A sala era escura, silenciosa e fria. Apenas um clarão fraco entrava como se fosse un holofote fraco, iluminando dois grandes sofás pretos cintilantes como os cavalos do pesadelo.
Os passos dos sapatos de saltos pequenos e grossos ecoavam por aquele lugar que mais parecia um depósito vazio. O cabelos cacheados compridos e negros pareciam uma nuvem atrás da mulher alta, esbelta e com feições ameaçadoras no rosto. A mulher segurava uma escova de cabelo em uma das mãos enquanto caminhava calmamente para se sentar no sofá. Ao se sentar, imediatamente um sombra negra percorreu as partes claras e caiu no sofá, dando espaço para que Breu se materializassem.- Aqui está o que você pediu, milorde - Ela disse, com sua voz seria e firme.
- Ótimo - Respondeu Breu, pegando a escova de cabelo e analisando.
A mulher torceu a boca, vendo a maneira maquiavélica que Breu encarava a escova branca farda de longos fios louros.
- Quando os fios se soltam da raiz, você só tem apenas algumas horas antes de escurecer - Disse, cruzando as pernas - Eu posso perguntar... Por que você pediu a escova de cabelo da Rapunzel?
- Pode. E já que perguntou, tem algo muito importante na escova de cabelo da sua filha - Breu sorriu em ironia.
- Essa garota insolente, sabe o quanto eu tenho vontade de larga-la naquela torre para morrer? Sinto repulsa quando ela me chama de mãe - Respondeu ela de mau humor, cruzando os braços.
Breu deu uma gargalhada, e voltou a olhar para sua amaldiçoada.
- Ora, Gothel, você tem que cuidar da pequena prima de Elsa, a Rapunzel, ela tem o sangue da poderosa rainha das neves, e tem uma magia nos louros cabelos da sua filha que é muito perigosa, e tudo que é perigoso me pertence - E tornou a rir.
- Sim, um pedaço do...
- Balela - Ele interrompeu - O que caiu naquela flor foi uma gota, uma gota muito poderosa do poder de San-man. E eu quero me aprofundar na magia do guardião mais poderoso, então nada melhor que pegar um de seus truques.
Gothel sorriu diante da mente sombria de Breu. Apesar da sombriedade ele parecia calmo em pensar coisas como esta, e foi esse o dom que a "mãe" de Rapunzel herdou de Breu, Gothel herdou a frieza e o egoísmo do mal diante de situações perigosas e emotivas. E graças a ele, havia descoberto a canção que lhe dera a juventude.
- Mantenha a garota presa, eu preciso dela, assim que eu descobrir todo o potencial desta magia e entender como posso usa-la ao meu favor eu quero a garota, e não se preocupe, não vou machuca-la - Disse Breu, estralando os dedos, fazendo poeira negra cair de seus dedos.
- Tudo bem - Gothel suspirou e olhou para Breu.
Breu a encarou por um instante. era uma mulher que havia ajudado ele desde que se encontrou com o Medo, ela sim era a amaldiçoada preferida dele, e ela não tinha poderes sobrenaturais como Úrsula, Eliza ou o poder facilidade sobrenatural de Gancho em ficar vivo. A mulher a sua frente só havia herdado sua frieza e egoísmo, talvez sejam os piores poderes que alguém poderia ter.
- Por que está me olhando assim? - Breu quebrou a linha de seus olhares.
- Me pergunto o mesmo - Resmungou ela.
A poeira negra que havia saído de seus dedos se ergueu, era apenas um silhueta negra cintilante feita da areia de Breu.
- O que é isso? - Gothel perguntou sem se espantar.
- Isso é um Sinistro Do Pesadelo, ele se transforma no seu pior medo - Sorriu, mostrando sua fileira de dentes brancos - Qual é o seu pior medo Gothel ?