Maria Narrando:
Dois dias depois...
Gabriel ficou internado por dois dias, graças à Deus ele está bem melhor e hoje receberá alta. Vitor está atrás das grades, onde o mesmo deveria está a muito tempo. Descobriram que o mesmo matou Camila, ela não era uma boa amiga, mas não queria que ela tivesse morrido assim. Espero que Deus faça sua justiça, na verdade sei que ele fará.
Termino de me arrumar e saio de meu apartamento. Pegando um táxi em direção ao hospital. A segurança do condomínio em que moro foi reforçada e os seguranças da recepção foram demitidos pelo fato de deixarem alguém adentrar no condomínio sem ser anunciado.
O taxista para em frente ao hospital, pago o mesmo e corro adentrando no hospital. Chego à recepção e encontro Paola, Gabi e Carmem.
— Maria. — Gabi me cumprimenta sorrindo e se joga em meus braços.
— Oi Gabi. — retribuo o abraço. — como Gabriel está? — indago.
— Está muito bem, e ele está a sua espera. — diz sorrindo e pisca para mim.
Sorrio e encontro os olhos furiosos de Carmen e Paola. As ignoro e caminho pelo corredor até o quarto em que Gabriel está. Bato na porta e ponho a cabeça para dentro, encontrando os olhos e sorriso que tanto me fascinam.
— Amor, entra! — Gabriel pede, sorrindo.
Sorrio e adentro o quarto, ele está sentado na cama e está vestindo uma camisa. Caminho até ele.
— Oi, você está bem? — pergunto logo que me aproximo.
— Melhor agora! — sorrir e segura meu braço, ele levanta, põe as mãos em meus rosto e me encara. — eu já disse o quanto você é linda? — pergunta olhando-me nos olhos e sorrir.
— Hoje não. — sorrio e mordo o lábio.
— Você é linda. — sorrir mostrando suas covinhas e me dá um beijo.
Seguro em sua nuca e acaricio seus cabelos macios, suas mãos quentes seguram firme minha cintura, nosso beijo é calmo, cheio de sentimentos, o medo de perder um ao outro está contido nele. Terminamos o beijo com longos selinhos, ele encosta a testa na minha e passa seu nariz no meu, fecho meus olhos e inalo seu perfume. Não precisamos falar nada, pois até o silêncio sabe que nos amamos.
***
Finalmente Gabriel teve alta, então seguimos para sua casa eu não queria ir porque Carmen e Paola juntas não dá muito certo. Mas Gabi e Gabriel insistiram, então aqui estou eu. Acabamos de chegar, Gabriel subiu para o antigo quarto dele para tomar banho, pois a mãe dele insistiu para que ele ficasse esta semana aqui, enquanto o ferimento não está totalmente curado.
— Maria? — Carmen me chama e a olho assustada, ela nunca falou comigo. — posso conversar com você?
Olho desconfiada para ela.
— Claro.
— Vamos à biblioteca. — diz.
Ela caminha na frente e sigo, lanço um olhar desconfiado para Gabi, que dá um sorriso amarelo. Chegamos à um escritório, ela abre a porta e adentra, faço o mesmo e fechando a porta, ela me olha e mostra um sofá, sento e ela senta no sofá a minha frente. Espero que fale logo o que ela quer.
— Bom, sei que não somos ótimas amigas. — ela começa olhando-me e a olho com ansiedade — mas temos algo em comum, nos duas amamos o Gabriel. Você o ama né?
— Claro que sim. Mas onde a senhora quer chegar? — indago.
— Quero dizer que como você o ama, você o protegera, desde que você entrou na vida do Gabriel, ele mudou, muitas coisas aconteceram, ele quase morreu por sua culpa, ele está desistindo dos sonhos dele por você. Você não acha que está sendo um pouco egoísta não?
Fico ouvindo tudo, minha garganta da um nó, às lagrimas começam a insistirem em descer, mas as seguro, suspiro. Ela tem razão, eu só trouxe problemas para Gabriel.
— Como assim desistindo dos sonhos dele? — indago, minha voz sai baixa e me controlo para não chorar.
— Se ele namorar você, ele terá que desistir de ser Pastor e este sempre foi o sonho dele, desde pequeno. Então, o que eu quero te propor é, deixe-o ser feliz e viver o sonho dele. Te dou um bom dinheiro para você ir para outro lugar e ir atrás do que você deseja....
— Não. — a interrompo meus olhos se enchem de lágrimas e levanto limpando uma lágrima — não quero seu dinheiro, não preciso dele... — falo indignada e caminho para sair do escritório.
— Pense bem, você não o merece. Paola é a mulher ideal para ele. — ela diz antes que eu saia, apenas a olho com desprezo e caminho descendo as lágrimas.
Chego no corredor para a cozinha e ouço risadas. Viso Gabriel conversando com Paola, ambos sorriem e até parecem bons amigos. Carmen tem razão, Gabriel é bom demais para mim, perto dele eu não sou ninguém, não posso ser egoísta com ele, eu o amo, e tenho que desistir dele. Ele já passou por várias coisas por minha culpa.
Às lágrimas queimam meu rosto, então antes que me vejam, saio da cozinha e vou para meu apartamento.
Pego um táxi e o mesmo segue para meu apartamento. Um turbilhão de pensamentos invadem minha mente, observo as pessoas do lado de fora do táxi, as avenidas de Copacabana as praias com suas ondas indo e vindo.
— Moço me leve até o aeroporto. — falo e o taxista assente mudando a direção.
Alguns minutos estamos em frente ao aeroporto, espero para que o taxista me espero e adentro. Enfrento uma fila e depois compro uma passagem para São Paulo. Meu coração dói, volto para o taxi e ele segue para meu apartamento, meu vôo sai às 22h:00.
Sei que indo embora nunca mais irei encontrar meus irmãos, mas depois que Gabriel já não lembrar mais de mim, voltarei para buscar meus irmãos e cumprir a promessa que prometi a minha mãe.
Chegamos em meu condomínio pago o taxista e sigo para o elevador, meu celular vibra e viso uma chamada de Gabriel, ignoro e desligo o mesmo. Não consigo controlar as lagrimas que insistem em cair, quando chego em meu apartamento, corro para meu quarto, tomo uma ducha e choro toda minha dor.
Deus dai-me forças.
Depois do banho, começo a arrumar minhas roupas em uma mala, encontro a jaqueta de Gabriel e outra vez desabo em lágrimas, sentindo seu cheiro, as lembranças de nossos momentos juntos não saem da minha mente. Mas estou fazendo tudo isto, por amor, porque eu o amo.
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Maria Madalena (REPOSTANDO)
SpiritualMaria Madalena, perdeu a mãe muito nova e sem condições para sobreviver teve que encara o mundo e sem opções teve que usar o próprio corpo para conseguir sobreviver, perdida e sem razões para viver, sua vida cada dia se transforma ainda mais em soli...