Uma nova missão

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Nárnia está em perigo, uma grande ameaça está planejando tomar o reino para ter seu povo por meio do medo, todos estão em perigo, estão preocupados, até mesmo o Grande Leão. Retornou ao seu país, e buscou um grande amigo de Nárnia que esteve em muitas aventuras, inclusive com os irmãos Pevensie. Aslam foi até Ripchip, ele estava junto de outras companhias familiares. A Sra. e o Sr. Castor estavam contando histórias e se lembrando de seus amigos.
- Grande Aslam! - Disseram os três quando viram o leão.
- Caros amigos. - Disse Aslam os cumprimentando.
- Ripchip, poderia vir comigo caminhar um pouco comigo? - Pergunta Aslam ao rato.
- Sim, claro. - Respondeu ele. - Com licença.
Aslam convenceu o destemido rato a fazer uma missão, e o corajoso Ripchip não rejeita uma aventura quando ele a encontra. O leão rugiu! Um feixe de luz se abriu e o rato entrou por ele, encontrando um outro mundo, bem diferente dos lugares que visitou.
- Que lugar é esse? - Disse o rato à si mesmo.
O céu estava estranho, meio esverdeado e roxo, como se um feitiço tivesse sido executado naquele local, o ambiente parecia ter parado no tempo, ele notou que era uma festa onde ele estava, bem diferente das quais participou, o que mais chamou a atenção dele eram as vestes que as pessoas usavam, andando por aquele local viu um velho amigo.
- Eustáquio! - Exaltou o rato. - Meu amigo!
Mas ele parecia estar congelado no tempo, o garoto estava acompanhado, parecia ser sua amiga, pensou o rato.
- Aslam não me mandaria para cá em vão, tenho de fazer algo. Mas o quê? - Indagou o rato para si próprio.
O roedor viu que estavam sob um encanto, e que devia fazer algo. Mesmo o tempo parecer parado, as pessoas agiam normalmente, nem percebiam a presença de um rato, que falava até.
- Já sei! - Disse o rato estalando os dedos.
Ele tentou tirá-lo do lugar, e com muita vontade conseguiu empurrar o garoto da cadeira, que também derrubou a mesa, uma fumaça verde se desfez quando a mesa foi derrubada, fazendo o garoto e sua amiga caírem no chão.
- Até que Fim! O rapazinho acordou! - Disse Ripchip para seu amigo.
- Ripchip? É você mesmo? - Perguntou Eustáquio confuso.
- Sim! Sou eu! - Respondeu, sendo abraçado pelo garoto.
- Como você veio aqui? - Pergunta Eustáquio.
- Estou em uma missão incumbida pelo próprio Aslam. Nárnia precisa de sua ajuda! Seus primos precisam de você! - Disse Ripchip.
- Meus primos? Eles estão aqui... - Ia dizendo Eustáquio ao perceber a ausência de seus primos. - Então eles estão em Nárnia?
- Sim. Vim aqui para levar você até lá. - Explicou o rato.
- É estranho ver você sem sua espada. - Disse Eustáquio - Mas é bom ver você novamente.
- Com quem você está falando Eustáquio? - Pergunta uma voz sonolenta.
- Jill! - Exclamou Eustáquio.
- Isso é um rato? - Perguntou a garota assustada. - Por que ele está em pé?
- Calma! Esse é Ripchip, meu amigo. - Disse Eustáquio.
- Você só pode estar louco, pensei que tivesse parado com essas brincadeiras. - Disse Jill.
- Ele não está louco, devo dizer. - Disse Ripchip.
- Ele falou? - Indaga a garota preocupada. - Eu só posso estar sonhando.
- Não! Você não está sonhando! - Exclamou Eustáquio.
- Então prove! - Disse Jill.
- Ripchip! - Disse o garoto. - Espete ela com alguma coisa.
- Tem certeza? - Perguntou o rato, sendo rescindido positivamente com a cabeça por Eustáquio.
Ripchip então pegou um garfo rapidamente e espetou a mão da moça que respondeu com um "Ai".
- Acredita agora? - Pergunta Eustáquio à amiga.
- Um pouco, apesar de não gostar do que está acontecendo. - Disse Jill.
- Rápido!  Não temos muito tempo! - Disse Ripchip os chamando para o seguir.
No chão havia um buraco, o rato saltou para dentro dele. Jill estava hesitante, não queria saltar.
- Confie em mim. - Disse Eustáquio, pulando em seguida.
- Só posso estar ficando louca. - Disse Jill antes de saltar para dentro do buraco.
Eles caíram e como num piscar de olhos estavam nas terras de Nárnia.
- Aonde estamos? - Perguntaram Eustáquio e Jill em uníssono.
- Estão em Nárnia! - Disse Ripchip.
- É bem diferente do que eu havia imaginado, é bem maior e está mais frio. - Disse o garoto estranhando o estado do país encantado.
- Nárnia está sobre efeito de feitiçaria. - Explica Ripchip.
- Jadis? - Ela retornou? - Pergunta Eustáquio.
- Sim, meu amigo. Ela voltou com a ajuda de Morgana, conhecida como a Dama do Vestido Verde. - Responde o rato.
- Feiticeiras? Então o que fazemos aqui? - Disse Jill assustada.
- Estão aqui para ajudar, Aslam deu uma missão para vocês. - Disse Ripchip.
- Ajudar? Como assim? Somos apenas crianças. - Disse Jill.
- Vocês são capazes de fazer coisas extraordinárias, que nem imaginam. - Disse Ripchip pacientemente para a garota. - Vocês não estarão sozinhos nisso.
- Qual será nossa missão? - Pergunta Eustáquio.
- Vocês devem ir até as terras agrestes do Norte, e pedir ajuda aos gigantes. Disse Ripchip apontando para a direção em que devem seguir. - Nárnia precisa dessa aliança.
- Você não virá conosco? - Questiona Eustáquio.
- Não, caro amigo. - Responde Ripchip. - Meus dias de aventuras se foram, tenho que retornar ao País de Aslam, pois lá é o meu lugar.
- Foi bom ver você de novo. - Disse Eustáquio abraçando o rato.
- Isso não será um adeus. - Disse Ripchip.
Quando as crianças viraram as costas para seguir o caminho, Eustáquio olha para trás, e percebe que seu amigo partiu. Sua amiga Jill Polle fez muitas perguntas sobre Nárnia e como aconteceu, quantas vezes e com quem. O garoto respondeu apenas aquilo que sabia, até tinha conhecimento, porque seus primos haviam contado a ele sobre as suas aventuras. Tomaram cuidado para não chamar a atenção de ninguém, desse modo caminharam por horas até que encontraram uma árvore e sentaram embaixo dela.
- Estou exausta, meus pés estão cheios de calos! - Reclamou Jill.
- Devemos estar bem distante ainda. - Disse Eustáquio.
Eles ouviram o som de uma ave, que fez "u-ruuruu". E de repente essa ave desceu da árvore, era enorme, devia ter a altura de Jill que era um pouco mais alta que Eustáquio.
- Boa tarde, sou Pluma Luma. Quem são vocês.
As crianças se apresentaram para a ave, respectivamente.
- Você sabe onde fica a Terra dos Gigantes? - Perguntou-lhe Eustáquio.
- U-ruu-ruu. - Respondeu a coruja. Sim, sei.
- Será que poderia nos levar até lá, por favor. É que não conhecemos muito bem esse lugar. - Disse Jill Polle.
- São estrangeiros? O que duas crianças querem fazer lá?
- Você promete que não irá contar a ninguém? - Indagou Jill.
- Sim. U-ruu.  - Respondeu a coruja.
- Estamos aqui numa missão de Aslam. - Sussurrou Eustáquio.
- Isso é de extrema importância! - Disse a coruja batendo o bico na árvore três vezes. Logo após, uma outra coruja, de penas cinzentas saiu e perguntou:
- Vamos levar estes garotos até As Terras Agrestes do Norte.
- Por que? - Indagou a outra coruja.
- Te conto no caminho. - Respondeu a coruja de penas amarelas.
Os garotos montaram nas corujas e se seguraram para não cair. No trajeto eles se conheceram melhor e contavam  histórias.
- Vejam esse tempo sombrio, que a muitos anos não afetava Nárnia, que nem os próprios narnianos reconhecem tal lugar. - Disse a coruja que levara Jill.
- Bruxas fazem de tudo em busca de poder, destroem aquilo que for necessário, apenas para estar no topo. - Disse a coruja que carregava Eustáquio, parecendo ser mais velho.
Uma forte ventania que soprava em suas direções dificultava a visão. Uma tempestade se formava, relâmpagos e trovões estavam duelando nos céus. Não chovia, nem sequer uma gota caiu, apenas os céus que estavam em fúria.
- É impressão minha ou aquele é o castelo dos gigantes do Norte? - Pergunta Eustáquio ao avistar o local.
- Espero que sim, meu jovem. - Disse a coruja mais velha que o carregava. - Pois estou muito velho para continuar.
- Estamos perto. - Disse a coruja mais jovem.
Ao chegarem em um portão alto, as corujas tiveram de ir embora, pois fazia frio e tinham que retornar para sua casa, mesmo temendo o que viria os jovens seguiram em frente e acharam uma porta pequena que ficava no imenso portão. Jill empurrou a porta e ela rangiu, parecia haver ninguém no imenso castelo, foi o maior que ela viu, nunca havia visto um castelo, apesar de ser bem maior que os prédios tinha visto.
- Devia ter alguém aqui. - Disse Eustáquio observando ao redor.
- Viemos sem avisar. - Disse Jill preocupada. - E se eles se irritarem com nossa presença e...
- Quem são vocês? - Perguntou uma senhora gigante.
As crianças se assustaram com a sua proeminência. Deveria ter uns 20 metros, pensou o garoto. Ela vestia um vestido muito parecido com que suas avós usam. Seus cabelos eram brancos, sua respiração forte quase os derruba.
- Que...Que...Queremos falar com seus superiores! - Disse Eustáquio gaguejando.
- Não lembro de algum aviso sobre visitas. - Indagou a Senhora Gigante.
- É do interesse de seus senhores. - Disse Eustáquio.
- Sigam-me. - Disse a Gigante desconfiada.
- Eustáquio! - Sussurrou Jill. - Acho que devemos ir enquanto podemos.
- E a missão? - Pergunta Eustáquio.
- Me refiro ao nosso destino, não sabemos se essa mulher irá mesmo nos levar até seus senhores. - Explicou ela.
- Tem razão. - Respondeu Eustáquio num sussurro. - Venha!
Ele estendeu sua mão para a garota escapar daquele lugar com ela, à procura dos Reis daquele reino. Eles correram muito. Para a infelicidade deles eles têm cães, não eram gigantes, mas eles os denunciaram. Logo os guardas os levaram para uma gaiola em que havia um garota e um pássaro grande, pareciam ser prisioneiros, assim como eles também se tornaram.
- Vejo vocês em breve! - Ameaçou um guarda com um sorriso soturno que fez Jill ficar assustada.
Era uma gaiola de ouro, suas grades eram fortes e resistentes, tinha uma riqueza em detalhes, não aparentava ser obra de gigantes.
- E agora, o que faremos? - Indaga Jill Polle.
- Eustáquio? - Pergunta a moça que também é prisioneira.
- Como sabe meu nome? - Questiona o garoto confuso.
- Sou Emily, fui contratada por seus pais para ser fotógrafa em sua festa.
- Mesmo? - Indaga o garoto. - Não me lembro de alguma moça como fotógrafa.
- É que sou obrigada a fazer isso, garotas como eu não são bem vistas quando trabalham, segundo a sociedade é errado. - Explicou Emily.
- Concordo com você! - Disse Jill.
- Mas como veio parar aqui? - Pergunta Eustáquio.
- É uma longa história...
- Quem são esses? - Pergunta o pássaro.
- Quem é ele? - Pergunta o garoto.
- Eustáquio, este é Sydeal. Sydeal, este é Eustáquio. - Disse Emily os apresentando. E você é...
- Perdão, não me apresentei, me chamo Jill Polle.
Eustáquio, Jill, Emily e Sydeal passaram horas explicando como chegaram até onde estão. Eustáquio e Jill contaram por quem foram mandados.
- Tive um sonho que deveríamos pedir ajuda aos maiores, era o que eu escutava com frequência em meu sonho, parece ser um código. - Disse Emily. - Mas agora faz sentido, vocês devem pedir ajuda do Rei Gigante, ele é bastante teimoso, mas se você disser a causa disso tudo ele poderá aceitar.
Emily pôs as mãos na pedra mágica que tinha e num instante o mundo pareceu parar e começou a ter visões, ela viu Escuridão, medo e também enxergou algo como se realmente estivesse na frente dela, era Edmundo e uma moça de cabelos vermelhos, tinha algo diferente nela, ela sentiu que tem haver com magia, e teve um vislumbre de Jadis ameaçando Lúcia, e também viu Pedro e Susana indo para a guerra. Ainda confusa, sem saber o que fazer com aquela pedra, a guardou antes que os garotos perguntassem à ela sobre tal objeto.
- Eu posso tentar chamá-lo, mas recomendo que tampe seus ouvidos. - Alertou Sydeal.
O grito da ave era muito agudo e estranho, não era como de uma ave comum, fez com que chegasse na salão real, fazendo até que sua taça se quebrasse. O Rei furioso disse para seu servo trazer os prisioneiros para que resolvesse se possível seus problemas ou pelo menos o dele.
- Traga-os até à mim! - Ordenou o Rei.

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