- Vamos logo Alice, você quer se atrasar?
- Acalme-se Juliana, ainda falta mais de uma hora para a festa do Matheus começar, e você sabe que ninguém chega no horário certo.
Juliana, minha melhor amiga, me olha brava, mas ainda nem escolhi minha roupa, sei que ela gostaria de ficar a sós com Matheus antes da festa começar, afinal, ela tem uma paixão por esse menino desde que tinha 6 anos, mas conheço ela bem o suficiente para saber que ao chegarmos lá ela não vai conversar com ele, porque ela sempre trava quando ele está por perto.
- Eu sei amiga, mas você ainda nem escolheu sua roupa, já faz mais de 4 horas que está se arrumando, não aguento mais esperar!
- Aí meu Deus - suspiro - Eu sou mulher e tenho 17 anos ok? Eu tenho esse direito de demorar - digo, revirando os olhos.
- Você tem mais 30 minutos para terminar sua maquiagem e colocar sua roupa, estou esperando lá em baixo, se demorar mais que isso, eu vou sozinha! - ela saiu gritando do meu quarto e bateu a porta.
Termino de passar meu rímel e olho para minha cama, em cima, há 5 vestidos, decido ir com um vermelho colado, ele realça minhas curvas, coloco um salto scarpan preto de 15cm, vou até o espelho e arrumo meu cabelo, deixando-o liso em cima e com pequenos cachos nas pontas. Saio do meu quarto e desço as escadas, Ju está sentada no sofá com meu pai.
- Ok amiga, estou pronta - grito do pé da escada, eles me olham, meu pai faz uma careta para minha roupa, sei que ele odeia vestidos curtos, e esse, bom, digamos que está absurdamente curto.
- Minha princesinha, você tem tantas roupas lindas, tantos vestidos caros, tem mesmo de ir com o esse pedacinho de pano? - pergunta meu pai, nada satisfeito.
- Não vou subir e trocar de roupa pai, isso é ridículo, esse foi o único vestido que ficou bem em mim!
- Ah não tio, ela está absolutamente linda, e demorou duas décadas para se arrumar, por favor deixa ela ir assim, só vai ter amigos na festa, se ela subir pra escolher outra roupa, só iremos chegar lá na festa 3 horas da manhã! - disse Juliana, implorando para meu pai.
- Ok, ok, meninas, vocês venceram, mas me prometa que não irá se abaixar filha - diz meu pai.
- Não irei papai prometo - dou um sorriso e o abraço - Obrigada por não arranjar confusão, eu te amo.
- Também te amo minha princesa, agora vai, o motorista está esperando vocês - meu pai me dá um beijo na testa e me solta.
- Tchau papai, voltamos para casa só amanhã de manhã tá? - digo, já na porta.
- Ok meninas, o motorista estará na porta da casa do Matheus às 6 horas, quero vocês aqui até às 7:30 para tomarmos café da manhã juntos.
- Sim, senhor Albuquerque - faço um daqueles cumprimentos do exército batendo a mão na cabeça e dou risada, meu pai revira os olhos e nós saímos.
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A princesa e o vagabundo
Teen FictionAlice, filha de um dos mais importantes magnatas de São Paulo, uma verdadeira patricinha mimada que mora no Morumbi, chama atenção por onde passa, com seus longos cabelos loiros e olhos azuis como o mar; Marcos, o filho do dono da favela de Paraisóp...