Vou apenas quebrar seu coração

Capítulo 5

Tudo estava confuso.

Eu não conhecia direito minha amiga de quarto.

Ela tinha um "meio-primo" atraente, porém totalmente bipolar.

Eu não sabia o que estava fazendo. Me sentia perdida. Eu nunca tinha me sentido atraída por alguém antes como estou por Harry. Já tive namorados, já gostei de alguns caras, mas eu perdi isso, acho que nunca tive para falar a verdade, nunca soube o que era amor, pois nunca recebi amor. Nem mesmo de meus próprios pais.

Naquela noite Ana não voltou para o apartamento, mesmo com o médico dizendo que ela já estaria liberada hoje, ela provavelmente foi para a casa do Harry. Eu pensei em ligar para o hospital, mas parecia que eu já havia feito muita merda e não deveria me envolver mais.

A solução parecia que era me afastar.

Eu era o problema. Todo mundo que anda comigo e eu ganho alguma confiança acontece alguma coisa. Parecia uma maldição. Já aconteceu antes.

Agora a única coisa que eu poderia fazer era esperar. Ir para a faculdade e depois tentar ver se Ana estava bem.

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Acordei as 6h30 para ir para Faculdade e a Ana ainda não estava aqui. Fiz meu café da manhã e fui correndo para o curso.

- Vanessa nem vimos vocês indo embora ontem.- Larissa me chamou.

-Oh... ouve alguns imprevistos, mas sai de lá de manhã mesmo.

-Aquela festa foi uma loucura! - Niall, sempre badalado.

-Oi pessoal!- pela minha surpresa Ana estava lá.
-Ana precisamos conversar- puxei ela pelo braço até o banheiro.
-O que aconteceu com você? Você está bem?
-Calma Vanessa! Tá tudo bem ok? Eu tomei os remédios e estou bem já. Nada aconteceu.- ela parecia um pouco abalada mesmo assim.
- Que bom- eu puxei ela para um abraço, parecia que ela precisava disso- Onde você dormiu?
- Harry me levou para casa dele e me trouxe hoje.
-Eu pedi para ele me ligar ou deixar o hospital fazer isso, mas ele não ligou, ninguém ligou! Fiquei preocupada com você.
-Me desculpe por isso, sério. Harry é muito protetor com as pessoas que ele gosta. Ele tenta te englobar e pegar todas as suas tristezas para si, só para ver a outra pessoa melhor. Ele pode parecer  nervoso às vezes, mas ele é como um irmão para mim.
- Você não me falou nada sobre ele antes e nem quando chegamos na boate. Se ele é tão "sensível" assim, por que me pediu para me afastar dele?
- São coisas que eu não posso te contar. São coisas dele, não tenho direito de te dizer, mas sou sua amiga e sabendo um pouco das histórias dele, não se aproxime tá? Ele é um diferente é tudo que posso dizer.
O sinal tocou e tivemos que ir para a aula. Fiquei pensando em tudo que ela disse. Eu estava atraída por ele, meu coração batia mais rápido, e eu ficava sem ar perto dele. Mas era perigoso. E eu sentia que ao me aproximar acabaria com meu coração. Porém a nova Vanessa não se importava com isso, estava cansada de seguir apenas sua cabeça dura e não seu coração.
Ele poderia ser mal e quebrar meu coração, porém terei feito o que eu queria. Sem me importar com o que  as outras pessoas pensam disso.

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Os dias e semanas se passaram.

Ana estava melhor. Não falávamos sobre ele.

E eu tentei a todo custo não pensar naqueles olhos, não pensar que eu queria ir naquela boate e me jogar nele, a faculdade ia ficando cada vez mais difícil de me concentrar e eu tinha certeza que se eu não corresse atrás disso eu me perderia nas matérias e notas.