Maldito Espelho

Não se esqueçam de ler as notas no final.

  Eu estava sentada no banco esquerdo do avião quando decidi pegar meu celular pra me distrair jogando algum dos meus joguinhos.
  Quando abri a minha mini bolsinha percebi que tinham vidros espalhados por tudo.Peguei meu espelho e percebi que faltavam alguns pedaços.
  Ah não.
  Imediatamente me lembrei do dia 31, eu estava no quarto de Julia me maquiando quando peguei essa mesma bolsinha e deixei-a cair no chão, nem me importei em abrir pra saber se algo tinha quebrado.

- Agora faz sentido. - sussurrei pra mim mesma.Eu sempre acreditei nessas coisas e dessa vez, tirei a conclusão de que era real.

  Quando fui tirar meu celular de lá de dentro um pedaço de vidro acabou entrando no meu dedo, não foi nada muito grande mas foi uma dor terrível.

- Maldito espelho! - Pus meu dedo na boca pra parar de sangrar, pode não ser adequado mas meus anti corpos superam.

  Nunca pensei que um espelho tão pequeno poderia fazer um estrago tão grande na vida de alguém.

  17h37min - Toronto, 4 de Janeiro de 2017.

  Inferno ou lar?De que eu deveria chamar isso aqui?
  Eu ainda não sabia como eu faria pra permanecer no Canadá, embora meu pai seja muito rico ele não iria conseguir tão rápido um visto pra eu morar aqui.
  Eu acabei de descer de um avião depois de 14 exaustivas horas de viagem.Olhei por volta de tudo e não encontrei Dante, quando pensei em pegar meu celular sinto uma mão puxando meu pulso de forma que fizesse meu aparelho cair no chão.

- Ow ,Ow, Ow...Quem tu acha que é?Qual a erva que te forneceram? - Me virei pra ver quem tinha cometido tal absurdo comigo e vi Michael.

  Meu rosto estava inchado de tanto eu ter chorado no voo, e logo que eu chego quem aparece?Sim, meu pior pesadelo, meu inimigo mortal: Michael.
  Bem, pra você que não fez parte da minha vida Michael é filho da minha tia, consequentemente meu primo.
  Juro, esse garoto é o demônio em forma de gente mas, no fundo sei que ele me ama.

- Oi pra você também...Educada como sempre. - Ele disse rindo e pegando meu celular do chão

- Olha, não to no clima ta? -puxei meu aparelho de sua mão e sai andando na frente como se soubesse o caminho.

  Quando percebi que eu estava no Canadá e não no Brasil parei e olhei pra cara do capeta - vulgo Michael  -

- Ta esperando o que garoto?Me leva pra casa do Dante. - Bufei puxando minhas malas sozinhas e então ele apontou pra dois homens altos de ternos pretos e óculos escuros atrás de mim que estavam pegando minhas malas e conversando com minha tia ao mesmo tempo.

- Anda logo gordinha, bora pra casa.

{...}

  Dentro do carro estava um silêncio total, mas eu não estava incomodada com aquilo.Além de eu querer um tempo pra pensar ali estava completamente confortável.
  Posso não entender muito sobre o tema "carros" mas, eu tinha certeza de que aquele ali era bem caro.
  Porque meus pais nunca me disseram nada sobre suas vidas?
  Eu tinha todo o direito de saber os sentimentos que eles guardavam um pelo outro.
  Me senti traída.
  Eu realmente tinha o direito de saber que minha mãe morreu o amando.
  Morreu.
  Morte.
  Perda.
  Perdi minha mãe, minha casa, namorado e amigos, perdi minha vida.
  Talvez a ficha não tenha caído, ainda tenho esperanças de que um dia eu acorde e veja que tudo isso não passa de um pesadelo e quando eu acordar vou correndo contar pra minha mãe e ela vai rir dizendo: "Espelho?Sasha meu amor,de onde você tirou isso?" vai dar aquela gargalhada gostosa dela e me fazer cafuné.

- Sasha, espero que você tenha cuidado muito bem da minha velha. - Michael disse me tirando dos meus pensamentos e logo em seguida sorriu largo e abraçou sua mãe.

  Retribui o sorriso, era ótimo ver o reencontro deles dois, ambos sempre foram muito grudados um no outro.

- Relaxa!Fui tratada feito rainha.Você tem que ir no Brasil, lá é maravilhoso. - Munique começou a contar como foi lá mas nem prestei muita atenção, voltei a me perder em meus pensamentos.

  Com a cabeça encostada na janela avisto uma mansão incrível com um jardim imenso, seguranças e tudo que uma pessoa ricaça tem direito...UAU.
  Senti o carro parar e logo um homem se apressou pra abrir a porta do carro.Sai do mesmo agradecendo ao motorista e ao moço que abriu a porta.Fiquei vidrada e desnorteada...O tamanho daquela casa era duzentas vezes o tamanho da minha antiga.
  Não era possível que meu pai morasse ali, o homem que nem minha pensão alimentícia pagava, ele era dono daquilo tudo?
  Todos já estavam entrando mas continuei parada olhando, até ouvir uma voz que eu não escutava a muito tempo.

- Gostou?Isso é só uma amostra do que você vai ter morando aqui...Filha.

Notas:

  Me digam  se vocês querem capítulos maiores porque eu acho 800 palavras muito pouco.
Se quiserem menores também podem falar.Façam críticas construtivas, a voz do povo é a voz de Deus.
  Já sabe né?Vota no livro se você gostou (e se não gostou também), deixa ai um comentário  sobre o que está achando.Se ainda não adicionou o livro na biblioteca vai la kirids ta esperando o que?

Obrigada desde já.

-Kisses, kisses and hugs.