Os jogadores se posicionam

289 12 5
                                    

Law estava em meio a uma cirurgia delicada. O intestino é um órgão extremamente difícil de lidar. Uma sutura mal feita e uma infecção generalizada pode se espalhar pelo corpo, e quando os sintomas finalmente aparecerem será quase impossível conter a podridão dos órgãos. Ele segurou íleo com a pinça e estava prestes a começar a suturá-lo quando Bepo entrou na sala escancarando as portas e derrubando tudo que conseguiu.

-ACORDA CAPITÃO! -O cirurgião ergueu-se rapidamente atingindo a testa do urso. Era um sonho.

-Qual é a emergência, Bepo? -Ele se levantou esfregando a testa, já havia perdido a conta de quantas cirurgias fizera, acordado ou sonhando. Ele se levantou da cama pressionando o ponto que atingira a cabeça do urso e começou a procurar suas roupas.

-Chegamos em uma ilha, capitão. -A voz do urso era baixa e contida, ele esfregava as mãos como se tentasse conter a ansiedade. Law arregalou os olhos, parando de vestir sua calça.

-Impossível...  -Gaguejou, os olhos fixos nada.- Não pode ser... -Ele se virou com os olhos arregalados, não conseguindo controlar o sorriso que surgia em seus lábios. -Chegamos à Ilha da Sorte. -Bepo assentiu, sorrindo também.

-Tem mais uma coisa, capitão. -O sorriso de Law diminuiu, percebendo a preocupação nos olhos do urso. -Os Chapéu de Palha também estão aqui.

Law esfregou o queixo, pensativo. A ilha da Sorte era conhecida por suas recompensas mas também por seus enigmas e surpresas. Ela era diferente para cada navio que atracava como se fosse um organismo vivo com vontade próprio. Sorte não era encontrá-la, mas deixá-la. Para alguns a ilha se tornava um pequeno paraíso, com frutas e prazeres inimagináveis. Para outros, ela guardava desafios mortais e criaturas horrendas.

-Talvez a sorte esteja de fato a nosso favor.-Law sorriu, terminando de colocar sua capa. Pegou o chapéu, sua espada e acenou em direção a porta. -Vamos.

---------------------------------------------------------

-NAMIIIIIIIII! -Chopper gritava desesperado pelo convés do Sunny Go.

-Já vi Chopper! -A navegadora de cabelos ruivos olhava espantada para a ilha que acabara de emergir diante de seus olhos, revirando seu cérebro em busca de qualquer tipo de explicação para o que acabara de acontecer. -Não pode ser... -Ela guardou o binóculos e correu para a biblioteca. -Não pode ser... -Ela repetia enquanto corria.

-Oe, Nami! -Luffy entrou choramingando. -Posso comer sua torrada?

-Agora não, Luffy! -Ela fechou a porta da biblioteca na cara do capitão que continuava com a barriga roncando apesar do generoso café da manhã que ela sabia que ele havia tomado. O cadeado com correntes de kairouseki havia funcionando tão bem que Sanji ainda passava noites acordado guardando a geladeira para que o capitão não devorasse toda a comida do navio. -Precisamos sair daqui. -Ela se virou com o semblante assustado para a porta. -FRANKY! -Levantou se dirigindo ao ciborgue. -Levante a âncora, precisamos dar o fora daqui!

-Por quê? -O capitão perguntou com a boca cheia de torradas. Nami suspirou, levando a mão à testa. Seria mais fácil conversar com todos para não ter que repetir a explicação.

A navegadora pegou um dos mapas que usava como referência para seus desenhos e um livro tão velho que a capa se esforçava para permanecer no lugar. Ela saiu para o convés e chamando todos. Sanji saiu da cozinha juntamente Robin, Usopp correu na direção do bando com os cabelos chamuscados e Chopper em seu encalço, e Zoro e Franky, que já estavam no convés, apenas observaram a agitação.

-Não deveríamos ter encontrado terra em menos de sete dias. -Robin acenou para a grande extensão de terras que se erguia a frente deles. Você acha que pode ser...

Sorte ou RevésOnde histórias criam vida. Descubra agora