Capítulo 5

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Quando encontrarmos alguém cujo o beijo se encaixa, é maravilhoso. As bocas parecem já se conhecerem e parece saber exatamente como fazer.

O beijo de Nick se encaixou tão bem com o meu, que não tenho palavras. Seu beijo é calmo. Tão calmo que faz todo meu corpo relaxar e se entregar a ele.

Suas mãos vem para minha cintura e em um pequeno salto dá minha parte, subo no seu colo. Geralmente eu me importaria com essa demonstração pública de afeto, mas estou tão envolvida no beijo e além disso, todos aqui são amigos e tenho a leve impressão que isso aqui não é nada comparado ao que rola nessas festinhas.

Nick se surpreende com meu gesto, mas não deixa de sorrir.

Ele para o beijo e olha para detrás de nós.

-Gente, vão lá ver se meu pai chegou.-Ele grita para todos ouvirem.

As meninas reviram os olhos e saem seguido dos meninos. Guto está com um olhar malicioso e ao mesmo tempo engraçado, para nós.

Nick se levanta enquanto ainda estou em seu colo, de modo que minhas pernas estão entrelaçadas na sua cintura e ele me carrega.

No momento que ele começa a andar e me beija, eu sei exatamente pra onde ele tá me levando.

O "matadouro".

Não sei se quero ser o tipo de garota que fica em um lugar chamado assim.

Assim que passamos pela cortina, posso ver que o nome não dá jus ao lugar. O "matadouro" é até...Romântico.

Tem uma cama de casal enorme bagunçada, ao lado, um criado mudo com a gaveta aberta. Algumas velas iluminam o lugar e é agradavelmente frio. Um clima perfeito pra querer se deitar em baixo das cobertas pra sempre.

Mas ele passa direto pela cama.

-Aonde tá me levando?-Pergunto.

Ele percebe meu susto e acha graça.

-Relaxa.

No canto tem uma porta. Ele abre e damos de cara com um quarto. As paredes são azuis, tem uma televisão enorme na parede, uma cama enorme com o jogo de cama laranja, uma estante com vários livros, uma prateleira com algumas medalhas e antes que eu possa analisar mais, ele me coloca na cama.

Nick vem por cima de mim me beijando. Suas mãos estão ao meu lado. Ele ainda não está próximo o suficiente de mim. Agarro a gola dá sua camisa e o puxo para mim. Ele gosta dá atitude e vê isso como um sinal para explorar mais.

Então eu sinto algo duro na minha perna. Tomo um susto tão grande que o empurro. Ele fica assustado também.

-O que foi?-Ele diz me examinando.

Merda.

Olho pra todos os lugares, menos seus olhos.

-Desculpa, é que eu...

-É virgem?-Ele pergunta.

Sinto minhas bochechas esquentando.

-Aham.

-Ah...-Ele parece um pouco desapontado.-Tudo bem.

Ele se senta escorando a cabeça e as costas na parede e me chama. Sento do seu lado e ele passa o braço por meus ombros.

-Isso é bom, sabe. Significa que posso ser seu primeiro. Se você quiser, é claro. -Ele solta uma dessa assim.

Eu sorrio.

-Quem sabe.-Falo.

Ele se mexe um pouco e me aconchego mais nele.

-Eu nunca trouxe uma garota no meu quarto.-Ele diz.

Quando acontece o amor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora