𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗𝐓𝐄𝐄𝐍

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗𝐓𝐄𝐄𝐍:
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐒𝐒𝐀 𝐋𝐄𝐄
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐕𝐀𝐈 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐑 𝐍𝐀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐃𝐄𝐋𝐄𝐆𝐀𝐂𝐈𝐀

⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗𝐓𝐄𝐄𝐍:⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐒𝐒𝐀 𝐋𝐄𝐄 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐕𝐀𝐈 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐑 𝐍𝐀 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐃𝐄𝐋𝐄𝐆𝐀𝐂𝐈𝐀

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Quando finalmente resolvi dormir, precisei fazer mais uma contagem regressiva. Adormeci e, como em todas as vezes, acabei tendo um sonho que me fez pensar ainda mais em tudo o que estava acontecendo. Me fez pensar em Harry. Estávamos nos beijando em uma linda ponte de um parque, lá eu me sentia apaixonada e alegre, como nunca estive antes. Naquela ilusão da minha cabeça feita para eu dormir, Harry sorria verdadeiramente e dizia que sempre estaria do meu lado. Não pude deixar de ficar com os meus sentimentos bagunçados, mesmo depois de tudo o que ele fez comigo. Se Harry ainda estivesse vivo e convivendo mais tempo comigo, eu poderia apostar que estaria gostando dele.

Quando acordei, não encontrei Henry na cama. Eu não lembrava exatamente que dia era aquele e, quando olhei as horas e ouvi o barulho de panelas no andar de baixo, deduzi que não era dia de trabalho. Peguei a minha touca sobre a mesa de cabeceira e calcei as minhas botas, para depois seguir ao banheiro no corredor a fim de lavar a boca e o rosto. Cumprimentei Henry, quando o vi sentado e se preparando para almoçar comida japonesa. Foi o dia em que eu mais dormi, desde o começo de todo aquele tormento.  
     — Acordou melhor?

Dei de ombros, me sentando de frente para ele e colocando água em um copo. Eu não sentia fome, mas uma leve tensão no ar dançava no ambiente. Henry parecia diferente e talvez quieto demais. Ele não era daquele jeito – pelo menos não na minha frente. Fiquei reparando e tentando analisá-lo.
     — E você, acordou bem? — perguntei, cautelosa. Henry demorou para responder, ficou comendo, todo sério e pensativo. Quando pensei que ele me deixaria falando sozinha, este murmurou:
     — Eu ouvi uma coisa hoje pela manhã, enquanto você estava dormindo. — O seu tom de voz eu não consegui distinguir. Talvez desconfiado, ou com uma leve irritação. Tive receio de perguntar o que poderia ser, mas, antes que eu ao menos pensasse, ele falou, surpreendendo qualquer coisa que eu pudesse imaginar: — Você chamou o nome dele.

O sonho que tive com o irmão dele, no qual estávamos nós dois juntos, nos beijando e felizes, surgiu na minha cabeça novamente, me deixando um tanto envergonhada. Provavelmente eu estava vermelha, o que fez com que Henry se mexesse na cadeira, todo incomodado.
     — É mesmo?
     — Foi bem esquisito.
     — Eu acho que estava sonhando — expliquei, depois de engolir em seco. Era a única opção: falar a verdade, afinal, como eu me explicaria por ter chamado o nome do irmão dele? — E eu sequer imaginava que poderia estar chamando por ele.
     — E com o que exatamente você estava sonhando?
     — Por que isso importa agora? Foi só um sonho aleatório — eu retruquei, igualmente incomodada. Quando seu irmão estava vivo, Henry sabia que eu não dava a mínima para o que o outro fizesse, e também que Harry sempre me tratou mal; ele sabia também que eu não tinha nenhum tipo de relação com Harry naquela época, então estava fora de questão eu contar que sonhei com o irmão dele me beijando.

hope • hs | book 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora