Capítulo 71

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Acordei no mesmo lugar que eu dormi e desliguei o despertador o mais rápido que pude para não acordar Victor. Como eu vou me levantar agora ?

Dei um jeitinho e consegui sair, coloquei a cabeça de Victor no travesseiro e me levantei da cama. Fui em direção ao armário, peguei uma calça de cintura alta, justa, preta e rasgada no joelho, um cropped branco de regata, larguinho e minha roupas íntimas. Fui em direção ao banheiro, tomei meu remédio, em seguida tomei um banho e vesti a roupa que eu tinha escolhido. Sai do banheiro e Victor já tinha acordado, estava mexendo no celular. Me sentei na cama e coloquei um tênis da Adidas branco com listras pretas.

Ele desligou o celular e me puxou me colocando em cima dele e me fazendo molha-lo todo com o meu cabelo.

- Bom dia meu amor. - diz me esmagando. - Está melhor ?

- Aí Victor, me solta. - rio. - Estou sim. Qual o motivo dessa felicidade toda ?

- Que bom. Vou ganhar minha moto. - sorriu fazendo seus olhos diminuírem.

- Parabéns meu amor. - sorrio. Tentei sair de seus braços, mas sem sucesso. - Victor, eu tenho escola, falando nisso, o senhor também tem. - toquei seu nariz com o dedo indicador.

- Verdade. - me soltou. - Tinha esquecido.

Aleluia! Me levantei, ele se sentou e eu fiquei de pé na sua frente. Ele envolveu seus braços envolta da minha cintura e ficou fitando a minha boca.

- Eu vou chegar atrasada mas... É por uma boa causa. - mordo o canto inferior do lábios.

Coloco minhas mãos no seu rosto, aproximo meu rosto do seu e colo nossos lábios. Ele me puxa para mais perto me fazendo sentar no seu colo. Depois de alguns minutos paramos o beijo.

- Não se esqueça que hoje é aniversário da Gabi. - me levantei, pegando as minhas coisas e o meu celular.

- Não tem como esquecer. - sorriu e se levantou.

- Queria poder fazer uma festinha pra ela. - parei na sua frente e ele colocou seus braços envolta da minha cintura.

- Todos nós queríamos, inclusive ela. - começou a acariciar minha bochecha com o polegar.

Fiquei por alguns segundos fitando aquela sua boca carnuda. A sensação de beija-lo era maravilhosa, me levava as alturas e me colocava no chão de volta, era incrível. Meu Deus, se eu continuar pensando nessas coisas eu vou me atrasar.

- Se eu ficar aqui com você mais um segundo, você sai sem boca. - rio, fico na ponta do pé e te dou um selinho rápido.

- Não seria uma má ideia. - ele diz antes que eu saia do quarto.

Abro a porta do quarto e enfio minha cabeça na brecha.

- Te amo. - digo num sussurro.

- Te amo. - devolve da mesma forma.

Saio do quarto definitivamente agora, paro no começo da escada... Não, não dá.

Voltei rapidamente para o quarto, abri a porta, Victor me olhou sem entender nada, joguei minhas coisas no chão e pulei em seu colo grudando nossos lábios logo em seguida. Depois de alguns minutos paramos nosso beijo. Victor sorriu, eu desci de seu colo e peguei minhas coisas no chão.

- Vai pra escola maluquinha. - riu.

- Vai para o banho Victor. - rio.

- Se você deixar eu vou.

Mandei um beijo no ar para ele, sai do quarto e desci a escada correndo. Minha mãe estava de braços cruzados no final da escada.

- Bom dia mãe, vamos ? - falei rapidamente já indo em direção a porta.

- Bom dia. Que atraso foi esse ? Eu tenho que trabalhar sabia ? - veio atrás de mim.

Entramos no carro e partimos.

- Eu sei. Mas atraso é normal quando se tem um namorado como o Victor. - olhei para ela. - Desculpa mãe. - sorrio sem graça.

- Está bem filha. Falando nele, ele vai pra escola hoje ?

- Vai sim. Ele vai tomar banho e pedir para a mãe dele vir buscá-lo com as coisas dele.

- Ah sim.

- Logo menos ele vai estar dirigindo.

- Ah, do jeito que ele gosta de sair, óbvio que logo menos ele teria um carro. - riu.

- Então, é uma moto. - rio.

- Moto ? Você arrumou um namorado louco. - riu.

- Ah, ele gosta né.

- Você nem pense em andar com ele na moto, vocês caem juntos aí eu só quero ver.

- Aí mãe, como você é negativa. - rio. - Logo menos eu estou com o meu carro também, então suave.

- Então suave. - repetiu.

Minha mãe parou na frente da escola, me despedi dela, sai do carro e entrei correndo.

Me sentei nas cadeiras do pátio e fiquei esperando o sinal da segunda aula tocar, que faltava só apenas 10 minutos. Fiquei mexendo no celular para passar o tempo. Logo o sinal tocou e todo mundo saiu lá fora. O que está acontecendo ?

Peguei minhas coisas e fui em direção às meninas.

- Já ia te xingar achando que você não iria vir. - diz Fernanda.

- Porque tá todo mundo aqui fora ? - perguntei.

- Aula vaga, a Vivian faltou. - disse Ray.

- Porque ela faltou ? Vocês sabem ?

- Não. Opa, não era para você estar de repouso em casa ? - perguntou Fernanda.

- Repouso do que ?

- Você está com virose, Nicole.

- Já estou melhor.

Fernanda revirou os olhos e em seguida alguém me cutuca. Olho para trás e me deparo com Ryan e Gustavo.

- Fiquei sabendo que a Gabi tá no hospital, ela tá bem ? - perguntou Gustavo.

- Se ela está no hospital ela não está bem. - cruzei os braços. Ryan caiu na gargalhada, não vi a graça, mas beleza.

- O que ela tem ? - perguntou Ryan.

- Foi atropelada, está em coma. O médico abriu para visitarmos ela, se quiserem ir...

- Que horas ? - pergunta Gustavo.

- Lá por umas duas horas da tarde.

- Demoro. - diz Ryan. - E ainda por cima, hoje é aniversário dela né.

- Uhun. - suspirei. - Posso saber o que aconteceu com vocês ?

- Longa história. - diz Ryan. - Só... Nos perdoa, por favor.

O Menino De RolêOnde histórias criam vida. Descubra agora