Trasken

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 As horas pareceram ter se passado de forma tão rápida dentro daquela imensa floresta que mal podiam acreditar terem estado lá

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As horas pareceram ter se passado de forma tão rápida dentro daquela imensa floresta que mal podiam acreditar terem estado lá. Não teria sido um sonho? Finalmente haviam chegado a Trasken. Por mais que o céu ainda estivesse escuro e que provavelmente fosse perto das quatro da manhã, o povo que habitava a tal cidade estava ativo. O grupo agradecia por isso, apesar de estranhar.

— Essa gente não dorme? — indagou Christopher.

Boquiabertos, acompanharam o crescimento de uma ponte diante de seus olhos, uma que lembrava o modelo de construções vitorianas. No começo e no fim dela, postes belíssimos iluminavam o caminho. Surpresos, não podiam acreditar que um reino que aparentava ser extremamente medieval era na verdade avançado. O que proporcionava a luz era nada mais, nada menos que o mesmo líquido que agora se encontrava quieto no pescoço de Ashley. Só pode ser mesmo algum tipo de energia, pensou consigo. Tinha de ser.

Olhando mais à frente, viu que as pessoas saíam dos prédios e pareciam abrir alguns estabelecimentos para comércio. Lojas que dispunham de frutas, verduras e coisas desconhecidas já eram visitadas por fregueses que, com sorrisos, escolhiam suas coisas. Era notável que o povo também tinha certa preferência pela carne de cervo, pois mesmo havendo outras opções, ninguém parecia se interessar o bastante para ao menos dirigir o olhar ou perguntar. Um povo de costumes, seria isso?

Semicerrando os olhos, Ashley se desprendeu de Tyler, achando que já conseguia se manter de pé sozinha, e avistou algumas ruínas misteriosas. Era um muro que parecia regar a margem do rio que levava até o mar, mas que não existia mais por completo. Era possível ver pequenos buracos no que sobrara, como se algo em algum momento fosse posto ali. Decoração, talvez? O que poderia ser? Havia também desenhos que pareciam contar alguma história, mas estavam incompletos. Era impossível dizer do que se tratava, pois tudo que conseguira ver fora um homem montado em um cavalo, e no centro da armadura, um buraco. Logo ao lado, um tipo diferente de escrita se encontrava. Talvez contasse sobre o que se tratava o aparente conto, porém Ashley não conseguia ler nada que fizesse sentido. Faltavam letras, e as cores estavam apagadas, como se o tempo tivesse corroído o que quer que era contado ali. Uma pena. Bufou.

— Precisamos encontrar um lugar para ficar — comentou Lincoln.

— Tínhamos que encontrar um médico primeiro — disse Tyler.

Ashley olhou para o irmão e depois para o braço. O musgo já não era mais tão evidente, e o quer que estivesse dentro dela anteriormente já não aparecia mais. Só restava a ferida pouco avermelhada.

— Não tem necessidade — respondeu. — Já me sinto melhor.

Tyler pareceu analisar o machucado e viu que realmente já parecia bem melhor do que antes. Franziu o cenho sem entender a repentina melhora, mas deu de ombros. Não iria contra a teimosia de sua irmã.

— Ei, gente — chamou Sam.

Ninguém o ouviu, apenas continuaram explorando o local com os olhos.

Novael (VOL. 1) - O Conto de um Reino Perdido | EM BREVE DISPONÍVEL IMPRESSOOnde histórias criam vida. Descubra agora