Capítulo 1

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O sol parecia queimar minha pele pálida. Mas que droga, porque não escutei minha mãe e usei protetor? Droga!

Minha mãe sempre me alertava sobre o fato do sol sempre fazer mal a minha pele. É claro, sou muito branca e ficar apenas de top e bermuda nos treinos de futebol americando da escola não ajudavam muito. Provavelmente amanhã estaria toda vermelha. Droga!

Finalmente depois de um treino exaustivo, consegui sair daquela escola. Deus, parece que isso aqui é uma prisão perpétua!

Passei os dedos entre os cabelos molhados, pelo banho que havia tomado depois do treino, os jogando sob meu ombro. Coloquei o ray-ban em meu rosto e pronto, agora posso voltar pra casa.

Cheguei até minha moto e a liguei, pronta pra sair dali, mas de repente escuto... Gritos?

Ou estou realmente ficando louca ou tem gente realmente gritando? Mas que diabos...

Meus olhos se arregalaram assim que me afastei da moto, caminhando na direção de onde escutava o barulho e me deparei com uma cena um tanto... Inusitada.

Atrás da escola, uma garota estava sendo pressionada contra a parede fria perto de uma caçamba de lixo. Um cara a segurava pelos ombros e beijava seu pescoço enquanto ela gritava e tentava inutilmente afastá-lo, estapeando suas costas.

- Pare de gritar sua vagabunda, até parece que você não quer isso... – Ele dizia levando suas mãos até suas calças e tentando retirar algo de lá que eu conhecia o bastante para saber que aquilo não era um bom sinal.

Ok, hora de agir.

- EI, SEU INÚTIL! – Gritei chamando a atenção do rapaz.

A garota choramingou baixo e deixou seu corpo cair no chão, abraçando as próprias pernas e não me permitindo ver seu rosto.

- Ótimo, mais uma puta. Vem cá, gracinha... – O homem vinha em minha direção, em passos calculados.

O observei mais atentamente, ele era alto e musculoso, olhos azuis assassinos, um cabelo estranho e arrepiado e tinha umas mãos enormes. Ok, o soco desse cara não deve ser uma coisa fácil de aturar.

- O que pensa que está fazendo com a garota? – Perguntei mesmo sabendo a resposta.

- Mostraria a ela o que é um pau de verdade, hum? – Ele sorriu finalmente chegando o mais próximo de mim. – Não como o desses garotos infantis da escola dela. Mas também posso mostrar a você, se quiser... – Ele agarrou meu braço e me puxou contra ele. Seu hálito fedia. Oh merda!

- Não se preocupe, eu sei o que é ter um pau de verdade... Aposto que é bem maior do que essa coisinha que você tem no meio das pernas... – Provoquei largando meu braço de seu aperto.

- Ah! Sua vadia... Vou te ensinar uma lição... – Ele praticamente voo em mim. Sua mão se prendeu em meu pescoço e ele apertou me fazendo grunhir e tentar chutar entre suas pernas. Isso era uma boa tática, eu sei bem o tamanho da dor que se sente lá embaixo quando coisas assim acontecem. Mas ele foi mais rápido, segurando minha perna e a puxando pra si, me fazendo cair de costas no chão. Ai! Tentei virar e engatinhar o mais rápido que podia pra sair dali, mas ele puxou minhas duas pernas, agora me levando pra perto da caçamba de lixo também, ouvi a garota gritar e pedi ao céus que ela se tocasse no que estava acontecendo e corresse. – Merda! – Gritou ele quando usei toda força que tinha pra chutá-lo, fazendo suas mãos enormes se soltarem de minhas pernas e desse jeito consegui levantar.

Meu objetivo era ir até a garota, mas pra isso teria que passar por ele. Tarefa nada fácil.

- Vamos! Achei que você fosse o machão... – Provoquei tentando fazer com que ele se esquecesse dela e viesse até mim. E foi isso o que ele fez, infelizmente.

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