Oi, pessoas! Feliz ano novo!
Esta será a primeira vez que teremos uma história solo, espero que gostem! #GoSoloYas
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Era, mais uma vez, uma daquelas noites em que Yasmim e Esther se reuniam para conversar besteira e, é claro, eram seguidas por Yann, o irmão mais novo de Yasmim. Porque é obvio que o pirralho não seria capaz de deixa-las em paz.
A pequena "festa do pijama" tomava vez na casa de Yasmim, e as garotas conversavam sentadas na cama, fazendo o máximo para o serzinho que as espiava não ouvir o que as duas estavam falando.
Estava tudo correndo perfeitamente bem, até que Esther achou que seria uma ótima ideia dar chocolate para a cachorrinha de Yasmim, Nina. Caso vocês, caros leitores, não saibam porque chocolate seria uma má ideia, sugiro que não tenham cachorros.
– Qual o seu problema? – Yasmim grita, puxando a cadelinha antes que ela pudesse por o pedaço de chocolate na boca.
– O que é que tem? Deixa ela comer! – Esther responde, não percebendo a gravidade do que tinha feito.
– Chocolate é altamente tóxico para cachorros! – A mais nova responde automaticamente. Havia aprendido a repetir a exata mesma frase todas as vezes em que alguém com um chocolate se aproximava de Nina.
As garotas tinham se livrado de todo o chocolate, mas Nina ainda estava latindo que nem uma doida. Como uma boa comilona, não ia parar até que alguém desse alguma coisa para ela. Via-se no seu direito de comer algo, uma vez que foi enganada com o chocolate.
Então Yasmim caminha distraidamente até a cozinha, passando por sua mãe na sala e dando um "oi". Ela pega uns biscoitinhos para cachorro e começa a fazer o caminho de volta para o quarto, mas não o termina. Porque havia uma cobra, uma porra de cobra!, passeando livremente pela sua sala.
– Mãe, tem uma cobra aqui! – Ela grita, começando a flutuar.
Ok, eu provavelmente deveria explicar esta parte – Não estamos exatamente no universo que vocês, caros leitores, são familiarizados com. Onde estamos, as pessoas são capazes de flutuar. Não muito alto, e apenas se estiverem se movendo, mas ainda assim flutuam. Como não é exatamente muito útil no dia a dia, o poder não é muito utilizado pelas pessoas.
Então, ela começa a flutuar e andar de um canto para o outro da sala – do lado mais afastado da cobra, é claro. Estava cada vez mais difícil de respirar e Yasmim não conseguia pensar em nada que fosse capaz de acalmá-la. Isso se parecia bastante com o que a garota achava ser um ataque de pânico.
– Fique calma, ela consegue sentir seu medo – É a última coisa que ela ouve sua mãe falar antes de fechar os olhos com o máximo de força possível e tampar os ouvidos com as mãos.
XXX
Quando abre os olhos novamente, Yasmim não está mais em seu confortável apartamento, na companhia de sua amiga, seu irmão, sua cachorrinha e sua mãe. Na verdade, ela não sabe bem onde está. Por causa da infinidade de armários nas paredes, julgaria ser uma escola.
Ao seu redor, dezenas de pessoas desconhecidas e um punhado que ela jurava conhecer, mas no meio de toda a confusão não conseguia lembrar bem de onde. Até que avista uma de suas amigas, Sarah.
– Sarah! Sarah! – Ela grita, indo de encontro a amiga e se pendurando nela sem nem esperar um cumprimento.
– Calma, já está tudo sob controle, a cobra não aparece por esses corredores há um bom tempo! – A menina fala, tentando (sem sucesso) se desvencilhar de sua amiga em pânico.
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Contos Do Tédio
Historia CortaUm seleção de contos escritos durante as aulas mais chatas da semana. Co-autora: @beatrizbbolzani.