Capitulo 24 - Descendência

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Fui até a escada e gritei pelo nome da mamãe – Mãeee, a senhora entrou no meu quarto hoje?

– Pare de gritar estou falando com sua avó no telefone, e não eu não entrei no seu quarto.

Eu estava voltando para o meu quarto, mas uma dor horrível acabou me afetando nas costas, eu tentei andar até o quarto, mas estava doendo muito, algo que estava vindo de dentro para fora, como se fosse uma paixão não correspondida. Maju ouviu os meus gemidos e logo apertou o braço para me dar à mão e me ajudar a ir até o quarto. Minha mãe gritou de baixo falando que teria que sair e Maju respondeu por mim que tudo bem.

Quando a Maria finalmente soltou minha mão eu me segurei ela ficou um pouco assustada com isso, eu tirei minha blusa por incômodo e ela falou –Querida eu não quero estripitize aqui –Obvio ela estava sendo sarcástica.

Com a dor eu caio sobre o chão de madeira reluzente e logo longo asas saem de mim, asas brancas, com as pontas em um tão de dourado, confesso que fiquei muito surpresa, e quando me levantei não acreditei no que eu vi. O espelho estava trincado, quando me virei para Maju duas mulher estavam bem atrás dela, eu não consegui reparar muito bem, logo em seguida eu desmaiei, perdi minha própria consciência e novamente tornei a tombar no chão que reduziu a dor que eu sentia.

Estava um pouco escuro, frio, deserto, eu não estava mais nua como antes, muito pelo contrario eu usava um vestido vermelho da cor do sangue, e um véu acompanhava minhas asas, eu estava com medo, e muito assustada, nunca tinha sentindo tudo aquilo antes, era como se o mundo em que eu estava não tivesse nunca um inicio nem fim...

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Acordei de um sono profundo, as minhas costas não doíam, mas, uma mulher parou a minha frente, e logo outra se aproximou.

–Quem são vocês? O que eu estou fazendo aqui? O que esta acontecendo comigo? Cadê a Ma...

–Calma queremos ajudar, estamos aqui para proteger você. Fique tranquila sua amiga esta bem, ela já sabe de tudo que esta acontecendo e esta tentando entrar em contato com a Irma dela. – Comentou uma delas.

–Asas, asas saíram das minhas costas. Eu estava nua, e agora eu estou com esse vestido. –Falei muito assustada.

–Eu me chamo Ennaj e essa é minha irmã Anelim. – Comentou a que usava um vestido preto longo que mostrava os seus pés, que estavam calçados com sapatos de pico fino que também era preto.

–Nós estávamos esperando por isso, confesso que não foi fácil encontra-la. – Falou a que se chamava Anelim.

–Somos guardiãs, fadas, e protetoras. Desde que chegamos aqui nossa missão foi sempre protegê-la em quatro gerações, nascemos espontaneamente através da risada de um bebê.

–Já ouvi isso antes, desenhos da Disney já ouviu falar? Vai me dizer que também precisam de pozinhos mágicos para voar?! – Falei com muita raiva por não saber o que estava acontecendo

–Sim já ouvimos falar, eles não contaram tudo, e para falar a verdade acho que eles nem sabiam mesmo disso – Falou Ennaj.

–Não viemos daqui, viemos de muito longe, um planeta fora desse sistema solar, em outro túnel negro, acho que é assim que vocês chamam, tanto faz. Estamos aqui porque nosso planeta foi infectado com espíritos malignos, amaldiçoados, que porem foram enfeitiçados por umas das ex Rainha Aílime, ela causou um caos, dividiu nosso mundo ao meio, e colocou o bem e o mal, dividiu um povo, e acabou com muitas vidas.

–O que aconteceu com ela? – Perguntei chorando.

–Ela virou um dragão enorme por causa da raiva, foi presa e depois, quando eu fui querer a ajuda dela para desfazer o feitiço,ela tentou escapar machucou minha irmã e eu a matei. – Falou Ennaj em um tom frio como se não tivesse se arrependido de nada.

–Continuando, através de Oracy uma elfa guerreira que apareceu no palácio, descobrimos um jeito de nos salvar através de portais que davam a outros planetas e outras galáxias, e através disso, todo o nosso povo morreu. –Falou Anelim.

–Os que foram para mercúrio morreram queimados por causa da proximidade do sol. Os que foram para, plutão morreram por ser muito frio, os que foram para marte, ficaram sem oxigênio, e os que vieram para cá, praticamente morreram todos pelos anjos que caíram do céu. – Falou Ennaj.

–Você gosta de da noticias ruins? –Perguntei a Ennaj e ela me olhou com um olhar irônico, e ameaçador.

-Elfas são raras, normalmente as mulheres nascem com asas de fadas e os homens são chamados de elfos e não possuem asas, a menos que eles desenvolvam. Oracy era igual Liby filha da rainha Aílime que sumiu com o pai, que era um dos guardiões do castelo. Desde o desaparecimento dela a Rainha ficou cada vez mais fria, e os seus sentimentos foram se esgotando. –Disse a guardiã Anelim.

-Liby veio parar aqui, mas seu pai teve um destino diferente, ela teve um relacionamento com um dos anjos caídos, o que deu origem a uma raça diferente, e uma descendência interia. Você é da descendência de Liby, e o seu destino é parecido com o nosso, proteger, você é um anjo, e o seu poder é desconhecido. –Falou Ennaj, e junto com sua irmã abriram um par de asas finas e longas.

–O que eu faço? – Perguntei.

–Enxugue as lagrimas e desça para o baile, irei apresentar você para todos. – Ennaj falou brevemente e se virou de costas antes mesmo que eu perguntasse mais alguma coisa. Elas saíram e Maju entrou no que parecia uma sala gigantesca de um castelo.

–Que irado, você é um anjo, elas são fadas, e tem vários seres sobrenaturas lá em baixo, você precisa ver cara! – Ela falou com uma empolgação gigantesca, pelo qual eu não estava sentindo.

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