se.

– Annie, o que houve? Você está bem? – Christopher pergunta preocupado.

– Annie, está tudo bem amiga? Está se sentindo mal? – Pergunto nervosa.

– Não, gente, está tudo bem! Só tive uma tontura. Não sei. – Ela responde meio groge.

– Tem certeza que esta bem? – Pergunto novamente.

– Sim, amiga! Estou melhor. – Ela me solta um sorriso e se levanta. Christopher me encara meio desconfiado, mas dou de ombros.

Seguimos com nossas coisas para o ônibus e finalmente o motorista da partida a nossa viagem. Todos cochilamos e acabamos despertando somente quando chegamos a nossa cidade. A viagem foi rápida e chegamos às 16h.
Christopher segue para a casa de sua mãe e eu e Annie vamos para o seu apartamento. O AP de Annie não é muito grande, então não tem quarto de hospedes, mas como sua cama é de casal, ela permite que eu durma com ela na mesma cama, pois somos amigas, não há problema.

Annie arruma um cantinho no armário dela para que eu coloque minhas coisas e eu chego a me sentir, mal. Não queria que Annie estivesse tirando seu conforto para me dar espaço. Começo a me preocupar logo em procurar um lugar para morar o quanto antes.

Envio uma mensagem para May avisando que já estamos na cidade e digo para que venha ao AP de Annie já que é Domingo, ela está livre e logo ela me responde.

May: " Vocês só me dizem que estão aqui agora? Estou indo cachorras!"

Sorrio com a mensagem de May e Annie e eu vamos para a cozinha arrumar alguma coisa para comermos quando May chegar.
Alguns minutos depois vejo que recebi outra mensagem, mas agora é de Christoper...

Christopher: "Já estou em casa e morrendo de saudades de você."

Sorrio com sua mensagem. Finamente estamos juntos e sem mentiras e segredos. Para ficar mais perfeito, só quando tivermos morando juntos.

Dulce: "Amo você"

Christopher: "Eu te amo mais."

Percebo que viramos aquele casal meloso, mas vai, deem uma chance pra gente. Já sofremos demais. Temos o direito de paparicarmos um ao outro.

– Ei! – Annie me cutuca com o braço enquanto estou sorrindo para o telefone.

– Que foi? – Pergunto.

– Está que nem uma bobona ai, sorrindo a toa. – Ela diz.

– Estou feliz Annie! Finamente. – Respondo.

– Eu não tenho dúvida amiga. – Ela diz.

– Ah! Vamos aproveitar e ver se a May consegue tirar o Christian da cadeia. Ver com aquele parente dela lá que é advogado né?

– Sim! – Annie diz com sua voz um tanto falhada – Mas eu acho que a May não vai querer.

– Vai sim! Não seja pessimista! – Digo e ela revira os olhos para mim – Não revire esses olhos pra mim mocinha!

Sorrimos juntas e logo em seguida a campainha toca. Vemos que é May e assim que abrimos a porta é uma alegria que só. May entra ficamos conversando, comendo, brincando e relembrando os velhos tempos. Até que resolvo tocar em um assunto...

– Bom, já que estamos todas felizes agora, será que não tem como você ver com aquele teu primo ou tio, não sei, que é advogado pra tentar a liberdade do Christian?

– Que? – May me olha já com o sorriso fechado.

– E... May... É que o Christian...  – Annie se enrola nas palavras.

– Ah May! Ele se arrependeu! Ele agora está com a Annie e... – May me corta.

– Aquele infeliz, me fez de refém, e me cantou, além de ser um completo idiota. Me desculpa, mas eu não sou o tipo de pessoa que se relaciona com caras que colocam uma arma na minha cabeça. – Annie e eu ficamos chocadas e um silêncio enorme toma conta da sala onde estamos.

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Galerinha, estou demorando com os capítulos porque estou escrevendo ainda, mas espero que não abandonem!!

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora