Capítulo Único - Madre Mia

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NOTAS:
Esta fanfic está também disponível na minha conta no Spirit Fanfics (meu user: vmustdie), onde foi postada em janeiro de 2017.

Isto está meio errado.

Digo, eu sou o mais velho, o hyung e todas essas coisas, então, de acordo com muitas fanfics, você que deveria estar desde o começo correndo atrás de mim, não? Além do mais, eu sou veterano! Enquanto estou a ponto de terminar o terceiro ano e finalizar a escola, você entrou para o ensino médio há cerca de 8 meses.

O que mais me intriga é ver todos os estereótipos montados na minha cabeça através das fanfics serem desmontados por sua causa. Digo, você chegou e estava longe de ser um daqueles novatos que idealizei. Não era aquele descolado metido, tampouco o tímido invisível. Você era simplesmente Kang Younghyun, o garoto que todos passaram a chamar de Brian.

Sabe, eu te achei bem bonitinho... Okay, você era um deus. Já olhou seu sorriso no espelho? Madre mia, é de tirar o fôlego de qualquer um.

Como se não bastasse a aparência, você era doce e polidamente educado, encantava a todos que conhecia – pudera, sou uma dessas vítimas fatais.

Antes que eu pudesse pensar em um jeito de chegar em você, fui surpreendido por seu sorriso radiante em mais um comum intervalo ao lado de Wonpil e Sungjin, meus melhores amigos. 

Éramos um trio inseparável, tipo as meninas superpoderosas, saca? Só éramos mesmo, porque, a partir daquele dia, você passou a fazer parte do nosso bando. Digo, não somente você, pois a seu lado estava Dowoon, um garoto introvertido do segundo ano que você havia conseguido levar de um lado para o outro e conquistar a amizade. Fez bem a ele, pois, desde que Junhyeok havia sido transferido de escola por motivos desconhecidos, Dowoon havia se isolado completamente das outras pessoas.

Descobrimos que você cantava e tocava baixo, o que automaticamente fez Sungjin arregalar os olhos e te prender a nós. Ele queria muito formar uma banda nem que fosse apenas para ela tocar dentro de uma garagem, estava há um bom tempo procurando um baixista e um baterista.

Bem, posteriormente – depois de um longo tempo, diga-se – Dowoon revelou timidamente que tocava bateria, transformando Sungjin na pessoa mais feliz do mundo. E, apesar de tanto falatório, o projeto da banda nunca tinha saído daquela mesa debaixo da árvore. Uma pena, pois eu perdia a noção do tempo imaginando todos nós na minha garagem – é dos meus pais, mas isso não vem ao caso – fazendo parte do novo cenário underground.

Porra, Younghyun, alguém devia te processar por ser tão maravilhoso!

Bem, voltando... Eu estava começando a ficar caidinho por você e o primeiro a perceber isso foi Wonpil. Apesar de ser o mais calado – empatando com Dowoon – ele era o mais observador, então geralmente era o primeiro a perceber coisas subentendidas entre nós.

Até que, em mais um fatídico – para não dizer bostão – dia, Wonpil disse que tinha vontade de aprender a tocar baixo e adoraria que você pudesse ajudá-lo nisso; até aí tudo bem, até ele dizer que seria melhor que fosse na minha casa, pois havia alguns primos passando a semana na sua – mentiroso. Não contestei e aceitei, afinal, não havia motivo para se preocupar. Eis que, no dia combinado, nosso queridíssimo Kim não aparece.

E lá estava eu, Park Jaehyung, sentado no sofá ao lado de Kang Younghyun, encarando um silêncio torturador e uma espera sem futuro. Tinha uma roda punk ao redor do meu coração, um boomerang dentro do meu estômago e minhas mãos suavam frio.

Porra, aquela situação estava me matando e, antes que eu enlouquecesse de vez, levantei repentinamente e perguntei se você queria um copo d’água ou algo do tipo. Fui correndo à cozinha e voltei no mesmo modo Quicksilver, só pensando depois que seria melhor se demorasse um pouco mais lá dentro para ver se pensava em algo para falar quando voltasse.

Por trás dessa lente tem um cara legal | Jaehyungparkian Onde histórias criam vida. Descubra agora