Uma pequena esperança| Niall Horan

Doze.

Elisa...

"Ele já foi" minha mãe me encara na ponta da escada.

"Eu ouvi" abraço minhas pernas.

"Não vai me falar mesmo o que houve?" ela senta ao meu lado.

"Não ouve nada" abro um sorriso de lado.

"Tudo bem querida" ela dá um beijo no meu rosto.

"Mãe... Esquece" mudo de ideia de falar o que falaria.

"Vou fazer algo para comermos" ela levanta.

"Sim" abro um meio sorriso.

(...)

Os flocos de neve caem pela janela. Posso apostar que o peso do meu corpo já marca a cama. Se passaram 5 dias desde... Desde que percebi quanto confusa estou. Sei que Niall não é como Ashton mas muitos fantasmas ainda assombram, fora que nesses 5 dias me sinto horrível, tonturas frequentes, enjôos e o pior de tudo, a falta dele. Niall me ligou os 4 dias anteriores, deve ligar hoje também. Hoje decidi que irei atender, olho para o celular e o ecrã não me mostra o que queria vê. Vou até o armário e desastrada como sou tudo do armário caí. Arrumo as bolsas e vejo um envelope no chão. Aquele envelope do hospital. Pego ele em mãos e sento na cama.

(...)

Faz meia hora que acabei de ler o envelope e não acredito no que li. Como eles puderam esconder isso? Eu tinha o direito de saber... Tinha o direito de saber que estou morrendo!

Niall...

Afino as cordas do meu violão e tento me concentrar em algo. Vou tentar mais uma vez ligar para a Elisa. Levanto e pego meu celular, assim que vou discar o número a campainha toca. Largo o celular e vou abrir a porta...

"Oi" vejo os olhos da Elisa vermelhos. Ela chorou...mas por que ele chorou?

"Oi...tudo..." mal termino de falar e ela me abraça.

Abraço a Elisa o mais forte possível. Sua respiração está pesada, posso sentir se coração bater acelerado. Suas lágrimas molham o ombro da minha camisa. Seguro seu rosto e enxugo suas lágrimas. Fecho a porta e a guio até o sofá. Pego uma água rápido e a entrego,  vejo a água dentro do copo se agitar com a tremedeira da sua mão.

"O que aconteceu?" enfim pergunto. Ponho uma mecha do seu cabelo que ensiste em cair para trás.

"Meus pais mentiram" ela fala em voz falhada.

"Mentiram?" seguro seu queixo e ergo sua cabeça.

"Eu... Ah meu Deus eu não consigo falar" ela levanta e anda de um lado pro outro.

"Tenta" apoio meus braços na perna e a fito ainda sentado.

"Eu...vou morrer" a ouço e não entendo muito o que quer  falar.

"Você não vai morrer se me contar o que houve Elisa" fico de pé.

"Você não entendeu Niall... Eu... Eu vou morrer, estou doente" ouvir isso faz meu mundo cair.

Só pode ser uma brincadeira, de mal gosto por sinal. Elisa me encara e a olho de volta. Começo a gargalhar, algo que sempre faço quando estou nervoso.  A vejo me olhar desentendida. Encaro mais uma vez seu rosto que permanece imóvel.

"Está rindo de que?" ela para na minha frente e cruza os braços.

"Essa brincadeira" paro de rir e a analiso.

"Tenho um tumor cerebral" ela diz seca.

"Que?" indago.

"Descobriram quando eu tinha 12 anos, não tem cura. Na época não sabia o por que das várias consultas que fiz mas agora... Tudo faz sentido. E meus pais esconderam isso o tempo todo de mim. Me fizeram pensar que eu teria um futuro, que seria alguém. Me fizeram ficar infurnada dentro dos quarto estudando enquanto eu podia está vivendo os anos que ainda tenho, curtindo festas, viagens... Eu poderia está no México, New York, Brasil. Tantos lugares... Sendo..." a abraço quando percebo que esse discurso todo não ia parar.

Puxo a Elisa e depósito um beijo na sua testa.

Minha internet chega amanhã. Me perdoem ❤