one

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(Heey! Minha primeira história aqui no wattpad, ainda me sinto meio perdidinha, mas vou pegando o jeito haha Enfim, de qualquer maneira, eu só queria dar um aviso: a história não tem personagens. Quer dizer, tem, mas não tem. É assim: eu escrevi ela sem mencionar nomes, aparência, características, nada! Então, fica a critério de quem lê decidir a quem se refere cada um, entenderam? Você que imaginam quem é o Harry e quem é o Louis, quem está escrevendo e quem é mencionado, assim, cada um imagina do jeito que achar melhor e do jeito que preferir! Bem, era isso, espero que gostem <33 xoxo)

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Dia 1

Eu estou arrasado. Completamente e unicamente arrasado. Meus olhos ardem de tanto chorar, e sinto que mancharia estas páginas com mais lágrimas, se ainda houvesse água dentro de mim para que eu pudesse jorrar para fora. Meu peito arde como naquela vez em que queimei meu dedo fazendo panquecas, com oito anos. É uma dor igual aquela. Mas, de alguma maneira, não acho que vá sarar com alguns beijinhos e um curativo. A não ser que eu engula remédio. Não faria diferença para ele, mesmo.

Ainda não sei o que dizer. Acho que estou em depressão. Não como nada há quase vinte e seis horas, e não sinto a menor fome. Tudo que fiz foi ficar encarando nossa foto em cima do criado-mudo. Aquela, quando nos mudamos e estávamos pintando as paredes do quarto. Estávamos todo sujos de tinta. Eu queria tirar uma foto e programei o celular, mas ele me manchou antes e começamos uma guerrinha estúpida. A foto ficou engraçada. Ele no chão, com o macacão manchado e eu por cima, com um pincel o cabelo todo azul e branco. Nós estávamos rindo. Ele quem havia escolhido a foto para ficar na cabeceira da cama.

Pensar nele dói. Meu deus, como dói! Meu coração parece que vai saltar pela boca, sangrando. Enfiaram uma estaca de madeira com lascas por todos os lados e ficam girando e girando e girando sem nunca parar. Dói como o inferno. Eu preferia estar lá nesse momento. Quando castigo, qualquer lugar é melhor que viver sem ele. Por que brigamos mesmo?

Só lembro de borrões. Minhas lágrimas. As dele. Gritos. Coisas quebrando. Meu deus, eu dei um tapa na cara dele! Como eu fui capaz de fazer isso?! Eu estava com raiva, e confuso, e cheio de dúvidas, e ele só pegou uma bolsa, socou suas roupas lá e saiu. Não sei porque não fui atrás dele, o beijei e implorei para ficar. Talvez seja porque eu sou um covarde. Estúpido covarde.

Não consigo respirar. Acho que estou entrando em depressão, mas não quero ir ao médico. Não quero fazer mais nada na minha vida, a não ser ir atrás dele, mas nem para isso tenho forças. Resolvi então começar a escrever. Relatar os dias. Acho que, dessa forma, eles passam mais rápido, e minha dor se ameniza ao menos um pouco. Sim, idiota. Um pedaço de papel não me deixará melhor. Um pedaço de papel não trará ele de volta.

Dia 2

Liam ligou agora de pouco. Eu continuo na cama. Não quero ir ao banheiro, nem comer nada. Tudo que fiz foi beber um pouco de chá, e meia hora depois estava chorando de novo. Estava deitado sob os lençóis, ainda com seu cheiro, vendo nossos álbuns. Eu pareço uma adolescente apaixonada que acabou de levar um pé-na-bunda, não um homem de 22 anos maduro e aut-suficiente. Tem uma certa verdade. Não na parte do adolescente, mas na parte de levar um pé-na-bunda.

De qualquer modo, ele parecia preocupado. Disse que ele havia passado no seu apartamento, pego as chaves do carro e saído apressado para a casa de Niall. Liam estava com seu carro porque esquecera o dele quando fora trabalhar e pedira emprestado. Eu sabia que ele iria para a casa de Niall. Eu o conheço bem. Melhor do que a mim mesmo.

Perguntou o que houve. Eu disse que havíamos brigado, mas dizer isso em voz alta tornou tudo ainda pior. Dei uma desculpa qualquer e desliguei. Tenho certeza que ele ficou gritando meu nome, mas não me importei. Não enxerguei nada por horas, por conta das lágrimas. Tudo que sei fazer é chorar e chorar. Sinto que estou me despedaçando por dentro. Estou morrendo. Estou caindo e não há ninguém para me pegar.

just twenty-days || l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora