P.O.V Levy ONN
Hoje é sábado e o meu expediente só vai até 12:00h já que tive de plantão sábado passado. Acabei de entregar os prontuários atualizados na recepção. E estou me dirigindo ao quarto de número 32. Lá tenho uma nova paciente que pelo que eu pude observar no seu prontuário. Ela sofria mal trato dos seus pais antes de ser vendida por um pedaço de terra. E ainda hoje ela guarda mágoa deles.
Após 1 hora escutando e falando, me dirijo a minha sala e a recepcionista me diz que tem uma pessoa na minha sala querendo muito falar comigo. Eu perguntei por que ele não esperou na recepção, e ela me disse que ele falou que é muito meu amigo. Eu nem se quer tenho amigos.
--- Pois não? --- Falo adentrando a minha sala e não acreditando na figura que se encontra a minha frente. --- O que faz aqui?--- Pergunto me aproximando de minha mesa e sentando na minha carteira.
--- É.... eu gostaria de saber o que aconteceu com Lindy! ---
--- Ah claro, você quer saber o que aconteceu com a Lindy. Pena que não será possível. --- Falei me levantando e apoiando as minhas mãos na mesa.
--- Por quê? Ela não tá aqui!---
--- Mesmo se ela estivesse, por mim você não vai saber de absolutamente nada do que aconteceu com ela.---
--- Ela não vai me contar.---
--- Então pronto! Você vai ficar sem saber.---
--- Cara, por favor me diz!---
--- Lindy é a minha paciente, e eu não posso e mesmo que pudesse não iria lhe mostrar o prontuário dela.---
--- Ok, não irei insistir. Mais eu gostaria de saber se você tem hora vaga. Você não sabe como eu fiquei depois de tudo o que aconteceu. Eu preciso me tratar eu tô pirando literalmente.---
--- Ah, eu não sei o que você passou! Claro. E você sabe o que a Lindy passou? Não, você não sabe.--- Falo indo em direção à porta e abrindo a mesma. --- Eu não sou psiquiatra pra cuidar de você.--- Ele apenas assentiu e se retirou da minha sala, que sujeitinho mais cara de pau.
O resto da manhã eu não me concentrei muito bem. Eu só queria a minha Lindy. Finalmente 12:00h quando estou organizando minhas coisas pra ir pra casa. Quando a secretaria anuncia a entrada de Lindy.
--- Pensei que fosse gostar de me ver.--- Falou sorrindo.
--- E eu posso te dizer que você acertou em cheio.--- Falei indo em sua direção e dando um abraço.
--- Que carinha é essa?--- Falou me dando um selinho.
--- Eu vou te contar, vamos?---
---Sim, que tal irmos almoçar ?---
--- Onde?---
--- Restaurante francês. Nós nem parecemos que somos da França, só comemos comida japonesa.--- Disse gargalhando.
--- Concordo. ---
Saímos do hospital e nós direcionamos ao restaurante, chegando lá contei pra Lindy que achou um absurdo a atitude do tal sujeito que eu não gosto nem de citar o nome. Ela me agradeceu mil vezes por não ter dito nada e eu claro falei que ela não precisava me agradecer.
P.O.V Levy OFF
P.O.V Nathan ONN
Já se passaram meses e meses que eu não falo com Emilly, e também fazem meses e meses que eu não saio mesmo com uma mulher. Acho que eu posso estar gostando de Emilly.
Por falar nela hoje ela está aqui em casa. Provavelmente no quarto de Lindy. Quando Lindy disse que estava namorando o Dr. eu fiquei muito enciumado, meus pais pularam de alegria. Eles sabem que o Levy faz muito bem pra minha irmã e quando se trata do vem estar da minha bonequinha de porcelana eu abro mão de qualquer coisa. E eu tô realmente tentando deixar de ser tão ciumento assim. Sou cortado dos meus pensamentos por escutar passos vindo da escada. Olho e vejo Lindy e Emilly lá.
--- Então você vai mesmo?--- Lindy pergunta, como assim vai pra onde?
--- Vou. Não tem mais condições nenhuma de fixar aqui.---
Elas terminam de descer as escadas e eu me levanto do sofá e vou em direção a elas.
--- Quem vai pra onde?--- Pergunto me apoiando no corrimão da escada.
--- A Emilly vai viajar!---
--- Ah sim, pra onde?--- Pergunto direcionando o olhar para ela.
--- Londres.--- Fala sem olhar nos meus olhos.
--- Ah sim! E a faculdade?---
--- Tranquei. ---
--- Por quê trancou? Você vai voltar né? ---
--- Por quê eu não volto mais.---
---Ah sim.--- Falo surpreso. --- Você vai quando? ---
--- Hoje.---
Depois desse papo que me assustou Emilly se despediu de Lindy e eu parei pra pensar nas minhas atitudes durante esses últimos meses. E eu acho que eu realmente estou gostando da Emilly, não para gostando não. Eu tô amando ela como não percebi isso antes? Eu sou muito idiota. Corro pro meu quarto, tomo um banho e me arrumo. Passo no quarto de Lindy pra saber se ela sabe que horas Emilly vai embarcar, e ela vai embarcar em 45 minutos saio correndo e deixo minha irmã sem entender absolutamente nada. E corro pro aeroporto. Maldito engarrafamento. Chegando lá procuro portão de embarque e a mulher me diz que os passageiros já estão no avião. Me desespero e pulo a catraca a mulher grita por mim mais eu não escuto acho que ela vai chamar os seguranças mais eles não podem impedir o amor. Nossa que palavra forte AMOR nunca pensei que um dia fosse saber o significado dessa palavra e hoje eu sei. Aquela doidinha me ensinou.
Chego no avião. E grito por ela. Logo ela se levanta, me dirijo até o final do avião que é onde ela se encontra.
--- Parado!--- Me viro e vejo três seguranças. Eles vem em minha direção.
--- Parado vocês! Vocês não podem atrapalhar o amor.--- Falo e me dirijo a Emilly que me olha espantada.
--- An?--- Me pergunta confusa.
--- Eu sei o motivo por estar mal esse tempo todo, é que eu tô amando. Quer dizer o problema do meu mal estar não tá no amor e sim em estar longe do meu amor. Que é você. Sai desse avião, a gente tem uma vida inteira lá fora. Vamos.--- Digo isso e a Beijo e ela corresponde. Que saudade do seu sabor.
Todos do avião aplaudem e os seguranças dão passagem pra mim sair do avião com o meu amor. Pego ela no colo e ela começa a rir.
Nunca pensei em me declarar, ainda mais sendo dentro de um avião.
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Um Anjo Em Minha Vida ( 2º Livro De Mundos Opostos)
RomanceÀs vezes na vida passamos por várias coisas que você acha que nunca mais irá superar. Você pensa que já não existe motivos para viver, você não consegue mais imaginar sua vida como era antigamente. Quando estamos desanimada de tudo que está a nossa...