Cápitulo 3

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Que porra foi essa.
Eu não entendia mais nada.
Ana e Harry já ficaram?
Ele sente alguma coisa por ela?
Por que ele ficou bravo comigo?
Eu já morava com Ana fazia 4 meses. Eu sabia que ela morava naquela cidade desde pequena, que se inscreveu na universidade para continuar na mesma cidade de infância e ficar com sua família. Ela tinha um irmão, e os pais dela eram casados, eram de classe média e ela é viciada em noitadas.
Pensando bem eu não sabia muito sobre ela. E nem ela sobre mim, mas eu nos considero como boas amigas.
-Nenê eu não estou me sentindo bem.
Ela estava no meu carro com o banco deitado, quase dormindo.
-O que você bebeu Ana?
-Não sei, um cara apareceu lá e me ofereceu uma bebida, depois disso eu só me lembro dele me chamando para ir ao banheiro com ele, mas eu não quis e ele começou a ficar bravo e eu acho que apaguei depois.
-O que?- eu gritei com ela. Como aquilo aconteceu? Quem deu a bebida para ela. O que tinha na bebida. E por que eu não estava lá para ajudá-la. Foram as questões que surgiram na minha cabeça. Mas eu conseguia pensar em uma coisa. Tinha grande chance dela ter sido drogada ou pior. E eu era a pior amiga na face da Terra.
-Venessa eu não estou mesmo bem.
-Vou te levar para o hospital.
-Não! Ninguém pode me ver assim.
-Ninguém vai te ver, sou vou te levar para o hospital.
-Eu nasci nessa cidade Vanessa, se você disser meu nome vão saber quem sou eu e podem contar para os meus pais ou sei lá para a cidade inteira.
- Eu dou um jeito está bem! Mas precisamos ir agora, quer você queira ou não.

Fomos para o Hospital Central e para minha sorte estava vazio, tudo bem que já era de madrugada, mas mesmo assim. A enfermeira nos levou para uma sala e tirou sangue da Ana, nesse tempo de saber o que havia acontecido ela ficou tomando Soro por causa da bebida.

-Eu preciso saber seu nome, nome da paciente e idade.

Eu não poderia dar o nome dela, jurei que não faria isso, fiz o que me parecia mais certo no momento.

-Meu nome é Ana Rose e ela na cama é Vanessa Whintley, 22 anos.

-Certo Ana, saíram o resultados do exame. Sua amiga usou uma droga mais conhecida como "Boa noite Cinderela"é muito comum em eventos grandes, porém é geralmente usada por homens na balada, usadas com função de assédio, extremamente perigoso. Por isso preciso que você me diga se ela é dependente ou se você acha que foi alguém, para que eu possa fazer alguma coisa.

-Vanessa não é dependente. Moramos juntas há quase um ano e ela nunca usou nada, no máximo ela bebe e bastante. Você acha que pode ter acontecido mais alguma coisa?

-Vamos fazer mais exames. Preciso saber se devo contatar mais alguém. Alguém da família talvez.

-Vou perguntar para ela. Muito obrigada doutora.

Nunca imaginei que isso aconteceria. Estou me sentindo culpada. Eu deixei ela sozinha lá. Se algo tiver acontecido com ela nunca irei me perdoar.

-Ana não sei se já te contaram mas você foi drogada.

-Meu Deus, sabia que algo tinha acontecido. Calma. Aconteceu alguma coisa comigo?- ela estava desesperada e chorando.

-Eu acho que não. Se acalme. Os médicos estão fazendo mais exames. Querem saber se eu devo ligar para mais alguém?

- Não posso ligar para os meus pais. Eles não podem saber disso.

-Por agora, que não sabemos os resultados tudo bem, mas se algo acontecer vamos ter que falar com eles. Você tem mais alguém para que eu possa ligar?

-Ligue para o Harry.

-Harry? Do bar? Não acho que devemos envolver...

-Harry é meu meio primo, Vanessa.

Vou apenas quebrar seu coração Onde histórias criam vida. Descubra agora