Unidos Por Contrato

Capítulo 1

Sempre fui uma garota complicada e principalmente agitada, meu gênio forte também não ajuda. Muitos dizem que sou a confusão em pessoa, mas tenha certeza que eu sempre sei o que quero. Já ouvi me chamarem de tudo quanto é coisa, mas vamos lá, se eu me importasse com a opinião dos outros que tipo de pessoa eu seria? Não é que eu tenha mau feitio, é que as pessoas não são capazes de entender que eu tenho personalidade.

Meus pais quase nem se importam com o que eu faça, talvez um pouco, vivem pelo trabalho eo pelo dinheiro. Mas bem, aqui estou eu me arrumando para mais uma das minhas diversões: festas. Me dispo e vou direto para banheiro, faço minhas higienes. Quando termino vou procurar alguma roupa descente para vestir, opto por usar um vestido godê rodado preto e ponho meu salto prada. Deixo meu cabelo solto mesmo, faço uma maquiagem simples e passo meu perfume favorito. Quando termino são 22hrs, e nada da Ellie chegar.

Ouço uma buzina, deve ser ela. Desço as escadas rápido e quase caio.

— Ai! Inferno – gritei

O som da buzina não para.

— Caramba! Dá pra esperar? Se não parar haverá problemas Ellie... Eu juro que quebro sua cara— falei frustrada

Fechei a porta, e corri até o carro, vejo a Ellie sorrindo.

— Achei que ia casar.

— Quase morro na escada por sua culpa – ri

— Minha culpa não— gargalhou

— Fica quieta! – Disse – Em que boate vamos?

— Uma nova que abriu semana passada.

— Adoro! Só vou sair de lá arrastada. — Ri.

— Só no sonho, e se você arrumar outra confusão eu juro que não te trago mais para festa nenhuma. Essa é a sexta vez que somos expulsas de uma boate, porque dona encrenca não consegue se controlar e sempre acaba batendo em alguém — Me olhou com uma cara ameaçadora.

— Quem foi essa que arruma briga?

Mostrou-me o dedo do meio.

— Agora cala a droga da sua boca e dirige — suspiro — E relaxa, hoje eu me comporto, estou tranquila.

— E eu sou o Batman — Riu

— Já te disse que eu tenho uma tara pelo Batman? — Perguntei

A cara dela de espanto foi o suficiente para me fazer soltar uma risada.

Ela acelerou o carro. Depois de uns 30 minutos chegamos na tal boate. Entramos, e meu Deus, isso aqui está cheio.

— Vamos atrás de alguma coisa para beber.

Fomos em direção ao barzinho e Ellie pede alguma bebida que não ouço o nome, mas nunca tinha ouvido falar. Peguei a bebida e nas primeiras doses já sentia meu corpo reagindo a bebida, estava toda animada.

Não faço ideia de quantas doses já tomei, só sei que já estou no meio da pista, toda soltinha. Danço sem vergonha nenhuma, aquele momento que toca aquela música que ninguém te segura. Começa a tocar Worth. A Ellie se junta a mim e começamos a dançar. Com certeza ela bebeu mais que eu, nota-se pela cara de bêbada dela. A noite só tinha começado, bebi, mas continuo ciente do que estou fazendo, anos de prática.

Meus pés começaram a dar sinais de vida, esse salto está me matando. Tento atravessar a multidão para procurar um lugar para sentar. Acho um lugar próximo ao bar, sento e retiro os sapatos.

Percebo alguém se aproximar, olho para cima e um cara me olha atentamente. Atrai meus olhos, realmente lindo, não é de se jogar fora. Deus, para o mundo que eu quero descer.