1-Conhecendo o território!

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  - Lauriel acorda! - alguém cutuca meu braço - Você vai se atrasar para o seu primeiro dia de aula!

   - Só mais cinco minutinhos mãe. - falo me virando na cama.
 
   - o.k. mas, só  cinco minutos! - ela responde com um leve tom ameaçador e sai do quarto.
  
    Depois de um pequeno esforço acabo me levantando da cama e vou para o banheiro, lavo meu rosto na pia, escovo os dentes e tomo uma ducha rápida. Ainda de roupão vou até o closet olho algumas roupas e escolho uma calça  jeans de lavagem clara, uma camiseta confortável azul escuro com um simples decote e meu all star branco, ao me vestir sento na frente do espelho passo uma base para esconder as poucas sardas, passo um batom rosa claro, máscara de cílios, escovo meus cabelos ruivos e estou pronta. Pego minha mochila e desço a escada entro na cozinha e há uma bela mesa de café da manhã com bolo, pão, suco, geléia, queijo, torradas, chá e mais algumas iguarias. Só  posso dizer que Célia a nossa cozinheira caprichou dessa vez.
 
   -Ah! Que bom que já está desperta mocinha. - Dona Laura diz ao entrar na cozinha.

   - Oh mãe,quando o Fhelipe chega de viagem? - pergunto ao comer um pedaço de torta de limão.

   Fhelipe tem 18 anos de 1.70cm, com lindos cabelos loiros, um sorriso maroto, um incrível par de olhos azuis como se fossem duas pedras de gelos de tão claros e límpidos e um corpo pra nenhuma garota botar defeito.
   Mas,calma! Ele é só meu primo.
   Tia Letícia foi diagnosticada com câncer quando Fhelipe tinha apenas quatro anos, foi um choque para todos, infelizmente o tumor avançou rapidamente e dez meses depois ela nos deixou.
  Como o Raul o pai de Fhelipe havia se divorciado da tia Letícia um ano depois de seu nascimento e logo se mudou para o Canadá, onde se casou novamente e teve dois filhos. Ele ficou ausente no momento em que o filho mais precisou do seu conforto. Então minha mãe conseguiu a guarda do Fhelipe na justiça e desde então fomos criados como irmãos.
   Fhelipe é um ano mais velho que eu e sempre se mostrou super protetor em relação à mim. Me recordo até hoje o dia em que meu primo socou um garoto que tentou me beijar na sexta série, fomos parar na diretoria e nossos pais foram chamados e o Fhelipe teve que pedir desculpas para o garoto por ter socado a cara dele resultando em um nariz quebrado.
   É isso mesmo! Meu primo socou tão forte que acabou quebrando o nariz do Will, que por sinal sangrou bastante. Felizmente tudo foi resolvido e o tal de Will nunca mais chegou perto de mim, e sempre que me via dava meia volta ou passava com a cabeça abaixada! Ué bem feito pra ele!
  
   - Ele me ligou antes de entrar no avião então provavelmente chegará às 17:30min - respondeu minha mãe - Isso querida, se o vôo não atrasar!

   - Então tô indo pra escola mãe, tchau! - me despeço com um beijo na sua delicada bochecha.

   - Tchau querida, tome cuidade e se comporte mocinha!

     Com as chaves na mão vou em direção a garagem aperto o botão no controle remoto para abrir o portão, dou um suspiro ao apreciar a traseira  reluzente do meu camaro branco que ganhei de aniversário da minha mãe, após insistir um bom tempo que eu não aguentava mais depender sempre de motorista, eu precisava mesmo era de um pouco de dependência para me sentir bem, me sentir liberta nem que seja um pouquinho, e então ela me deu esse lindo presente que não preciso nem dizer que eu amei!
   Ao entrar no meu carro apertei o cinto de segurança, coisa que Dona Laura com seu jeito mandão estava sempre me repreendendo a nunca esquecer. Virei a chave e senti o ronco do motor. Ah! Posso dizer que aquilo era música para os meus ouvidos!
    Estacionei em uma das vagas desocupadas desliguei o motor e peguei minha mochila no banco do passageiro, quando abri a porta percebi um grupinho de garotos olhando pra mim e bom alguns estavam prestes a babar.

    - Idiotas. - resmunguei para a situação vergonhosa deles.
 
    Sério! Eles não podiam nem ver um par de peitos grandes que pareciam estar sempre no cio! Argh! Era constrangedor e nojento.
   Subi os degraus depressa cumprimentando ou apenas sorrindo para algumas pessoas no caminho, meu foco era achar minhas amigas Melissa Turin e Isadora Fourman, passei pela biblioteca e emprestei o livro O visconde que me amava da autora Julia Quinn, dei uma paradinha no meu armário então fui direto para o  provável lugar onde minhas amigas estavam. De repente, Thiago um ex namorado meu, vira o corredor e damos um esbarrão.

    - Droga! Você não olha mais por onde anda seu imprestável? - grito com ele no meio do corredor.

    - É muito bom te rever também Lauriel. Ah! respondendo sua pergunta eu olho sim por onde ando para ter a sorte de apreciar bem quando me encontro com você. - ele responde com uma piscadela e com um sorriso sedutor.

    - Tá com algum problema no olho seu idiota? Talvez seja melhor ir na enfermaria! - rebato com ignorância  lançando um olhar de tédio sobre ele.

   - O quê? Tá preocupada comigo gatinha? Quem diria né? - ele se aproxima de mim com um olhar sedutor fixado nos meus olhos.

    Thiago tem simples olhos azuis e cabelos cor de mel de 1.69cm o corpo bem definido devido aos treinos de futebol americano ele é como dizem O garoto mais poupular do Colégio e infelizmente eu tive o desprazer de namorá-lo por quase um ano, tenho certeza que qualquer garota daria tudo para ter a sorte que eu tive e poder dizer que tem um relacionamento com o Thiago.
  Mas, meninas calma! O Thiago é um completo canalha, ele me prometeu fidelidade e me traiu na maior cara de pau com a Elisa uma amiga minha. Bom já dá pra dizer que hoje nós duas não nos falamos mais devido a esse ocorrido, mas isso é história para outra hora.
   

    Sem pensar duas vezes me aproximo também só para apoiar minhas mãos nos seus ombros, então levanto o joelho com toda a força que tenho e acerto em cheio meu objetivo

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    Sem pensar duas vezes me aproximo também só para apoiar minhas mãos nos seus ombros, então levanto o joelho com toda a força que tenho e acerto em cheio meu objetivo. Thiago solta um grito sufocante  coloca as mãos entre as pernas e se curva soltando palavrões e prometendo se vingar.
    Vou em direção ao pátio rindo tanto que minha barriga chega a doer. Todos conheciam esse meu jeito atrevido e maluco de desafiar o mundo e os poucos que não me conhecem acham que sou uma filhinha mimada de pais ricos ou só uma doida mesmo. Mas eu não me importo com a opinião dos outros até porque não preciso deles para respirar e tenha mais coisas interessantes com que me preocupar!

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