Capítulo 4 - Ganhando um Bolo!

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Meus saltos bateram contra o piso limpo do HardHouse no ritmo da banda do show ao vivo, meu copo de suco estava na metade e meu tédio nas alturas. Graças a Hugo não cheguei atrasada. Muito pelo contrário, cheguei cinco minutos antes com o maior sorriso no rosto. Arthur estava atrasado vinte minutos, isso não era legal!

– São só vinte minutos! – murmurei olhando para o relógio dourado no meu pulso.


Suspirei, vinte minutos era muita coisa!


– Me desculpe pela demora!


Levei um susto com a voz cansada quase derrubando meu copo de suco no chão. Arthur parou na frente da cadeira encabulado.

– Você veio! – Exclamei animada e surpresa indecisa entre levantar ou não.


Arthur sorriu envergonhado com as mãos no encosto da cadeira indeciso entre sentar ou não.


– Claro que eu iria vir! Marquei com você, não te daria um bolo desses. – Sorriu.


Me senti bem mais aliviada com Arthur sentada a minha frente. Já estava me sentindo não muito confortável sentada sozinha na mesa do bar tomando suco de laranja, parecia um pouco triste, pelo menos para mim.

– Minha explicação é extremamente plausível e aceitável. – se justificou esfregando os dedos nos pulsos.

Soltei o ar devagar esperando que ele começasse a história.

– Minha irmã mais nova vai se casar, e bem, ela escolheu justamente hoje fazer a degustação dos doces da festa. O noivo dela não pode ir. – Sorriu pensativo. – E como sou um homem educado e preocupado com o que minha irmã come – ironizou – me ofereci para ajudar a escolher o que ficaria melhor na festa.

Então, ele estava comendo esse tempo todo enquanto eu tomava chá de banco?

– Só que... – a voz falhou no mesmo momento em que o rosto ficou vermelho. – Misturei muito doce com salgado, e experimentei uma entrada muito estranha! – gesticulou com as mãos – Acabei passando um pouco mal, estava com a minha irmã até agora.... Confesso que ainda me sinto um pouco ruim! – confidenciou com uma risada sem graça.

Dor de barriga?


– Arthur, se você ainda está passando mal

Arthur me interrompeu com uma risada leve, parecia levemente constrangido.

– Eu estou bem, o pior já passou. É só eu não comer algo muito pesado ou exótico! – Sorriu forçado.

Nós dois rimos da piada, bem, eu achei que foi uma piada em relação a situação dele desagradável de hoje mais cedo.


– Que pena, estava pensando em comer uma feijoada caprichada! – comentei rindo.

Arthur perdeu o ar e ficou branco, o rosto se contorceu.


– Sério? – quase grunhiu agoniado.

Falei merda!


– Não, era brincadeira! Sem feijoada. – Expliquei o mais rápido que consegui.

Arthur segurou um suspiro, mas a cor voltou ao rosto bonito, sorrindo com um leve nervosismo ele pegou o cardápio.

– Que bom, se não... seria uma noite muito, quero nem pensar nisso!


Bem, nem eu! Definitivamente eu não queria pensar sobre isso, já me bastava o drama do Hugo na privada, não precisava de um repeteco com Arthur.

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