Capítulo 12

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http://www.youtube.com/watch?v=nGEHKOvBxoo
Pov Harry:
A aula de história não foi muito interessante, tal como as outras. Liam e Niall só fizeram disparates. É, Liam. Esse aí está a sair da casca. Cheguei a casa podendo ouvir a minha mãe perguntar-me como tinha sido o meu dia.
- Normal. - Eu respondi pousando as chaves. Procurei minha mãe pela casa e dei-lhe um beijo. - E como correu o trabalho hoje? - Eu perguntei tirando algo para comer da despensa.
- Querido hoje eu vou trabalhar de tarde e só devo vir às 23h. Não precisas de esperar por mim está bem? - A minha mãe falou.
- Tudo bem.
Subi para o meu quarto largando a minha mala em qualquer canto. Sentei-me na cama não sabendo bem o que fazer. Não sabendo como reagir. Pensava como poderia ela fazer-me aquilo. Encostei a minha cabeça aos meus joelhos. Olhei pela janela e pude ver a sua casa. A casa da rapariga que tem mudado a minha forma de pensar. De agir. Essa rapariga com os seus cabelos perfeitos e suaves que deslizam pelas suas costas. Os seus olhos esverdeados, o seu pequeno sorriso. Ela parece sempre distante de todos. No seu mundo. Misteriosa. Pergunto-me o que lhe terá acontecido para vir para cá. Para perto de pessoas que não conhece. Eu sei que ela sofre. Eu vejo nos olhos dela, eu entendo o que os olhos dela transmitem como nunca entendi os de ninguém. Eu só queria abraçá-la. Mas o que estou eu a pensar? Eu sou louco. Eu conheço-a há uns dias. Não posso gostar dela. Não. Eu não gosto dela. Ela é minha amiga. Uma amiga que desperta o meu interesse como ninguém.
- Harry, vem comer! - A minha mãe gritou lá de baixo.
-Estou a ir. - Eu respondi desviando lentamente os olhos da janela.
- Tens andado distante... O que se passa contigo? Fala comigo. - A minha mãe disse-me preocupada.
- Não se passa nada mãe. Eu estou bem.
- Eu conheço-te Harry. Eu sei que se passa alguma coisa. - A minha mãe disse olhando-me desconfiada.
- Sabes...Quando conhecemos uma pessoa há uns dias e pensamos que ela é mesmo especial para nós? Mas que lá no fundo é tão misteriosa, que sentimos necessidade de saber tudo sobre ela. Quando essa pessoa parece sofrer e não podes fazer nada porque simplesmente não a conheces o suficiente... - Eu disse brincando com os meus dedos. - Quando tudo o que tu queres é poder abraça-la e dizer que está tudo bem.
- Conheceste uma rapariga? - A minha mãe perguntou sorrindo leve.
- Não é uma. É a. Eu preciso dela ao meu lado, e eu sei que ela também precisa de alguém ao lado dela. Eu simplesmente tenho medo de me aproximar. - A minha mãe sorriu mais ainda.
- Sabes, essas coisas vão acontecendo. Tenho a certeza de que tu precisas tanto dela como ela de ti. Eu sinto-me bem com os abraços quentes do meu filho. Tenho a certeza que ela também vai sentir. Agora quero um sorriso nessa cara e que deixes as coisas acontecerem com o tempo está bem? - A minha mãe olhou-me com meus olhos brilhantes. Eu acenei afirmativamente. - Qual é o nome dela?
- Samanta. Ela chama-se Samanta. - Eu disse sorrindo feito parvo.
- É um nome bonito. Mas só agora é que ela entrou na tua escola?
- Aí está o mistério. Ela entrou na escola algum tempo depois de as aulas começarem, e foi transferida. Sinceramente não sei o porquê, mas quero saber! - Eu disse bufando.
- Dá tempo ao tempo.
Eu só queria poder beijá-la. Poder rir junto dela. Poder abraçá-la e chamar de 'minha princesa' ou de 'minha pequena'. Minha. Eu queria te-la só para mim. Eu queria permitir que ela escondesse as suas lágrimas no meu peito. Queria poder aquece-la nas noites de inverno. Queria poder acompanhá-la na sua vida. Eu queria faze-la sorrir. Eu queria faze-la FELIZ.

How to save a lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora