Vivo

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Ela tentou se explicar... Ela tentou até concordar e esquecer.
Mas não deu... ele ainda diz o seu nome e a olha com aqueles olhos medonhos. Ele cerra a boca e a condena... ele diz não querer ouvir nenhuma explicação. Ela sai, mas uma vez chorando, e se deita.
Agora veio-me a mente o porque que doía...
Agora me lembrei por que...
Ele  está lá, olhando-me. Com a mesma cara feia. Com a mesma maldade. Posso sentir o sangue gelado escorrendo pelo meu rosto. Eu não digo nada e o sangue seca naturalmente. Endurece. Vira casca. Mas nada cicatriza. Permanece aberta. Viva. Vive parelela a minha vida.

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