Oi, eu me chamo Richard, nome estranho para um brasileiro não ? Ele foi uma homenagem da minha mãe para o meu avô paterno, seu nome era Richard. Eu tenho um demônio chamado Mil Olhos alojado dentro da minha alma. Este demônio têm um simples e pequeno dom, criar o que a pessoa mais têm medo, seus pesadelos, suas angustias, etc. E esse poder passou para mim, como eu sou o seu hospedeiro por enquanto, tenho que aguentar ele. Eu tenho quinze anos hoje em dia, más o Mil Olhos odeia pessoas que não sabem falar, então ele fez eu aprender a falar corretamente aos três anos. Foi engraçado quando eu entrei na pré escola, quer saber eu vou te contar a minha história a partir desse dia. (Até porquê foi o dia que eu descobri que tinha algo de errado com Mil Olhos)
***
Acordo com a minha mãe me chamando e o meu pai abrindo a janela falando algo como "Bom dia flor do dia" para tentar me animar, eu sabia que não iria dar certo ir para a pré escola, sentia no fundo do peito que algo daria errado, e como eu estava certo. A minha mãe e o meu pai saíram do meu quarto e então eu vejo o dia, ainda estava nublado, mal se podia ver o sol, começo a pensar o que pode dar errado nesse dia, então uma voz igual à minha, só que por algum motivo me dava um medo que não era humano, falou na minha mente "Bom dia, está animado com o primeiro dia de aula ?" não respondi, simplesmente peguei a minha roupa no guarda roupa e comecei a me trocar, até que uma criança igual à mim, porém pálida igual um cadáver apareceu na quina do meu quarto e falou "Eu quero que você me responda". Revirando os olhos viro-me na direção da criança e falo "O que você quer?!".
"Nada, só que você me responda"
Coloco a camisa e respondo "Sim eu estou animado para a pré escola".
"Que bom, eu também estou" ele fala, logo virando uma pilha de areia que iria sumir em pouco tempo. Ele era o Mil Olhos, ver ele assim é normal para mim, até porque desde que eu me lembro ele sempre estava do meu lado, com a estranha palidez de um cadáver.
Termino de me trocar e vou para a cozinha, onde a minha mãe e meu pai faziam o meu café da manhã, alegres como sempre. "Oi filho, bom dia" falou o meu pai enquanto procurava o leite. "Bom dia pai" respondi dando um abraço nele e um beijo na bochecha de bom dia. "Ah, mas assim eu vou ficar com inveja" falou a minha mãe abrindo os braços e se agachando para me abraçar, vou atê ela e dou um abraço e um beijo da sua bochecha. Em poucos minutos eles me deram o café e eu comi tudo, entrego para eles, e depois vou para a pré escola com a minha mãe.Ela me deixa na porta, não queria entrar, até que a minha mãe fala que lá é legal, olho para os lados, só têm crianças chorando, aquilo não é legal. Me recuso a entrar durante um tempo, estava quase chorando, só paro quando uma criança igual à eu porém pálida aparece, logo deduzo quem é, ele estava fazendo sinal para eu entrar, resolvo obedecer e entro.
Lá dentro ele me guia por varias crianças negras, brancas e pardas, todas chorando, até que ele para em uma menina que não estava chorando, sua pele era parda, olhos castanho claro e cabelo marrom levemente ondulado. Assim que viro para o lado para perguntar quem ela era o Mil Olhos tinha desaparecido deixando somente um monte de areia que logo sumiria para trás. Vou até a garota e pergunto o seu nome.
"Meu nome é Jady" ela fala arrumando a sua postura para ficar com a coluna reta.
"Prazer Jady, sou o Richard" falo estendendo a mão para ela, a mesma aperta ela, dando uma leve balançada, e fala "Oi Richard". Iriamos conversar, só que antes de podermos falar mais alguma coisa uma mulher alta e negra fala "Olá crianças, eu sou a tia Roselí, vamos nos...". Interrompo ela e falo "Você não é a minha tia" ela fica com uma cara de duvida e logo reassumindo o rosto de alegria fala "É só uma forma de se expressar". fico quieto e abaixo a cabeça enquanto ela continua a falar. "Continuando, vamos nos apresentar." ela fala juntando as mãos e logo após apontando para um menino que estava vermelho de tanto chorar "Qual é o seu nome?"
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Olhos Demoníacos
HorrorUm garoto, sim eu sou só um garoto, que torna os seus pesadelos reais, os monstros que você fala que não existem, para mim existem. Todos eles, um por um eu vejo. Ah más não pense que eu faço isso por maldade, eu sou tão vítima quanto você. Um demôn...