Depois Que Perdi Você

Capítulo 2

Acordo com alguém, suponho que seja minha mãe, batendo freneticamente  porta. Levanto, vou na banheiro e faço minhas necessidades, saio e olho no meu relógio em cima do criado mudo...ta marcando 8:00!! Eu durmo até 12:00 nas segundas!

-MÃE POR QUE ME ACORDOU TÃO CEDO?! -berro do corredor e vou pra cozinha preparar meu café.

-Não grita! -me repreende e eu reviro os olhos. -Esqueceu que hoje você vai pro internato? Já arrumou suas malas?

-Sim e não. -pego bolo de chocolate e suco e me sento.

-Como? Vai logo arrumar se não vamos atrasar! - ela levanta da cadeira e vai para o quarto.

Termino de comer e vou pro meu quarto arruma a droga das malas. Sim, eu disse que não ia arrumar nenhuma mala, porém, eu tenho medo do tom de ameaça da minha mãe. Pego uma mala preta e arrumo minhas roupas na mesma, deixo algumas no meu guarda roupa e pego outra mala. Coloco algumas comida que peguei no frigobar do meu quarto (rica? Imagina) e duas garrafas de vodka...mais duas não vão fazer mal!

Coloco maos algumas coisas na mala e fecho o zíper maior, desço e vou pra sala com as duas malas.

-Pronta?- pergunta meu pai.

-Não, vão ter que me carregar se quiserem que eu vá para esse internato. -me jogo no sofá.

Sinto alguém me pegar e me jogar no ombro, quem pensou que foi o meu pai...errou porque foi minha mãe.

-Eita, já pode deixa de seu um pouco literária né mãe! -falo de olhos arregalados.

Ela não responde e me coloca dentro do carro, meu pai entra e em seguida minha mãe que fiaca no banco do carona. Bufo e coloco meus fones, dou play na minha Play list do Spotify e espero chegarmos no colégio inferno.

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-Chegamos? -pergunto, acho que pela...trigésima quinta vez.

-LUNA CALA A BOCA. -os dois falam na mesma hora. -Chegamos. -diz meu pai suspirando aliviado.

Fico por dois minutos com cara de tacho e saio do carro vendo minhas malas já fora do porta malas. Nossa, tanta pressa é pra ficar livre de mim?

Claro né!  Quem te aguenta?

Calado sub...

Nha

-Cadê seu skate? -pergunta meu pai e eu dou de ombros.

-O que eu vou fazer com ele aqui no inferno?

-Tem uma pista aqui, pequena mas tem. -diz e eu arregalo os olhos.

-POR FAVOR, TRAGAM MEU BEBÊ PRA CÁ. -começo a gritar e um homem sai correndo do portão,  muito bem vestido pra ser uma pessoa qualquer dentro da escola.

-O que houve? -perguntou o homem.

-Nada. Filha, esse é o diretor Carlos. -fala Anna e Carlos estende a mão na minha direção. (N.A rimoooou...parei. Boa leitura ai)

-Foda-se. -falo fechando a cara e o diretor afasta a mão.

Por que fiz isso? Simples, ele quase me atropelou na rua quando  estava andando de skate e ainda me chamou de bandida, falou que lugar de gente como eu era na cadeia. Daí pegueu ódio da cara dele!

-Bom...er... -deu um sorriso falso para meus pais. -Ela vai estar em boas mãos aqui no colégio.

-Blah...tragam meu skate, é o mínimo que podem fazer por mim depois de terem me colocado nessa merda. -reviro os olhos (já perceberam que amo fazer isso?) e pego minhas malas.
--------------meia hora depois---------------

-Não é permitido palavrões...

-Primeiro! -corto o diretor panarlos. -Foda-se. Nunca pode falar palavrões porém todos falam. Segundo, quando essas regras acabam? Estou meia hpra aqui, com a bunda doendo e tendo que ouvir bla bla bla.

-Já acabaram, sua mal educada! -fala e eu levanto. -Toma seus horários! E, só lembrando,  os quartos não são mistos mas você está com um garoto como colega de quarto por falta de espaço nos dormitórios masculinos. Seu quarto é o de número 16.

-Uhum. A gente se vê daqui a uma hora. -saio e bato a porta com força.

Vou para a entrada e vejo meu pai segurando meu skate. Segunda coisa que vou fazer hoje nesse colégio, depois de ir no meu quarto, é ir na pista.

-Eai, já viu a escola? -perguntou me entregando o skate de rodas verde limão.

-Não. Sabia que a pessoa que divide o quarto é um garoto? -olho pro meu pai ao mesmo tempo que brinco com uma rodinha do skate.

-Sim, me avisaram que não tem vagas no dormitório masculino. Bom, já vou. - me beija na testa. -Se cuida e vê se não procura cair nessa coisa de quatro de quatro rodas.

-Nunca caio e você sabe muito bem disso. -pisci pra ele que sorri concordando e se vira para ir embora.

Sorri lembrando da cara que Richard fez quando eu pedi meu skate. Foi uma surpresa para os meus pais, afinal, eu era muito fresca para essas coisas. Por isso tenho um amor gigantesco por esse bebê, foi uma presente do meu pai.

Me viro para ir pro meu quarto e acabo batendo no ombro  de alguém,me viro para encarar o "serumaninho" e vejo o mesmo idiota que me derrubou do skate na rua.

-Vish. -reviro os olhos.

-Eai Noé. -diz ele se divertindo da minha cara.

-Não enche, retardado! -me viro e sigo na direção que estava indo antes.

-Calma marrenta. -sorri debochado e passa o braço pelo meu ombro, arqueio a sobrancelha. -Só quero ser seu amigo, sabe, paz e amor.

-Paz vou ter com você longe de mim. -tiro seu braço con força do meu ombro e apresso o passo.

-MEU NOME É GABRIEL. -grita.

-NÃO ME IMPORTO.  -grito de volta.

Acho meu quarto e entro no mesmo vendo duas camas com lençol branco, dois guarda roupa com espelho e um criado mudo preto e branco. Olho para as minhas malas na cama da direita, cujo é minha, e bufo. Não estou disposta a arrumar minhas roupas agora, depois faço isso! Olho para a cama do garoto e vejo um boné preto e branco de aba reta, já vi esse boné antes...

Saio do quarto com meu skate e vou pra pista que tem aqui no inferno. Chegando lá vejo a pessoa que eu nem imaginei ver nesse colégio merda.

-Me diz que isso não é uma ilusão, porque se for vou ficar muito triste.