Capítulo 5 - IDA AO SUPERMERCADO E A LEMBRANÇA DA AMADA

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CAPÍTULO V

IDA AO SUPERMERCADO E A LEMBRANÇA DA AMADA

José até gostaria de escrever mais, no entanto, o sono havia chegado e as mãos já não conseguiam corresponder às lembranças que trazia em seu pensamento. Adormeceu e só acordou às 10h30min do sábado. Levantou, saiu, e caminhando por alguns minutos chegou ao supermercado "Algo a Mais". Adentrou e dirigiu-se às mercadorias que necessitava comprar. O dia estava quente e com o acúmulo de pessoas no local ficava quase que insuportável aquele lugar. De repente um aviso lhe fez lembrar a amada: "Por favor, Marisa! Queira comparecer até o guarda volume, sua filha está lhe esperando". Só de pensar na possibilidade de encontrá-la suas lembranças afloraram. Olhou e percebeu que se tratava de uma senhora que havia se desencontrado da filha e agora estava feliz por encontrá-la novamente. O tempo passava, mas a fila não andava. Um casal ao seu lado conversava sobre o que fariam a noite. Por mais que ele tentasse pensar em outra coisa, as conversas e as situações que presenciava e ouvia o remetiam às lembranças daquela que lhe fazia sonhar. Depois de quarenta minutos na fila, enfim, chegou a hora de pagar o valor referido às mercadorias que havia comprado. Quando saiu, aliviado disse a si mesmo: Ufa! Pensei que não iria sair daqui!

Algumas horas depois, quando já estava em sua casa, preparou o almoço e o saboreou com muita vontade, fato, era que ele estava com muita fome. Lavou as louças e afirmou:

Mereço dormir um pouco depois do que passei no supermercado e com a caminhada que fiz de volta para casa. Dormiu rapidamente e em seus sonhos Marisa o visitou. Sonhou que caminhava em uma praça e que ouvia alguém chamá-lo. A voz era dela e dizia: José, você promete não se esquecer de mim? Eu só o deixei por um tempo, mas no meu coração o teu lugar ainda está reservado. Ele tentava ver a amada, não conseguia, gritava por ela, mas parecia que a mesma não o ouvia. Após o cochilo, levantou e foi lavar o rosto, perguntava o porquê do sonho e o que ele significava. É claro que habitava nele a esperança de ainda encontrá-la e de continuar a história que havia começado. Depois das indagações que fizera, decidiu retomar a escrita das lembranças do seu amor.

"... Depois de responder sim à Luiza, tomei coragem e declarei o meu amor por Marisa.

- Quero dizer que a filha de vocês é muito especial e merece todo o amor, carinho, atenção, um homem que a faça feliz para sempre.

Jorge me olhou por alguns instantes e diante desse olhar fiquei receoso, lembrei do que meus amigos haviam falado, sobre o quanto ele era bravo. Ele então pronunciou suas palavras:

- Garoto, você é firme naquilo que acredita!

- Quando se ama, o coração só pode dizer a verdade.

Sorriu e naquele momento senti que a conversa estava produzindo frutos e que a resposta que ele iria nos dar, seria positiva. Olhando em meus olhos disse:

- Gostei da sua honestidade, mas ainda tenho dúvidas em algumas coisas.

Ao dizer isso, sua esposa deu uma grande gargalhada e falou:

- Jorge vai matar o menino do coração! Fala logo que nós decidimos deixá-los namorar.

Ao ouvir tais palavras o coração acalmou-se, sussurrei: Graças a Deus!

Luiza tomou a condução da conversa e disse:

- Você é um menino sincero, de boa família, busca a Deus, nós não temos motivos para impedir esse amor. Minha filha gosta muito de ti. Nós queremos que seja feliz. Rezaremos para que façam crescer esse sentimento e que ele seja eterno.

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