Eu tenho a impressão de que estou vivendo um drama clichê. Mas eu sei que não estou dentro de um filme, sei que não irá aparecer alguém ou algo que me dará esperança, eu sei que não existe finais felizes.
Ir para a escola não era algo que me deixava feliz, não é como se fosse horrível. Eu apenas achava tudo tão monótono. A única coisa de interessante que acontece aqui é quando algum professor é suspenso.
— Será que descobriram crianças no porão dela? — Fala Amanda, sentada em sua carteira com o corpo virado para mim — Aposto que ela usa elas como ingredientes
Automaticamente pensei na história de João e Maria, a bruxa cega era a minha professora. Mas será que ela tinha doce suficiente pra atrair as crianças? Percebo que isso parece muito confuso, e afasto esse pensamento.
— Ela estava velha, deve ter se aposentado — digo sem ânimo.
— Não — ela para pra pensar — Ela não iria desistir assim tão fácil.
—Desistir?
— Do seu plano de destruir nossos sonhos de ir para a faculdade — solta uma risada.
Solto um riso, que fica maior quando ela começa a roncar de tanto rir.
A turma surpreendentemente se cala quando alguma pessoa bate na porta e bota metade do corpo para dentro. Era uma mulher, aproximadamente meia idade, seus cabelos eram negros e mesmo pela idade tinha poucas rugas. Ela entra e se apresenta como sendo a nova professora de Literatura e Gramática, ela pede pra que nos apresentamos e em seguida começa a escrever com letras grandes no quadro, "Mau-do-século".
— Alguém sabe me explicar o que esse termo significa? — percebo que agora ela está usando óculos.
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A Cor do Arco-Íris
Teen Fiction" Um dia eu já fui feliz. Um dia eu estava ao lado de quem eu amo. Mas tudo isso foi tirado de mim. Foi tirado por pessoas que diziam ser minha família, pessoas que diziam me amar. Mas em meio a tanta humilhação e sofrimento, você foi a única coisa...
