Jogos Vorazes Nova Geração

Capitulo 24

     Subimos para o nosso andar, aquilo era tão grande, tão... muita coisa para mim. Meus pais estavam certos, era demais. A capital tinha tudo enquanto os distritos passavam fome. Isso é uma grande injustiça.

  Hoje em dia isso de fome não existia mais. Mas os jogos vorazes de volta era o primeiro sinal de que se não fizéssemos nada, aqueles tempos iriam voltar. Eu não iria deixar, nem que tivesse de dar a minha vida para isso.

  Cinna nos informou que no dia seguinte, na hora do café, iríamos conhecer o nosso mentor e a pessoa que seria a nossa representante na capital, fazer o que a Effie fazia pelos meus pais.

  Também fomos avisados de que não podíamos ser visto fora de nossos quartos depois do toque de recolher. Que era as 23:00 de todas as noites.

  Mas como a noite era a única hora do dia em que podíamos ser Prim Mellark e Finnick Odair. Então como eu acho que vocês já sabem, nós não obedecemos.

  Então, quando era meia-noite e meia e após ter certeza de que todos já estavam dormindo, fui para o quarto do Finn. Sai pelo corredor, andando nas pontas dos pés, para não fazer nenhum barulho. Agradeci a Deus por nossos quartos serem um ao lado do outro.

  --Será que agora você pode me explicar o motivo de o seu estilista ser o mesmo que o da sua mãe, que até onde eu sei, deveria estar morto? — perguntou o Finn no seu jeito.

  --Se eu te disser que não sei, você acredita? — perguntei.

  --Sim. — respondi.

  --Porque Finn, eu realmente não sei. — falei me sentando na cama.- Quando ele entrou, tive uma sensação de que o conhecia de algum lugar.

  --Mas como você pode sentir isso se vocês nunca o conheceu?

  --Realmente, eu não sei. Então quando perguntei seu nome e ele me disse quase cai de costa. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo na minha frente.

  --Posso imaginar, porque a vida inteira você ouviu falar dele como uma pessoa morta, e seu irmão tem o nome dele em homenagem e agora o cara aparece vivo. Tem algo muito estranho acontecendo nessa capital.

  --Se eu estou confusa, imagina você. — falei e ele pegou a minha mão para tentar me consolar.- Olha, podemos pensar nisso depois, por enquanto. Vamos arrumar um plano para arruinar esses jogos.

  --Concordo com você, meu amor. — ele me beijou como antes, somente ele poderia me deixar daquele jeito.

  --Mas será que pode ser amanhã a noite, porque hoje o dia foi cheia de emoções. Estou exausta.

  --Claro que pode. — ele deu um beijo em meus lábios.- Queria que você pudesse passar a noite aqui comigo, dormindo em meus braços.

  --Eu também queria. Sinto falta desses braços musculosos ao redor do meu corpo. — passei a mão em seus braços.- Mas, tenho que voltar para meu quarto e tentar descansar um pouco.

  --Vai lá, meu amor. — ele me deu um beijo na testa e me acompanhou até a porta.- Boa noite.

  --Boa noite. — eu respondi, dando um último beijo nele antes de sair.

  Em completo silêncio, voltei nas pontinhas dos pés para o quarto. Assim que entrei, me joguei na cama, adormeci na mesma hora. Pela primeira vez em dias consegui dormir sem ter nenhum pesadelo.