All I Ever Wanted | One Shot

All I Ever Wanted

O meu nome é Jake e esta é a história de como me apaixonei por Chris, o rapaz que era amado por outro alguém.

Todos os dias, via Chris passar por mim, olhando-me nos olhos quase tão intensamente com eu o fazia.

"Olá, Chris" Falava eu, tentando encorajar-me a dizer algo mais que isso, todos os dias, no entanto, não o fazia.
Não o fazia porque tinha medo.
Medo da desilusão. Medo da dor. Medo do prazer que iria sentir ao magoar quem tinha o privilégio de o amar mais que eu.

Via-o a passar diante dos meus olhos, dia após dia, contendo apenas a incapacidade de poder falar com ele e tratá-lo como sempre desejei desde que eramos pequeninos.

Como o conheço, perguntam vocês. Somos filhos de pais conhecidos. Conheço-o como a palma da minha mão desde pequenino e sempre senti aquela sensação estranha na barriga que nunca senti com nenhum dos meus outros amigos...  Aquela sensação de querer ser da pessoa e pertencer-lhe. Aquela sensação de saber poder partilhar todos os sorrisos e todas as lágrimas em qualquer momento que fosse. Aquela sensação de poder partilhar as nossas vidas com meros olhares.
Talvez tenha sido essa a razão pela qual sempre temi falar com ele. Aquela atração que sinto e que sempre senti, deixa-me impotente aos olhos dos outros por nada mais conseguir dizer sem ser "Olá Chris" ou sussurrar um "Amo-te", quando este não me ouve.

Desde o dia em que o vi, nunca mais pensei noutra coisa. Nunca mais voltei a sentir o vazio que uma criança sente enquanto procura o sentido da vida, pois o meu sentido sempre esteve diante mim.
O que é certo, é que nunca mais voltei a sorrir como antes sorria, pois o amor mata. O amor mata lenta e dolerozamente, como está a fazer comigo agora por perceber que não sou quem sofre mais com este amor.

Mas...

Naquele dia... O dia em que todo esse sofrimento se dissipou por meros momentos. O dia em que me satisfizes-te todo esse desejo de te ter... em que beijavas suavemente os meus lábios e acariciavas-me, fazendo-me esquecer do que o que faziamos era errado. Aquele dia em que conseguis-te fazer-me convencer de que não havia mal em amar-te.
Tudo pareceu certo, como sempre desejei.

Eu sabia. Sabia que o amor que sentia por ti era demasiado para não ser correspondido.

Hoje, recordo-o não só como o dia em que te entregaste por fim a mim, mas o dia em que traímos a pessoa que estava ao nosso lado.

Katherine... A minha doce irmã Katherine.

Porquê Chris? Porque é que tinhas de te apaixonar pela minha irmã, mesmo sabendo que sempre te amei? Porque é que sempre negaste o nosso amor ao ponto de o fingires perante a pobre Katherine?

Esse meu puro egoísmo desejável que foi tirar o amor da minha irmã, para meu próprio proveito... Nunca esquecerei esse sabor amargo, de fingir que sempre me mantive fiel à minha irmã, mas Chris... Nunca esquecerei o sabor dos teus lábios e ao bom que eles sabiam a traição, ou o olhar dos teus olhos a fixarem-me nesse dia em que eramos só os dois. Até do cheiro a culpa em mim entranhado sinto falta.

Perdoa-me Katherine. Perdoa-me por me ter apaixonado tão intensamente por alguém.

O meu nome é Jake, e esta é a história de como me apaixonei por Chris, o namorado da minha irmã.