Os Deuses Da Comédia Romântica

Capítulo 8- Parte II

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Mais eu me envolvo com o Clube de Ajuda, mais percebo que tudo era melhor se não amasses.

Sem sofrimento. Sem tristeza.

Assim não aconteceriam tretas destas, e não ia ter de ser eu a resolvê-las. Mas bem, fui eu que decidi ajudar. Vale mais arcar com as consequências.

Por agora, tenho de saber o que o André acha disto tudo. Não lhe posso contar que a Sly gosta dele, mas vou confrontá-lo com o que se passa aqui.

Subi as escadas de volta ao apartamento 23, e surpreendentemente vi a porta aberta. Parece que o André me está a convidar.

Entrei no apartamento, e fui encontrar o André sentado no sofá, com a Tomoyo a seu lado.

"Senta-te." Ele disse.

"Não preciso."

"Tens a certeza?"

"Sim."

"Ok."

Levei uma mão ao bolso. "Diz-me, André. Porque é que não queres ir á escola?"

"Não posso. Não há nada de bom na escola. A Tomoyo sabe bem disso."

"Não achas que te estás a iludir?"

Não. Ele não se está a iludir. Não há nada de bom na escola.

Mas às vezes o bom não é o que tu precisas.

"Eu não consigo ir á escola."

"E porquê?"

Cerrou os dentes e pareceu em conflito. "É muito difícil."

"Difícil?"

"Lars. Tu deves saber que eu sou um membro do Clube de Ajuda, certo?"

Sim. É verdade. Eu sei isso. "Sim. E...?"

"Bem. Ultimamente as coisas ficaram estranhas."

Estranhas. Pois, eu já tinha a impressão.

"Porquê estranhas?"

Ele olhou para o chão. "Bem, eu...não, não consigo." Levou as mãos á face. "Porquê?"

Sinto que ele sabe tudo.

"Diz-me, André. Qual é a tua relação com a Sly?"

Ele olhou para mim. "Com a Sly? Bem, ela é minha amiga. Conheço-a há um ano, mas tornámo-nos amigos no Clube de Ajuda."

Huh. Parece que ele não sabe.

"Então, qual é a razão de tu não quereres ir á escola?"

Ele respirou fundo.

"Eu estou apaixonado." Disse.

Wow. Até parece que é a primeira vez que ouço isso hoje.

Fogo, estamos onde? No Dia Universal Do Romance!? Deus do céu...

Mas...

"Isso é razão para passares a ser um pedaço de lixo?" Olhei á minha volta. Lenços (de assoar?), lixo, pedaços de comida, revistas. Era uma lixeira.

"É, se quem tu amas não te ama de volta." Ele disse, em baixo.

"André. Diz-me só, por quem é que estás apaixonado?" Eu perguntei-lhe. Era a pergunta da sorte. 50/50.

O André olhou para mim.

Vá, diz lá.

Diz-me. Diz-me a sorte da Sly. Mostra-me o quanto o mundo gosta de pisar em nós, e de fazer de nós um pedaço de lixo. Karma, sorte, destino. Treta.

Diz!

"Eu..."

Mais uma vez, provo-me correto.

"Eu gosto da Cold."

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