O ASSASSINO E A PROSTITUTA

SEDE.

Vagabunda.

É uma palavra leve demais pra descrever quem foi Emilly William, a putona do pedaço, que viveu na merda e morreu na merda.

Observei os últimos suspiros desesperados dela, enquanto olhava para mim suplicando por perdão... Perdão? Que caralho é isso?

Não gosto de mulher. Não gosto de homem. Não gosto de gente.

Gente pra mim fede. Fede a mentira, fede a falsidade, fede a porra que sai do meu pau quando bato uma pensando naquela atriz pornô que só vai servir pra quando eu comer, depois, morre.

Mais uma morreu. E daí? Já nem conferia mais.

-Gostosa. Vai pro inferno, vadia.-disse olhando pra carcaça que restou. Já me preparava pra ir embora.

Deixando o corpo pra trás, no meio do mato gigante e um pouco fedido, finalmente cheguei no carro. Logo que abro a porta, me deparo com uma calcinha vermelha sob o banco do passageiro.

Calcinhas.... Mulheres já deviam ficar nuas pra quando eu fosse comer. Usar essa porra me faz perder a paciência!

Me fez perder com Emilly e olhe o destino dela...

Jogando a calcinha fora, dei partida no carro e retomei a estrada. Não conhecia porra nenhuma dessa estrada pra tal cidadezinha "Hole". Nome que li na placa verde esquisita no que parecia ser o início disso aí.

Porra de nome estranho. Hole é buraco em inglês? Foda-se.

O lugar parecia um buraco mesmo... Mas o buraco do inferno!

Nunca havia ido pra uma cidade com tanta gente estranha. Caralho, aqui é o fim do mundo?

Observando cada parte do lugar, vagando de carro por todas as ruas, uma casa com luzes coloridas me chamou atenção.

A casa era horrível, parecia mais aquelas de filme de terror. Caindo aos pedaços, velha e exalando um cheiro podre, mas ainda assim com luzes de festa e música saindo.

Precisava saber que porra era aquilo.

Estacionei o carro e recarreguei minha calibre. Sentia a sede que só me dava quando queria uma coisa...

MATAR.

E eu ía fazer isso agora.

...